NIOAQUE
MATO GROSSO DO SUL
168 ANOS DE FUNDAÇÃO 8 DE ABRIL 1849 –
8 DE ABRIL 2017
ENFOQUES E DESAFIOS PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI
Enfoque Pessoal
Reunirei aqui alguns elementos que vem
caracterizando os 15 anos do Século XXI
dentro da Estrutura de um novo milênio e
de uma nova sociedade independente de quem foi o Administrador Municipal, são
características de contexto geral. É uma leitura pessoal.
Embora em meados da década de 1990 transferi
minha residência da cidade de Nioaque Para Jardim e depois para Guia Lopes da
Laguna e deixei de participar de modo direto da vida social, entretanto nunca
perdi o contato, sempre mantive ligação com muitas pessoas, autoridades, órgãos
públicos e com a comunidade através da participação em eventos culturais,
educacionais, palestras, acessorias, homenagens; diante disso me sinto bem à
vontade para fazer uma análise dos rumos que o município de Nioaque tem tomado
desde o final do século XX e início do século XXI.
Por uma questão ética, nos trabalhos que tenho
escrito e publicados, tenho evitado entrar em comentários sobre gestores
municipais. Cada momento da História Nacional, Estadual e Municipal está sempre
permeado por contexto de época, das ideologias político-partidárias, convicções
pessoais, e o que muitos cientistas políticos
chamam “luta pelo Poder” que é uma das características das sociedades e
das intuições que estão agregadas.
O
mesmo “Fato Histórico”, sempre permitirá mais de uma leitura ou releitura. O
Julgamento de valores é de cada um. No entanto o Julgamento de gestão é
competência dos órgão competentes, através das legislações vigentes.
Estrutura do Espaço Urbano e Rural
Relação
dos Loteamentos, Bairros, Aldeias e Assentamentos do Município de Nioaque.
a)
Loteamentos
Ø Vila
Santa Amélia
Ø Jardim
São José 1
Ø Jardim
São José 2
Ø Jardim
São José 3
Ø José
Sotolani Viscardi
Ø Baia
Ø Jardim
São José
Ø Bela
Vista
Ø Nova
Era
Ø Vila
40
Ø Oliveira
b)
Bairros
Ø São
Miguel
Ø Monte
Alto
Ø Baia
Ø Joquey
Clube
Ø Jardim
Ouro Verde
Ø Nova
Esperança
Ø Coimbra
Ø Santa
Amelia
c)
Aldeias
Ø Água
Branca
Ø Brejão
Ø Cabeceira
Ø Taboquinha
d)
Assentamentos
Ø Colônia
Nova
Ø Padroeira
do Brasil
Ø Morrinho
Ø Palmeiras
Ø Colônia
Conceição
Ø Anda
Lúcia
Ø Santa
Guilhermina
Ø Uirapuru
Ø Boa
Esperança
Ø Areias
Alguns tópicos que abordarei:
a)
Movimentos
de reforma agrária;
b)
Economia
– comércio, serviços, indústria;
c)
Educação,
Cultura, saúde, esporte, lazer, turismo, política;
d)
Alteração
na data sobre o aniversário de fundação da cidade de Nioaque;
e)
Valorização
dos bens móveis e imóveis urbanos;
f)
Infraestrutura
urbana, rural, social;
g)
Desafios
vindouros.
h)
Abordagens
em forma de dados estatísticos temas diversos
i)
IDHM
– Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, Nioaque.
j)
Indicadores
Socioeconômicos último censo IBGE
1.
Movimentos de Reforma Agrária
Até o início da década de 1980, cheguei a
Nioaque em Junho de 1981, os espaço rurais do Município de Nioaque era ocupado
por propriedades de latifúndios com criação de gado ou campos vazios, e os
proprietários não residiam, não faziam compras, não faziam investimentos no
território Municipal. Residiam alguns
pequenos proprietários. Como as terras tinham pouco valor, muitos compravam e a
deixavam sem uso, apenas como investimentos, como tinham diversas propriedades
residiam em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro Campo Grande, Aquidauana,
Jardim, Dourados.
A pecuária bovina tipo extensiva predominava.
A agricultura estava em culturas de subsistência. Algumas poucas iniciativas de
produção comercial de arroz, café, laranja. Falar em laranja, no passado
Nioaque era um grande produtor de laranja e exportador da fruta. Ocorreu que
entre as épocas de 1960 e 1970 os laranjais foram acometidos pela doença Cancro
Cítrico[1].
Consequentemente, o controle fora executado com a dizimação dos laranjais.
Atualmente utiliza-se plantas
modificadas geneticamente e em grandes plantações fazem uso de produtos químicos para controle
da doença.
Mas em meados da década de 1980 com a
insurreição dos movimentos de Reforma
Agrária oficial e extraoficial, inicia com
os assentamentos, tais como Colônia Nova, Padroeira do Brasil e
Conceição e as demais vieram no decorrer
dos anos de 1990. Com a inserção dos demais assentamentos rurais, além das
aldeias indígenas existentes desde o
inicio do Século XX uma série de transformações estão ocorrendo no município,
tais como:
a) Fluxo
populacional, a mescla cultural e étnica com migrações de pessoas oriundas de
diversos Estados e cidades do Brasil.
b) Estimulação
do sistema financeiro, Banco, financiamentos, circulação monetária em células e
cheque, hoje também cartão, linhas de créditos.
c) Aceleração
do desenvolvimento comercial e diversificação de produtos e ofertas; comércio
da produção rural; aumento na demanda de prestação de serviços, que vai desde
pedreiro, eletricista, oficinas de reparo.
d) Descentralização
dos serviços do perímetro urbano para as sedes dos assentamentos: energia,
água, saúde, escolas, comércio, telecomunicação, indústrias de transformação cerâmica, laticínios, doces entre outros.
água, saúde, escolas, comércio, telecomunicação, indústrias de transformação cerâmica, laticínios, doces entre outros.
e) Concentração
populacional na Zona Rural.
f) Concentração
de organismos institucionais oficial e não governamental de apoio, capacitação,
geração de renda e emprego, agricultura familiar.
g) Aumento
da circulação de pessoas, produtos e serviços entre as áreas rurais com o
núcleo urbano.
h) Assentados
adquirindo e investindo em bens imóveis no perímetro urbano, gerando a expansão
das vilas, inflacionando o valor imobiliário, na lei da oferta e procura, hoje a procura por terrenos ou imóveis é maior que a oferta, supervalorizando principalmente os terrenos urbanos.
das vilas, inflacionando o valor imobiliário, na lei da oferta e procura, hoje a procura por terrenos ou imóveis é maior que a oferta, supervalorizando principalmente os terrenos urbanos.
i)
Hoje boa parcela do território que
décadas atrás era predominada por latifúndios fora transformado em pequenas e
médias propriedades. Módulos
territoriais até 250 hectares hoje é expressivo.
j)
Concluímos que o Município de
Nioaque está passando por processo de reforma agrária e que é o principal
responsável pelas transformações em todos os setores da administração pública e
pela nova História e Geografia.
k) O
desafio futuro é a garantia destes projetos que sobrevivam, porque as gerações
passam, os mais velhos ficam idosos e os jovens
com a busca da escolarização e melhor qualidade de vida ao emanciparem
saem das áreas rurais e buscam as
cidades. Quem dará continuidade das atividades de produção em cada lote onde há
uma família assentada?
2. Economia – comércio, serviços,
indústria
Pode-se considerar que o comércio foi o setor
que mais se desenvolveu no município com
uma diversificada oferta de produtos. Muito do que se comprava antes nas cidades vizinhas, hoje
adquire-se no comércio local, que vai de bens duráveis aos de consumo,
alimentícios, vestuários, farmacêuticos, agropecuários, materiais de
construção, eletroeletrônicos.
O Setor de serviços também vem crescendo
atendendo a demanda, oficinas de reparos, manutenção de máquinas, equipamentos,
veículos, odontológicos, advocacia, radio difusão.
Setor de transformação de produtos naturais em
manufaturados avançou do final do século passado, embora ainda muito familiar,
frigoríficos, laticínios, doces e frutas, metalúrgica, madeireira, móveis,
alimentos conforme pode ser constatado nas Tabelas aqui transcritas.
3. Educação, Cultura, saúde, esporte,
lazer, turismo, política;
A
Educação Escolar é o setor que mais expandiu tanto no centro urbano quanto no
rural universalizando o acesso a Educação Básica, da Educação Infantil ao
ensino Médio, permeada pelas redes Estadual, Municipal e Privada.
Quando ao Nível Universitário, cada um busca
as alternativas de acordo com a disponibilidade dos recursos. Uns buscam
cidades vizinhas Jardim, Aquidauana, Dourados, Campo Grande. Outros buscam as
alternativas interativas Educação à Distancia,
seja módulos presencial, semipresencial ou totalmente virtual.
As manifestações Culturais estão sendo
diversificadas e eventuais com avanços e retrocessos conforme o foco de cada
administrador Municipal. A Secretária de Cultura, Turismo tem promovido
eventos, oficinas, festas em datas festivas. Participação de eventos
Históricos, principalmente da Guerra do Paraguai, Retirada da Laguna, muitas em
participação com o Exército. Realizam-se algumas feiras de artesanatos. Há
também as manifestações indígenas, principalmente, terenas.
O desafio é a construção e manutenção de um Museu temático ou
diversificado. Em 2012 eu fiz a doação de um acervo particular para que pudesse
dar inicio ao tal museu, mas até o presente momento, é apenas projeto.
Como já transcrito, além do turismo
Histórico, as autoridades através das
parcerias estão explorando um novo produto, mas velho na História, “pegadas dos
Dinossauros”.
Papel institucional fundamental, além do poder
público Municipal, tem sido o “Geopark”, com o envolvimento de especialistas e
da própria comunidade.
Nioaque por ser uma das cidades mais antigas
do Estado perdeu praticamente todo o seu acervo arquitetônico do século XIX e
início do XX, acervo documental, salvo algumas exceções que se encontram na
Matriz e no Cartório Local. Não são percas somente materiais, principalmente as memórias “imateriais”.
No período
em que residi em Nioaque, participei de diversos eventos institucionais,
para ver se conseguiríamos recuperar e preservar um pouco das memórias
arquitetônicas. Mas sem sucesso. Muitas
vezes cheguei a questionar acadêmicos e universidades, que os grupos vinham até
Nioaque, fotografavam, faziam entrevistas, fazias suas dissertação de mestrado
ou tese de Doutorado, mas estes material transformados em conhecimento, nunca
retornam para a comunidade, nem mesmo para as escolas. Assim, muitas pesquisas, que hoje poderiam
estar contribuído com os conhecimentos históricos e geográficos do
Município de Nioaque, devem estar
guardados em alguma estante, gaveta, caixa... É Lamentável!
O que é realmente imemorial é nome do “Rio”,
que foi incorporado à Cidade e Município
de Nioaque. No século XIX, escrevi, sobre as várias tentativas de
modificar o nome da cidade/Município”, mas o que prevaleceu mesmo, foram as
águas do Anhuac, que se converteram e Aniuac, aportuguesado Nioac, e “ortograficado” a partir 1942 para Nioaque,
com reforma ortográfica na Língua Portuguesa.
Homenagem ao Rio Nioaque que abrigou os primeiros habitantes. E que na
atualidade continua fazendo sua História, “Nas pegadas dos Dinossauros”.
O Setor Saúde é o maior desafio para os
administradores públicos, pois conforme
as estatísticas pode-se visualizar que se falta de médico, hospital a
equipamentos. Normalmente tem que se
recorrer as cidades vizinhas ou a Capital para um atendimento ou exame mais
especializado.
O Esporte é um dos setores que também
necessita de maior incentivo e investimento. Não há expressão em modalidades.
Os eventos são ocasionais, estudantis, militares, ou promovidos pela TV Morena.
Lazer está associado às condições
socioeconômicas e interesses particulares de cada indivíduo ou família é que
define as possibilidades de lazer. A vida urbana oferece bares, lanchonetes,
restaurantes. Também a exuberância da natureza através das sedes das fazendas,
chácaras, colônias oferecem um fim de semana ou feriado de refazimento das
forças. Passeios pelas aldeias indígenas e assentamentos também são opções. Os
rios Nioaque e Urumbeva embora bastante assoreados mas em alguns locais ainda é
possível tomar banho e pescar. Mas para muitos o mundo virtual, TV, Computador,
Internet, Jogos, vem sendo uma opção de laser cada vez mais comum.
O Turismo no município de Nioaque tem tido
diversas iniciativas nas administrações públicas para torná-lo
uma prática real e viável do ponto de vista do laser, entretenimento, e
comercial. A maior riqueza que um turista poderia (poderá) encontrar em é o seu Patrimônio
Histórico. Seu nome é lendário e todo histórico. Hoje prevalece as visitas
eventuais de pessoas considerando a presença das Aldeias Indígenas,
Assentamentos rurais, 9º Grupo de Artilharia de Campanha, as pegadas de
Dinossauros no Rio Nioaque, eventos festivos oficiais, militares,
religiosos. Carece investir mais no
Patrimônio Histórico como museu, monumentos, maquetes, imagens, episódios
relativos a Guerra do Paraguai. O
turismo Histórico é uma alternativa, mas é necessário consorciar-se com outros
Municípios. Investir mais em ambientes de gastronomia, artesanato, feiras dos
produtores locais. Estimular o acesso
dos turistas para que possam passar por dentro da cidade, hoje, todos
são desviados pela rodovia que passa por fora da cidade. Outra alternativa
seria estimular a construção de infraestrutura para atrair os turistas que
circulam através dos corredores da Rodovia: saída para Aquidauna, Sidrolândia,
Guia Lopes da Laguna. Somente com políticas integradas será possível o fomento do turismo com viabilidades
econômicas, geração de emprego e rendas. Criar a cultura na população, nas
escolas, comerciantes, prestadores de serviços. Desenvolver uma filosofia da
Cultura para o Turismo.
As questões Políticas, sem referencias a pessoas ou partidos, são elas que norteiam os caminhos, os projetos de
desenvolvimento da municipalidade. A partir da década de 1980, com o Prefeito
Altevir Soares de Alencar iniciou um processo de alternância de pessoas tanto
no poder executivo, quanto no legislativo. Com os movimentos de Reforma
Agrária, expansão do Comércio e serviços, ocupação de novas propriedades rurais
estas populações começaram a reivindicar e participar da administração
exercendo cargos eletivos. Desde então, cada um tem procurado desempenhar seu
papel de propagador do desenvolvimento. Com avanços e recuos em algumas áreas.
Cada administrador tens seus focos e estilo pessoal. Quando predomina a visão de uma gestão
individualista, centralizadora, pouco
participativa e interativa com os demais segmentos da sociedades tem criado
situações de conflitos e desestabilizando a realização de muitos projetos. É necessário lideranças com maior poder de
integração e interação com a comunidade. O Interesse público deve prevalecer
sobre os personalismos e vaidades dos gestores públicos. Mas Historicamente a partir da década de
1980, com a polemica administração do Prefeito Altevir, militar do exército,
começou a filosofia e a implementação de políticas públicas criando
infraestruturas públicas municipais, entre outras energia, telefone,
pavimentação das ruas centrais com lajotas de cimento, paralelepípedos, TV
Parabólica comunitária, construção do novo prédio da Prefeitura e Câmara; seu
erro histórico foi a perca dos arquivos documentais históricos que foram
consumidos pelas chuvas e fogos, quando deixados ao abandono na velha prefeitura e na antiga
usina de produção de energia elétrica por uma maquina movida a vapor. Para que
se entenda, em 1981, quando vim cumprir meu estádio de Instrução com Aspirante
a Oficial R/2 no 9º GAC, a população dependia praticamente dos serviços
prestados pelo quartel, professores, médicos, viaturas, serviços de mão de
obra, suporte em eventos, telecomunicação.
O próprio comércio era dependente dos soldos
dos militares e outros funcionários públicos para a movimentação financeira.
Houve tempo que desde padaria, cinema, energia, telex provinha do Quartel. Na
atualidade a municipalidade ganhou mais autonomia e já caminha com pernas
próprias. Entretanto, caso um dia o Quartel
fosse, extinto, transferido de Nioaque, com certeza, haveria uma queda, “quebradeira” em todos os
setores da municipalidade. Tal fato ocorreu em 1906, quando o 7º Regimento de
Cavalaria que estava sediado em Nioaque desde 1859 foi transferido para a
cidade de Bela Vista, gerou o caos total. Tudo girava em torno do comando da
Unidade Militar. A população que tinha um pouco mais de poder aquisitivo
transferira residência para outras localidades. Grande foi o numero de famílias
que acompanharam o Quartel transferindo para Bela Vista, inclusive o Intendente
Municipal, (hoje Prefeito Municipal. Tal foi o caos que se criou expressões
populares e até manchetes em jornais: “Visite Nioaque antes que se acabe”:
“Nioaque cidade do já teve ou já era”...
Importante fato que veio somar para esta autonomia foi a Criação da
Comarca, a quarta em sua História; com o poder Judiciário, deixou de ser termo
da Comarca de Aquidauana, mas conquista um resgate histórico e político, na
Administração de Valdir Couto de Souza. Muitos são os desafios aos gestores públicos,
principalmente no Setor da Saúde, Zona Rural, Cultura, Lazer e Turismo, além do
equilíbrio entre receitas e despesas.
4. Alteração na data sobre o
aniversário de fundação da cidade de Nioaque
Quando
apresentei a análise documental sobre este fato, que gerou muita polêmica, foram
anos de estudos e pesquisas para por termo aos conflitos que os administradores
enfrentavam. Ora comemorava fundação da
cidade, ora emancipação política, ora festa de Santa Rita. Para chegar a
conclusão da data de 8 de abril de 1849 foram vinte e cinco anos de intensiva
pesquisa. Agradeço a equipe da Secretaria de Cultura e a Prefeita Ilca Corrales
em seu primeiro mandato, que após
audiência pública, assumiu a postura da nova data. Discriminando assim:
·
1845 – início da ocupação do
espaço territorial com fazendas de criação de gado, muares, cavalos, ovinos,
galináceos, suínos, e agricultura de subsistência.
·
22 de maio – Dia da Padroeira de
Nioaque – Santa Rita de Cassia.
·
08 de Abril 1849 – Data de
aniversário da Fundação da Cidade de Nioaque, por Joaquim Francisco Lopes, na
Confluência dos Rios Nioaque e Urumbeva, com a denominação de São João de
Antonina. (conforme Relatórios de Joaquim Francisco Lopes e publicados pelo Instituto Histórico Brasileiro).
·
24 de maio de 1877, através dos
Decretos Provinciais nº. 5 e 506, assinado pelo então Presidente da Província
de Mato Grosso Hermes Ernesto da Fonseca foi criado o Distrito (Freguesia,
Paroquia) de Nioaque. Nesta ocasião recebeu a denominação de Levergeria.
·
18 de Julho de 1890 – Data da
Criação do Município, desmembrado de Miranda, Emancipação Política. Recebendo a
denominação de Levergeria. Homenagem ao Governador e Estadista Augusto
Leverger. Decreto nº 23/90
Nioaque, fundação 8 de abril de 1849
Oficializado
através da lei municipal nº 2.253 DE 14
de maio de 2008.
5. Valorização dos bens móveis e
imóveis urbanos
Muito interessante se pudéssemos fazer uma
comparação entre o valor de um terreno ou de um imóvel em 2001 e 2016,
principalmente no perímetro urbano houve uma hipervalorizarão.
É a lei de mercado oferta e procura. O
Perímetro Urbano é quase uma ilha está encaixado entre as margens dos Rios
Nioaque e Urumbeva e o Quartel e Vilas Militares que comprime a área
central. Não há mais espaço territorial
disponível. As alternativas é urbanizar
as áreas da Baia e Monte Alto ou então, transpor para as margens das Rodovias
ou lotear algumas chácaras ainda existentes nas proximidades da área central. E
é isso que está acontecendo, o perímetro urbano deslocou-se para as saídas de
Guia Lopes/Jardim e Anastácio/Sidrolândia.
Para
áreas residenciais há mais alternativas deslocando do Centro, entretanto, para
as atividades de comércio, serviços, escritórios a concentração urbana está
inflacionada. Uma alternativa seria a
construção de pequenos blocos de até quatro andares que poderia atender as duas
necessidades: a residencial e a comercial.
6. Infraestrutura urbana, rural,
social
Quanto mais uma cidade e Município se
desenvolvem, acresce o número da sua
população, aumentam os desafios dos gestores públicos em atender a demanda na
infraestrutura geral que atenda as necessidades dos munícipes. Assim, o desafio não é apenas pavimentar uma
rua, construir uma creche, posto de saúde, posto policial, construir um
residencial de casas populares, mas o de conceder a manutenção dos bens e serviços.
Seria
muita leviandade tecer críticas aos
aspectos infra estruturais, pois só quem
está gestando o poder público sabe dos desafios. Quando assume a Administração
Municipal está cheio de sonhos e projetos, entretanto, aos poucos, começa a
perceber as limitações. Quando a
Infraestrutura urbana ou rural, dentro do contexto social, depende quase
unicamente de recursos públicos para realizar investimento e manutenção na
saúde, educação, segurança, lazer, cultura, turismo, esporte, saneamento,
eletrificação, telecomunicação, malha viária e tantas outras fica a mercê de
verbas e repasses de recursos públicos do Estado e da União, geralmente frustra
os administradores e a própria população.
Como no período atual da gestão iniciou o pleito em 2017, onde a
União está na imersão em uma crise generalizada política e econômica, com queda
na produção, desemprego, desequilíbrio nas contas públicas, resultando na queda
de arrecadação de tributos e perca do poder de compra da população, tem-se um
efeito em cascata, afeta o Estado e consequentemente o Município, onde
realmente a população vive, trabalha.
O ideal
é que houve maior participação e investimento da iniciativa privada, o que hoje
são muito modestos. As receitas próprias
são fracas, IPTU, ISS e outros. As fontes de renda da população dos que não
possuem o próprio negócios, são assalariados, aposentados, pensionistas,
funcionários públicos Municipal, Estadual e
Federal, além das famílias cadastradas nos Programas dos Governos do
Estado e do Brasil que recebem valor proporcional aos critérios de cada
Programa. Deste modo, graças a essa
fatia da população que possuem uma renda fixa é que ajuda na manutenção e
funcionamento das infraestruturas fazendo circular o dinheiro.
7. Desafios vindouros - IDHM
A
cidade, a zona rural, o Município de Nioaque
não é um caso isolado do Estado de Mato Grosso do Sul, do Brasil, dos demais
países do mundo. Somos uma teia global e interdependente. As necessidades das
sociedades humanas são as mesma, seja em Nioaque ou no Extremo Oriente. São
pessoas, seres humanos, homens, mulheres, crianças, jovens, idosos e todos
necessitam constantemente de satisfazer as necessidades básicas que vai desde a
alimentação, vestuário, habitação, saúde, educação, segurança, saneamento,
emprego e renda.
Numa sociedade cujo modelo é o consumismo, o
individualismo, o descartável, a concorrência, o lucro, muitos direitos, o desafio é garantir uma qualidade de vida
cada vez melhor a toda a população e consequentemente melhor o IDH – índice de Desenvolvimento
Humano[2].
IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal.
“O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM) é uma medida composta de indicadores de três dimensões do
desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda.
O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo
de 1, maior o desenvolvimento humano.
O IDHM brasileiro segue as mesmas três
dimensões do IDH Global - longevidade, educação e renda, mas vai além: adequa a
metodologia global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores
nacionais. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no
IDHM são mais adequados para avaliar o desenvolvimento dos municípios
brasileiros.
Assim, o IDHM - incluindo seus três
componentes, IDHM Longevidade, IDHM Educação e IDHM Renda - conta um pouco da
história dos municípios em três importantes dimensões do desenvolvimento humano
durantes duas décadas da história brasileira[3]”.
Acessado
Maio 2016.
[1] O
cancro cítrico é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis. A doença
provoca lesões nas folhas, nos frutos e ramos, causando a queda
dos frutos e folhas, e da produção.
A bactéria do cancro é de fácil disseminação,
sendo um de seus vetores o homem.
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Nioaque
[3] http://www.pnud.org.br/idh/IDHM.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDHM
7.1. Componentes
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Nioaque é 0,639, em 2010, o
que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre
0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é
Longevidade, com índice de 0,822, seguida de Renda, com índice de 0,658, e de
Educação, com índice de 0,483.
Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Nioaque - MS
|
|||
IDHM e
componentes
|
1991
|
2000
|
2010
|
IDHM Educação
|
0,126
|
0,296
|
0,483
|
% de 18
anos ou mais com ensino fundamental completo
|
15,50
|
20,94
|
34,44
|
% de 5 a
6 anos frequentando a escola
|
15,44
|
53,34
|
76,30
|
% de 11 a
13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental
|
17,98
|
60,45
|
88,05
|
% de 15 a
17 anos com ensino fundamental completo
|
6,18
|
14,86
|
45,09
|
% de 18 a
20 anos com ensino médio completo
|
5,60
|
11,97
|
19,31
|
IDHM Longevidade
|
0,697
|
0,745
|
0,822
|
Esperança
de vida ao nascer (em anos)
|
66,84
|
69,68
|
74,34
|
IDHM Renda
|
0,532
|
0,579
|
0,658
|
Renda per
capita (em R$)
|
218,63
|
294,35
|
480,75
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
7.2. Evolução
Entre 2000 e 2010
O IDHM passou de 0,504 em 2000 para 0,639 em 2010 - uma taxa de crescimento de 26,79%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 72,78% entre 2000 e 2010.
Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,187), seguida por Renda e por Longevidade.
Entre 1991 e 2000
O IDHM passou de 0,360 em 1991 para 0,504 em 2000 - uma taxa de crescimento de 40,00%. O hiato de desenvolvimento humano foi reduzido em 77,50% entre 1991 e 2000.
Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,170), seguida por Longevidade e por Renda.
Entre 1991 e 2010
De 1991 a 2010, o IDHM do município passou de 0,360, em 1991, para 0,639, em 2010, enquanto o IDHM da Unidade Federativa (UF) passou de 0,493 para 0,727. Isso implica em uma taxa de crescimento de 77,50% para o município e 47% para a UF; e em uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 56,41% para o município e 53,85% para a UF. No município, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,357), seguida por Renda e por Longevidade. Na UF, por sua vez, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,358), seguida por Longevidade e por Renda.
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
7.3. Ranking
Nioaque ocupa a 3312ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros
segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o
menor é 0,418 (Melgaço).
8. Demografia e Saúde
População
Entre 2000 e 2010, a população de Nioaque cresceu a uma taxa média anual
de -0,47%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a
taxa de urbanização do município passou de 40,31% para 49,04%. Em 2010 viviam,
no município, 14.391 pessoas.
Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 3,51%. Na UF, esta taxa foi de 1,73%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 43,13% para 40,31%.
Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 3,51%. Na UF, esta taxa foi de 1,73%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 43,13% para 40,31%.
População Total,
por Gênero, Rural/Urbana - Nioaque - MS
|
||||||
População
|
População
(1991)
|
% do
Total (1991)
|
População
(2000)
|
% do
Total (2000)
|
População
(2010)
|
% do
Total (2010)
|
População total
|
11.057
|
100,00
|
15.086
|
100,00
|
14.391
|
100,00
|
Homens
|
5.853
|
52,93
|
7.978
|
52,88
|
7.547
|
52,44
|
Mulheres
|
5.204
|
47,07
|
7.108
|
47,12
|
6.844
|
47,56
|
Urbana
|
4.769
|
43,13
|
6.081
|
40,31
|
7.057
|
49,04
|
Rural
|
6.288
|
56,87
|
9.005
|
59,69
|
7.334
|
50,96
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
9. Estrutura
Etária
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência no município passou de 62,63%
para 52,64% e a taxa de envelhecimento, de 4,76% para 6,46%. Em 1991, esses
dois indicadores eram, respectivamente, 77,00% e 4,12%. Já na UF, a razão de
dependência passou de 65,43% em 1991, para 54,94% em 2000 e 45,92% em 2010;
enquanto a taxa de envelhecimento passou de 4,83%, para 5,83% e para 7,36%,
respectivamente.
O que é
razão de dependência?
Percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais (população
dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa).
O que é
taxa de envelhecimento?
Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação à população total.
Estrutura Etária
da População - Nioaque - MS
|
||||||
Estrutura Etária
|
População
(1991)
|
% do
Total (1991)
|
População
(2000)
|
% do
Total (2000)
|
População
(2010)
|
% do
Total (2010)
|
Menos de 15 anos
|
4.355
|
39,39
|
5.092
|
33,75
|
4.034
|
28,03
|
15 a 64 anos
|
6.247
|
56,50
|
9.276
|
61,49
|
9.428
|
65,51
|
65 anos ou mais
|
455
|
4,12
|
718
|
4,76
|
929
|
6,46
|
Razão de
dependência
|
77,00
|
-
|
62,63
|
-
|
52,64
|
-
|
Índice de
envelhecimento
|
4,12
|
-
|
4,76
|
-
|
6,46
|
-
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
10. Longevidade, mortalidade e fecundidade
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de
idade) no município passou de 26,4 por mil nascidos vivos, em 2000, para 19,0
por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 34,1. Já na UF, a taxa
era de 18,1, em 2010, de 25,5, em 2000 e 34,7, em 1991. Entre 2000 e 2010, a
taxa de mortalidade infantil no país caiu de 30,6 por mil nascidos vivos para
16,7 por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 por mil nascidos
vivos.
Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.
Longevidade,
Mortalidade e Fecundidade - Nioaque - MS
|
|||
1991
|
2000
|
2010
|
|
Esperança de vida
ao nascer (em anos)
|
66,8
|
69,7
|
74,3
|
Mortalidade até 1
ano de idade (por mil nascidos vivos)
|
34,1
|
26,4
|
19,0
|
Mortalidade até 5
anos de idade (por mil nascidos vivos)
|
40,0
|
31,0
|
22,8
|
Taxa de
fecundidade total (filhos por mulher)
|
3,7
|
3,1
|
2,7
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
A
esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão
Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No município,
a esperança de vida ao nascer cresceu 4,7 anos na última década, passando de
69,7 anos, em 2000, para 74,3 anos, em 2010. Em 1991, era de 66,8 anos. No
Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em
2000, e de 64,7 anos em 1991.
11. Educação
11.1. Crianças e Jovens
Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 76,30%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 88,05%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 45,09%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 19,31%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 60,86 pontos percentuais, 70,07 pontos percentuais, 38,91 pontos percentuais e 13,71 pontos percentuais.
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
Em
2010, 77,08% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o ensino
básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 72,82%
e, em 1991, 73,60%.
Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 5,73%
estavam cursando o ensino superior em 2010. Em 2000 eram 2,51% e, em 1991,
0,00%.
11.2. Expectativa de Anos de Estudo
O
indicador Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência escolar
da população em idade escolar. Mais precisamente, indica o número de anos de
estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá
completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010, ela passou de 8,51
anos para 9,38 anos, no município, enquanto na UF passou de 9,52 anos para
10,08 anos. Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de 5,59 anos, no
município, e de 8,56 anos, na UF.
11.2. População Adulta
Também
compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da população adulta, o
percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino fundamental completo.
Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais
antigas, de menor escolaridade. Entre 2000 e 2010, esse percentual passou de
20,94% para 34,44%, no município, e de 39,76% para 54,92%, na UF. Em 1991, os
percentuais eram de 15,50% ,no município, e 30,09%, na UF. Em 2010,
considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 15,54% eram
analfabetos, 29,31% tinham o ensino fundamental completo, 18,61% possuíam o
ensino médio completo e 7,27%, o superior completo. No Brasil, esses
percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.
12. Renda
A renda per capita média de Nioaque cresceu 119,89% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 218,63, em 1991, para R$ 294,35, em 2000, e para R$
480,75, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse
período de 4,23%. A taxa média anual de crescimento foi de 3,36%, entre 1991 e
2000, e 5,03%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com
renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010),
passou de 63,75%, em 1991, para 44,54%, em 2000, e para 27,53%, em 2010. A
evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita
através do Índice de Gini, que passou de 0,64, em 1991, para 0,58, em 2000, e
para 0,58, em 2010.
O que é Índice de Gini?
É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda.
Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja,
todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.
Renda, Pobreza e
Desigualdade - Nioaque - MS
|
|||
1991
|
2000
|
2010
|
|
Renda per capita
(em R$)
|
218,63
|
294,35
|
480,75
|
% de extremamente
pobres
|
33,79
|
25,03
|
12,72
|
% de pobres
|
63,75
|
44,54
|
27,53
|
Índice de Gini
|
0,64
|
0,58
|
0,58
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
Entre
2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou
seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de
66,78% em 2000 para 68,68% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação
(ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada)
passou de 5,40% em 2000 para 6,00% em 2010.
Ocupação da
população de 18 anos ou mais - Nioaque - MS
|
||
2000
|
2010
|
|
Taxa de
atividade
|
66,78
|
68,68
|
Taxa de
desocupação
|
5,40
|
6,00
|
Grau de
formalização dos ocupados - 18 anos ou mais
|
33,68
|
41,81
|
Nível educacional
dos ocupados
|
||
% dos
ocupados com fundamental completo
|
23,98
|
39,38
|
% dos
ocupados com médio completo
|
14,29
|
25,01
|
Rendimento médio
|
||
% dos
ocupados com rendimento de até 1 s.m.
|
65,08
|
38,22
|
% dos
ocupados com rendimento de até 2 s.m.
|
85,88
|
80,95
|
Percentual
dos ocupados com rendimento de até 5 salários mínimo
|
96,87
|
94,39
|
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do
município, 44,10% trabalhavam no setor agropecuário, 0,00% na indústria
extrativa, 6,13% na indústria de transformação, 5,15% no setor de construção,
0,89% nos setores de utilidade pública, 8,23% no comércio e 35,25% no setor de
serviços.
13. Habitação
Indicadores de
Habitação - Nioaque - MS
|
|||
1991
|
2000
|
2010
|
|
% da população em
domicílios com água encanada
|
47,69
|
59,48
|
93,31
|
% da população em
domicílios com energia elétrica
|
58,53
|
81,90
|
98,34
|
% da população em
domicílios com coleta de lixo. *Somente para população urbana.
|
46,63
|
61,38
|
94,13
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
13. Vulnerabilidade social
Vulnerabilidade
Social - Nioaque - MS
|
|||
Crianças e Jovens
|
1991
|
2000
|
2010
|
Mortalidade
infantil
|
34,10
|
26,43
|
19,00
|
% de
crianças de 0 a 5 anos fora da escola
|
-
|
82,24
|
72,00
|
% de
crianças de 6 a 14 fora da escola
|
43,15
|
8,19
|
3,05
|
% de
pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e são vulneráveis, na
população dessa faixa
|
-
|
21,17
|
17,72
|
% de
mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos
|
3,10
|
7,29
|
2,31
|
Taxa de
atividade - 10 a 14 anos
|
-
|
24,27
|
6,16
|
Família
|
|||
% de mães
chefes de família sem fundamental e com filho menor, no total de mães chefes
de família
|
9,04
|
8,40
|
20,81
|
% de
vulneráveis e dependentes de idosos
|
4,03
|
5,73
|
3,01
|
% de
crianças com até 14 anos de idade que têm renda domiciliar per capita igual
ou inferior a R$ 70,00 mensais
|
44,18
|
33,64
|
16,73
|
Trabalho e Renda
|
|||
% de
vulneráveis à pobreza
|
80,27
|
65,30
|
49,78
|
% de
pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal
|
-
|
66,95
|
53,36
|
Condição de
Moradia
|
|||
% da
população em domicílios com banheiro e água encanada
|
46,49
|
52,85
|
88,78
|
Fonte:
PNUD, Ipea e FJP
Indicadores
|
|
14. Para complementar estes sete
tópicos apresentarei alguns indicadores socioeconômicos de acordo com o Último
Censo do IBGE.
Considerando o avanço das pesquisas de coleta
de dados realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística – IBGE
em diferentes áreas, extraímos do seu Banco de dados informações mais
atualizadas destes 13 anos do Século XXI, até 31 de Outubro de 2013 sobre o
Município de Nioaque. Estas informações estatísticas permite ao leitor uma visualização da situação do
Município de Nioaque, segundo este Instituto.
A
finalidade da inserção destas informações são porque elas tem caráter oficial,
documental, e norteiam as políticas públicas que instruem o caráter histórico e
geográfico que a municipalidade percorre.
Selecionei as principais e mais atualizadas para a conclusão deste
Capítulo do Livro. Não esquecer que esta
é uma leitura, de agora, entretanto, daqui a sete anos, ou seja, no ano 2020, o
contexto será totalmente modificado.
As Tabela Estatística está constituída de um Título e as respectivas Fontes, ao todo são vinte Títulos informativos: Conferir no LINK
Localização
Título 1:
Dados introdutórios
Título 2:
Pecuária 2012
Título 3: Síntese das Informações
Título 4: Censo Agropecuário 2006
Título 5: Serviços de Saúde 2009
Título 6: Extração Vegetal e Silvicultura 2011
Título 7: Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar
2012
Título 8: Estatísticas
do Cadastro Central de Empresas 2011
Título 9: Estatísticas do Registro Civil 2011
Título 10: Estimativa da População 2013
Título 11: Frota 2012
Título 12: Fundações Privadas e Associações sem Fins
Lucrativos no Brasil 2010
Título 13: Financeiras 2012
Título 14: Lavoura
Permanente 2011
Título 15: Lavoura Temporária 2011
Título 16: Mapa de Pobreza e Desigualdade - Municípios
Brasileiros 2003
Título 17: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008
Título 18: Produção Agrícola Municipal - Cereais,
Leguminosas e Oleaginosas 2007
Título 19: Produto Interno Bruto dos Municípios 2010
Localização
NOTA:
informações mais atualizadas ou dados anteriores podem se obtidos acessando o site do Instituto Brasileiro de
Geografia Estatística – IBGE - http://cidades.ibge.gov.br/nioaque
[1] Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do
Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008
[2] Índice GINI.
Cidade Sat. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000). Página
visitada em 6 de agosto de 2011. O que é INDICE
GINI?
Desenvolvido
pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é um parâmetro
internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os
países.
O
coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a
desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto
mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é apresentado
em pontos percentuais (coeficiente x 100).
O Índice de Gini do Brasil é de 51,9 (ano de
2012) o que demonstra que nosso país, apesar dos avanços econômicos dos últimos
anos, ainda tem uma alta concentração de renda. Porém, devemos destacar um avanço
do Brasil neste índice, já que em 2008 era de 54,4.
[3] Produto
Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
[4] Ir para: a
b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
Título 1:
Dados introdutórios
População estimada 2013
|
14.379
|
População 2010
|
14.391
|
Área da unidade territorial (km²)
|
3.923,790
|
Densidade demográfica (hab/km²)
|
3,67
|
Código do Município
|
5005806
|
Gentílico
|
nioaquense
|
Fonte: Fonte:IBGE
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, out/2013
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