GUERRA DO PARAGUAI
PARTE 1ª
PARTE 1ª
Introdução
Oficialmente
considera o período do conflito geral da guerra do Paraguai – Tríplice Aliança
(Argentina, Brasil, Uruguai) e o Paraguai 12 de Novembro 1864 com o
aprisionamento do navio mercante brasileiro Marques de Olinda com o presidente
da Província do Mato Grosso e o fim com o aprisionamento e morte do presidente
do Paraguai, Francisco Solano Lopez em, 1º de Março de 1870.
Os Historiadores, Pesquisadores, Documentários de Multimídia, Tratados
Acadêmicos, Trabalhos de Jornalistas, Autodidatas de diferentes nacionalidades
e concepção ideológicas tratam a questão por denominações de Guerra do
Paraguai; Guerra do Brasil; Guerra da Prata, Guerra da Tríplice aliança
(Brasil, Argentina, Uruguai) contra o Paraguai; conflitos Sul Americano entre
outros.
No ato da (re)leitura deve ser levada em
consideração a nacionalidade do Pesquisador se Brasileiro, Paraguaio,
Argentino, Uruguaio, Norte Americano, Britânico, Alemão, Francês...
Outro aspecto considerável é a formação
acadêmica do Pesquisador, que nem sempre é o de Historiador: Há trabalhos
produzidos por militares de diferentes patentes e formação e por civis de
diferentes formações acadêmicas e exercício profissional, professores,
acadêmicos, sociólogos, historiadores, jornalistas, diplomatas, empresários de ramos
diversificados, e muitos autodidatas.
Outro elemento a não ser desconsiderado é a
época, o tempo, o momento histórico, político, econômico, religioso, cultural
em que o pesquisador está contextualizado.
E por fim a metodologia empregada para a pesquisa
na analise do fato histórico que produzirá a leitura final.
O que tem a ver tudo isso?
O “Fato Histórico, o Acontecimento”
curiosamente, mesmo sendo de épocas seculares ou até milenar, é
sempre dinâmico nas suas (re)leituras,
análises, interpretações e conclusões. Deste modo, o “Fato Histórico” permite
diversificados olhares. São Paradoxos e
Paradigmas dentro da Dialética da sociedade que é sempre constituída de
contradições “Prós e Contras”; “Mitos, Heróis, Cultos, Vítimas, Fanatismo,
Nacionalismo, Pragmatismo, Ideologias, Dominador, Dominados”...
O Escritor perpassa nos seus escritos um
pouco das suas convicções pessoais, um pouco do momento Histórico em que vive e
da origem das fontes onde ele busca os “fatos Históricos” para a sua releitura.
Deste modo, o leitor(es) irão encontrar
diversas narrativas interpretativas para o “todo” ou para “partes” do “fato
histórico”. Não é exagero afirmar, que a
(re)leitura do fato histórico, é sempre de uma lógica subjetiva, porque permite
a Dialética ideológica.
Quando o fato Histórico é o de uma Guerra
onde estiveram envolvidos nações, populações, espaço geográfico, interesses
ideológicos, políticos, econômicos diversos permite sempre novas leituras ou
olhares, ainda que os personagens sejam os mesmos.
Do ponto de vista da formação do
cidadão e da cidadania é positivo, desde
que não venha a ser utilizada para manipular a população para um fanatismo,
nacionalismo extremista, xenofobia, hostilizações.
Diante do Exposto, tratarei pela denominação
“Guerra do Paraguai”, termo mais usual no Brasil.
Também delimitarei a exposição somente sobre
“partes” de “fatos Históricos” que aconteceram na então Província de Mato
Grosso, compreendendo no contexto atual, os Estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, do Império do Brasil. A Divisão Geográfica do Mato Grosso só
ocorreu Oficialmente em 11 de outubro de 1977, até então, todos os
acontecimentos são tratados como Parte Geográfica da Província/Estado de Mato
Grosso.
O subtema que delinearei tem como focalização
“A INVASÃO DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO PELO PARAGUAI, AS LUTAS DE DEFESA E AS RETIRADAS”.
No Contexto Histórico é dada toda a ênfase à
“Epopeia da Retirada da Laguna”, imortalizada pelo Oficial da Comissão de
Engenharia “Visconde de Taunay” e demais documentos e relatórios
militares. A análise histórica que proponho é sobre o primeiro
período da Guerra e da Invasão da Província de Mato Grosso, antes da chegada
das Tropas que vieram de diversas partes do Império para a defesa da região.
Acontece que no período compreendido a Dezembro de 1864/Setembro 1866, o
domínio total era de posse da Republica do Paraguai. A primeira força que pisou o território de
Mato Grosso foi a coluna de Goiás, composta de 1 batalhão e 1 esquadrão de
cavalaria, ao mando do tenente coronel Mendes Guimarães. Essa força acampou no
Coxim no dia 7 de Setembro, e ali aguardou a chegada das tropas que marchavam
de Minas e S. Paulo, as quais, depois de terem atravessado o território das
Províncias de S. Paulo; Minas e Goiás penetraram, em Novembro, no de Mato
Grosso, e reuniram-se aos goianos, em 20 de Dezembro, no Coxim. (Ver
imagem 66, visão panorâmica da cidade de Coxim, no Norte de Mato Grosso do Sul, foi invadida pelas tropas paraguaias em operação na região.
Vista também da confluência dos rios Coxim e Taquari)
Nesta primeira fase da Guerra houve várias
reações e retiradas, por tropas militares, escravos, indígenas, mercadores,
prestadores de serviços, eclesiásticos, populações não militar habitantes das
áreas rurais, Colônias, Povoações, Vilas, Fortes, Presídios, Aldeamento
indígena.
Trata-se de três artigos:
- A Invasão da Província do Mato Grosso pelas
Tropas Militares da República do Paraguai e as reações dos militares,
autoridades e populações brasileiras existentes na época e as Retiradas.
- O Segundo Artigo tratará da reocupação da
Província por forças brasileiras. Reação iniciada com a chegada das Tropas
Brasileiras oriundas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas, Goiás e a incorporação de tropas existentes na
Província incluindo civis.
- O Terceiro Artigo abordará algumas das
consequências deste conflito para a Província de Mato Grosso; tais como
demarcação da fronteira, a reocupação populacional das terras e nascimento
e cidades; a convivência entre brasileiro e paraguaio e vice versa dentro
do Estado de Mato Grosso do Sul e a recuperação das memórias por
militares, civis e turismo históricos. Políticas públicas pela memória dos
monumentos Históricos referentes aos diversos episódios históricos aos
mato-grossenses e sul-mato-grossenses.
Não abordarei as questões motivadoras do
conflito e nem o desenrolar pela região sul do País. Há uma literatura muito vasta para o leitor
que queira mais informações. Em nosso blog[1]
disponibilizamos diversos informes, textos, imagens e vídeos.
Os apontamentos que serão transcritos são
uma adaptação da obra citada[2]
e de outras referências da minha coleta de dados. Com ressalva as notas de
rodapé, as demais partes dos textos são transcritos nos termos originais do
final do século XIX. Os “topônimos”
também são preservados a grafia original. Que o leitor não entenda o texto
como “erros”, pela historicidade, adotamos preservar os “Termos dos Originais”.
Também a Estrutura didática e as ilustrações
são de minha inclusão.
A Estrutura do Texto está dividida em duas partes:
A primeira parte do Texto é uma descrição
geral dos fatos de registros históricos com subdivisões de subtítulos, notas explicativas,
notas de rodapé e algumas imagens de caráter ilustrativas.
[2] A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA
(Império do Brasil, Republica Argentina e Republica
Oriental do Uruguay)
CONTRA
O GOVERNO DA
REPUBLICA DO PARAGUAY
(1864-1870)
COM CARTAS E PLANOS
POR
L. SCHNEIDER
Conselheiro privado e
leitor de S. M. o Imperador da Alemanha e Rei da Prússia.
I º VOLUME – Capítulo
IV
TRADUZIDO DO ALLEMÃO
POR MANOEL THOMAZ ALVES NOGUEIRA
ANNOTADO
POR
J. M. DA SILVA
PARANHOS
Ex-Secretário da
Missão Especial do Brasil no Rio da Prata, membro do Instituto Histórico e
Geographico do Brasil.
RIO DE JANEIRO
H. GARNIER —
LIVREIRO-EDITOR
71, RUA DO OUVIDOR
1902
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