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terça-feira, 3 de maio de 2016

TÓPICO 25 - NIOAC E SEUS FILHOS 1899 - 1953


PANORAMA
MUNICÍPIOS QUE DESMEMBRARAM DE  NIOAQUE

  

 Todos os Municípios, (filhos) que desmembraram  do território do Município de Nioaque, aconteceram ainda no período em que o Estado de Mato Grosso era integrado, capital Cuiabá. Mato Grosso do Sul foi Criado em 11 de Outubro de 1977.  Quando dividiu o Estado de Mato Grosso, o Município de Nioaque já apresentava a configuração territorial mostrado abaixo. (mapa adaptado do site do IBGE




1-    Abordagens:

Campo Grande –
 Lei nº 792 de 23 de novembro de 1899.
Resolução nº 225 de 26 de agosto de 1899.

Bela Vista –
            Resolução nº 255 de 10 de Abril de 1900
            Lei nº 502 de 03 de Outubro de 1908
            Decreto nº 218 de 03 de dezembro de 1908

Ponta Porã –
Resolução nº 255 de 10 de Abril de 1900

Maracaju –
Resolução nº 912 de 8 de Julho de 1924
Lei nº 987 de 07 de Julho de 1928

Guia Lopes da Laguna –
            Ato nº 776 de 8 de Junho de 1938
            Lei nº 140 de 30 de Setembro de 1948
            Lei nº 678 de 11 de Dezembro de 1953

2-    Atos complementares.

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Campo grandeDistricto de paz – 1889

No dia 23 de Novembro de 1889 através da Lei nº 792, foi criado o Districto de Paz em Campo Grande, pertencente ao Município de Nioaque, Comarca de Miranda.
Não temos a integra lei.

3- Campo Grande – Município 1899

“RESOLUÇÃO N. 225 de 26 de agosto de 1899

Eleva a categoria de villa a Parochia de Campo Grande.
O Coronel Antonio Pedro de Barros, Presidente do Estado de Mato Grosso.

Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa decretou e eu sancionei a seguinte resolução:

Art 1º É elevado á categoria de villa a Parochia de Campo Grande, constituindo um município na comarca de Nioac.

Art 2º Revogam se as disposições em contrario.

Mando portanto, a todas autoridades a quem o conhecimento e execução da referida resolução pertencer que a cumpram e façam cumprir fielmente.

O secretario do Governo a faça imprimir , publicar e correr.

Palácio do Governo de Cuiabá, 26 de Agosto de 1899, Undécimo da República.

Antonio Pedro Alves de Barros. Foi sellada e publicada a presente resolução nesta data”.

Através desta resolução, 225 de 26 de Agosto a então Parochia de Campo Grande é elevada a Categoria de villa, sendo criado o seu município num vasto território de 105.000 quilômetros quadrados.

Foi o primeiro município desmembrado de Nioaque, em 1899.




Mapa Campo Grande, área territorial atual, adaptado do site do IBGE

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4- Bella Vista 1908

Bela Vista – DISTRICTO DE PAZ lei nº 255  de 1900
Bela Vista Município 1908


“Lei n. 502 de 3 de outubro de 1908
O Coronel Generoso Paes Leme de Souza Ponce, Presidente do Mato – Grosso.

Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia legislativa decretou e eu sancionei a seguinte lei:

Art 1º Fica criado o município de Bella vista com sede na povoação do mesmo nome a qual é elevada a categoria de villa.

Paragrapho unico. Os limites do município serão os mesmos do actual districto.

Art 2º O poder Executivo, da conformidade com a disposição do artigo antecedente e as leis em vigor sobre o assunto, designará oportunamente dia para ter logar, no novo município as eleições dos poderes municipais e judiciários no mesmo.

Art 3º Revogam - se as disposições em contrário.

Mandando, portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir fielmente.

Palácio da Presidência do Estado em Cuyabá, 3 de outubro de 1908, 2º da república.

Foi selada e publicada a presente lei nesta Secretaria do governo em Cuyabá, aos três dias do mes de outubro de mil novecentos e oito.
O secretario interino.
José Magno da Silva Pereira”.

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Breve Histórico – Bela Vista “A região onde atualmente se situa o Município de Bela Vista[1], teve seu devassamento efetuado, a partir de 1531, pelas incursões dos setanistas portugueses Pero Lopes e Francisco Chaves.

No decorrer do tempo, a área foi palco de sangrentos confrontos entre portugueses e castelhanos e, posteriormente, entre brasileiros e paraguaios, todos com a ânsia de anexar aquelas terras ao seu país de origem.

O tratado de Santo Ildefonso, assinado em 01 de outubro de 1777, reconheceu os direitos do Brasil sobre essa região, restabelecendo como linha de limite o Rio Corrente, atual Rio Apa. Mesmo assim, em 1801, o Capitão Juan Caballero, do exército espanhol, cruza o Rio Apa, funda o Forte São José e ali se instala. No ano seguinte, forças brasileiras, do Presídio de Miranda, sob o comando do Tenente Francisco Rodrigues do Prado, atacaram e arrasaram o Forte, aprisionando a guarnição; morrendo durante a peleja o Capitão Caballero.

          A partir de 1845, a região passou a ser percorrida por Joaquim Francisco Lopes e João Henrique Eliot, a mando de João da Silva Machado, Barão de Antonina, com a finalidade de estabelecer vias de comunicação, ligando essas paragens ao Estado de São Paulo.

Foram, pois, os Lopes, secundados pelos Barbosas, as primeiras famílias a se radicar em terras de Bela Vista.

Em 1864, estoura a Guerra do Paraguai e a região se torna palco de sanguinolentos encontros.

No dia 21 de abril de 1867, o Coronel Camisão atravessa a Rio Apa, ocupa, no Paraguai, o Fortim Bela Vista e marcha até Laguna, de onde inicia a épica Retirada, que se constituiu numa das mais belas páginas de nossa história, mas lavadas com sangue de nosso irmão da fronteira.

A região que sofrera total esvaziamento, voltou 5 anos depois, a receber novos moradores.

        Retornaram os Lopes, sobrinhos do Guia Lopes; os Barbosas, leite, Ferreira, Pedra, Loureiro, Escobar, Melo e tantos outros pioneiros intrépidos que constituíram a grandeza de Bela Vista.

Por necessidade de um ponto de apoio comercial e de comunicação, numa pequena colina, as margens do Rio Apa, foram lançados os alicerces de uma nova povoação, em cuja área já se encontrava edificada a residência de José Lemes Bugre, que foi assim seu primeiro morador.

Novas correntes migratórias, oriundas principalmente do Rio Grande do Sul, encarregaram-se de complementar o povoamento de Bela Vista. As migrações gaúchas que aí aportaram, vieram atraídas pela exploração da erva-mate nativa, cujo monopólio era mantido pela Companhia Mate Laranjeira, que lhes permitia arrancharem nas terras sob sua jurisdição.

Deste período em diante, o desenvolvimento da região não mais sofreu solução de continuidade, o que levou o Governo do Estado a criar, pela Resolução nº 255, de 10 de abril de 1900, o Distrito de Paz de Bela Vista, com os mesmos limites do já então existente Distrito Policial, instalado em 1889.

Criado o município em 1908, todavia, a sede municipal só foi elevada à categoria de cidade, por força da Lei nº 772, de 16 de julho de 1918.

É desconhecida a origem do topônimo do município. Supõe-se que seja por influência da localização do Fortim Bela Vista, plantado na cidade de igual denominação, no Paraguai e confrontante com a sede do município brasileiro.

Gentílico: bela-vistense
Formação Administrativa
Distrito criado com denominação de Bela Vista, por resolução estadual nº 255, de 10-04-1900, subordinado ao município de Nioac.

Elevado à categoria de vila com denominação de Bela Vista, pela lei estadual nº 502, de 03-10-1908, e decreto estadual nº 218, de 03-12-1908, desmembrado de Nioac. Constituído do distrito sede. Instalado em 06-03-1909.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Bela Vista, pela lei estadual nº 772, de 16-07-1918.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede”.




Mapa de Bela Vista área territorial atual, adaptado do site do IBGE

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5- Criação do município de Maracaju – 1928

Maracaju – Districto de Paz – 1924
resolução n º912 de 8 de Julho de 1924

“Pedro Celestino Corrêa da Costa.
Presidente do Estado de Mato Grosso.

Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia legislativa decretou e eu sancionei a seguinte lei:

Art 1º - Fica creado no município de Nioac, o Districto de Paz de Maracaju, com sede na povoação de Josinapolis, a qual terá o seguintes limites: Os córregos Barreiro e brejão em todo o seu curso e uma recta ligando as respectivas nascentes, o ribeirão cachoeira desde a barra do brejão a do Cipó, este córrego e o do Cipó em toda a extensão, ligada as suas cabeceiras por uma recta, o Santa Gertrudes da Barra do Cipó para cima até o espigão divisor;  este até  a cabeceira do Brilhante; este rio águas abaixo até a barra do córrego Barreiro.

Art 2º O poder Executivo providenciará a instalação do Novo Districto de Paz, marcando um dia para a eleição dos respectivos juizes.

Art 3º revoga-se as disposições em contrario.

Mandando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento a execução da referida resolução pertencer, que a cumpram e façam cumprir fielmente.

O diretor do Expediente do Governo a faça imprimir, publicar e correr.

Palácio da Presidência do Estado em Cuyabá, 08 de Julho de 1924, 36º da republica.
(L.S) Pedro C. Corrêa da Costa.
Virginio Alves Corrêa Filho.

Foi sellada e publicada a presente resolução nesta Directoria do Expediente do Governo em Cuyabá. aos oito dias do mês de julho de mil novecentos e vinte e quatro.
O director.
Jayme Joaquim de carvalho”.

O município de Maracaju criado em 1928, foi o terceiro a ser desmembrado do vasto município que abrangia o município de Nioaque.

Criação do Município de Maracaju

LEI Nº 987, de 7 de Julho de 1928.
Cria o Município de Maracaju, transferindo para ele a sede da comarca de Nioac.

O Dr. Mario Corrêa da Costa, Presidente do Estado de Matto – Grosso.

Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa decretou e eu sancionei a seguinte lei;

Art 1º Fica creado o Município de Maracaju e para ele transferida a sede da Comarca de Nioac.

Art 2º Os limites do novo município serão: Partindo da confluência do Rio Nioac com o Miranda e pelo Nioac acima até a sua mais alta vertente dai ao Ribeirão Santo Antonio e por este abaixo até a barra do rio de Ponta Porã e Bella Vista e Miranda até o ponto de partida.

Art 3º O atual município de Nioac passara a ser termo de Comarca.

Art 4º Fica marcado o dia 7 de Setembro vindouro para instalação da sede da nova comarca. fazendo as respectivas eleições.

Art 5º O poder Executivo Providenciará sobre a instalação do novo município.

Art 6º Revogam as disposições ao contrario.
mandando, portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer que a cumpram e faça cumprir fielmente.

Palácio da Presidência do Estado em Cuyabá, 07 de Julho de 1928, 40º da República.
Mario Corrêa da Costa
João Cunha

Foi sellada e publicada a presente lei nesta data. Secretaria da presidência do Estado, em cuyabá aos sete dias do mês de Julho de mil novecentos vinte e oito”.

6- Breve Resumo Histórico De Maracaju

Depois do afastamento dos jesuítas espanhóis, que tiveram as suas reduções desmanteladas por ação dos bandeirantes paulistas, a principiar por Antônio Raposo Tavares, nos arbores do século XVI, a região de vacaria, no planalto da Serra de Maracaju, onde se localiza o município, somente voltou a ser povoado quando, no primeiro lustro do século XX, Gabriel Francisco Lopes e seus irmãos Joaquim e José redescobriram aqueles campos, procedendo da então província de Minas Gerais, atravessando a região de Paranaíba. Gabriel Lopes trouxe, logo depois, o seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, que veio acompanhado pelo irmão Ignácio Gonçalves Barbosa e suas famílias, se estabelecendo nos campos que rapidamente se tornaram famosos, atraindo novas levas de mineiros que, em 1860, se instalaram na região sudoeste do planalto, fundando os núcleos que receberam a denominação de Água Fria e Santa Gertrudes.

A invasão do Paraguai por ocasião da Guerra do Paraguai, em 1864-1870, determinou o abandono das terras já cultivadas e dos extensos campos de pastagens, onde se iniciava a formação regular de rebanhos, tendo os colonos retornado a Minas Gerais e ao sudoeste de Mato Grosso, até a cessão das hostilidades e consequente retirada dos invasores. João Pedro Fernandes, radicado no lugar denominado São Bento, no atual município de Sidrolândia, em 1922 transferiu-se com o seu comércio-farmácia Santa Rosa ao povoado pertencente ao Município de Nioaque, na margem direita do Rio Brilhante. Algum tempo depois, em consequência de um surto de malária, resolveu estabelecer-se na zona que hoje compreende a cidade de Maracaju, ali instalando a sua farmácia, atendendo assim apelo dos habitantes da redondeza. Data de 1923 a fundação do núcleo que hoje é a cidade de Maracaju. Espírito esclarecedor e empreendedor, João Pedro Fernandes compreendeu a necessidade de instalar uma escola que preenchesse a lacuna então existente. Contando com o apoio dos moradores da região, organizou ele a "Sociedade Incentivadora da Instrução de Maracaju" instalada em 25 de dezembro de 1923. Nestor Pires Barbosa entregou, por doação à sociedade, 204 hectares de terras, para o fim especial de, nelas, serem construídas casas para abrigo das crianças que frequentassem a escola. Mais tarde, foram adquiridos mais duzentas hectares, situadas às margens do Córrego Montavão, sendo, então, edificado um confortável prédio para o funcionamento da escola. A nova povoação que assim surgiu recebeu o nome de Maracaju, topônimo do planalto e da serra em que se localizava.

Os primeiros moradores da região de Maracaju foram: João Pedro Fernandes, Franscisco Bernardes Ferreira, dona Fé Fernandes, Marcos dos Santos, José Pereira da Rosa, Gilberto Teixeira Alves, José Adrião Juquita, Antônio José Fereira, Melanio Garcia Barbosa, José Pereira da Rosa Filho, Antonio Ferreira Ribeiro, Vitor Constantino Evanof, Antônio Aracaju, Saraiva Pereira da Rosa, Firmo Garcia de Limo, Olimpio Camargo, Bartolomeu Bueno da Costa, Abadio Romualdo, João Batista Pereira da Rosa, João Galberto Ferreira, Manoel Retamoso, Carlos Ferreira Tito, Arakaki Tokiti e Delfino Pereira Antonio. A Resolução 912 criou o Município de Nioaque, o distrito de Paz de Maracaju em 8 de Julho de 1 924. O crescente desenvolvimento da localidade em poucos anos de vida, determinou a sua elevação a categoria de Município com território desmembrado do de Nioaque, pela Lei 987, de 7 de julho de 1928, sendo instalada precisamente dois meses depois, isto é, 7 de setembro de 1928. A mesma Lei 987 transferiu para Maracaju a sede da comarca de Nioaque, ficando o município que dava nome reduzido a termo da mesma comarca. O primeiro prefeito municipal que assumiu na data de sua instalação foi João Pedro Fernendes, um dos principais fundadores da cidade, a qual naquele mesma data, recebia a iluminação elétrica em funcionamento inaugural. A Lei 1 031, de 1 de Outubro de 1929 eleva o então povoado à categoria de cidade e dá denominação de Maracajú à comarca de Níoaque com séde em Maracajú. O Decreto nº 115 de 31 de Dezembro de 1937, por medida econômica, reduziu a comarca de Maracajú a termo de Campo Grande. Na divisão jurídica e administrativa do estado vigorante a 31 de Dezembro de 1937, aparece só o Município de Maracaju, com dois distritos: o homônimo, como sede e o de Vista Alegre, criado este pela Resolução 892, de 13 de Julho de 1923. Em 1941, foi instalada, na cidade, a agência do Banco do Brasil e, em 25 de Abril de 1944, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil inaugurou a estação ferroviária de Maracaju, localizada a três quilômetros da cidade, realizações que muito contribuíram para o maior desenvolvimento da mesma (mas o primeiro trem de passageiros teria chegado apenas em 1946), sendo que a linha ficou ativa até 1 de junho de 1996.

Por força do Decreto-Lei Federal 5 839, de 21 de Setembro de 1943, passou a constituir, juntamente com outros municípios, o Território Federal de Ponta Porã, voltando a ser reincorporado ao Estado de Mato Grosso em 1946, por determinação das disposições Constitucionais Transitórias, que extinguira o mencionado Território. Como território federal, a cidade de Maracaju foi designada como capital, determinação essa que foi transferida, posteriormente, para a cidade de Ponta Porã. Na divisão Territorial do estado para vigorar no quinquênio 1949-1953, estabelecida pelo Decreto 583, de 24 de Dezembro de 1948, o Município de Maracaju, com sede da comarca de igual topônimo, era constituído de dois distritos: o da sede e de Ervânia, antiga Vista Alegre. Além dos primeiros moradores de Maracaju, ainda contribuíram, para seu progresso e desenvolvimento, os seguintes cidadãos: Nestor Pires Barbosa, Soriano Corrêa da Silva, Ataliba Pereira da Rosa, João Marcondes de Oliveira, Totó e Chico Marcondes, Francisco Alves Terra, João Vicente Muzzi, Américo Carlos da Costa, Antonio de Moraes Ribeiro, Adolpho Alves Ferreira, Adalberto Garcia de Souza, Arthur Ferreira Ribeiro, josé Ferreira de Lima, Franklin Ferreira Ribeiro, Hypolito Alves Ferreeira, Manoel Olegário da Silva, João da Matra Corrêa da Silva, José Ferreira Azambuja, Balbino Corrêa de Lima, Joaquim Ferreira Lucio, Horacio Halves Ferreira, Antonio Baptista de Souza, Gumercindo Garcia Barbosa, Marcos Roberto Ferreira, Jovino Faustino Silvério e muitos outros.

Em 1977, o município passou a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul”.





 Mapa de Maracaju área territorial atual, adaptado do site do IBGE

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7- Patrimônio Guia Lopes

“Guia Lopes  - districto Policial – 1938
Ato nº. 776

Crea o município de Nioaque mais um districto policial.

O interventor federal no Estado de Mato Grosso resolve crear no município de nioaque mais um districto policial , com a denominação de , por este acima, até o foz s limites: Da foz do córrego Estiva, no ribeirão santo Antonio, por este abaixo até a confluência com o rio Miranda, por este abaixo até o foz do ribeirão Palmeiras, por este acima até as suas principais vertentes, digo nascentes, deste ponto uma reta até a cabeceira do Córrego Caróba, por este abaixo até o ribeirão Canindé, por este acima até o foz do córrego Canindézinho, por este acima até suas principais nascentes, dai uma reta atá cabeceira do córrego Estiva, por este abaixo até o foz do ribeirão Santo Antonio, ponto de partida.

Palácio do Governo do Estado de Cuyabá , 8 de Junho de 1938.
J Muller”.


Guia Lopes da Laguna – Districto de Paz de 1948

“LEI Nº 140 de 30 de SETEMBRO DE 1948

Cria o Districto de Paz de Guia Lopes  da Laguna, situado no município de Nioaque.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa do estado decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art 1º Fica criado o Districto de Paz de Guia Lopes da Laguna, situado no município de Nioaque, com os seguintes limites:

Partindo do foz do córrego Ariranha no Rio Miranda, seguindo pelo córrego Ariranha acima até sua cabeceira; dai pelo divisor das águas dos Rios Nioaque e Miranda até a serra de Amambaí, seguindo dai pela  referida serra até alcançar as nascentes do Rio Miranda, seguindo por este abaixo, até o foz do córrego Ariranha, ponto de partida.

Art 2º Revoga-se as disposições em contrario.

Palácio Alencastro, em Cuiabá, 30 de Setembro de 1948, 127º da Independência e 60º da Republica.
Arnaldo Estevão de Figueiredo.
Civis Muller da Silva Pereira”.


Guia Lopes da Laguna – município – 1953

“LEI Nº 678 DE 11 DE DEZEMBRO DE 1953
Cria o município de Guia Lopes da Laguna.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO:

Faço saber que a Assembléia do estado decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art 1º Fica criado no Estado de Mato Grosso, o município de Guia Lopes da Laguna.
O município de Guia Lopes da Laguna, terá os atuais limites do districto de Guia Lopes da Laguna no município de Nioaque.

Art 2º O município de Guia Lopes ficará pertencente a comarca de Bela Vista.

Art 3º Esta lei entra em vigor em 1º de Janeiro de 1954, revogando as disposições em contrário.

Palácio Alencastro, em Cuiabá 11 de dezembro de 1953, 132º da Independência e 65 da Republica.

FERNANDO CORRÊA DA COSTA
RUBENS PINTO DE ARRUDA”.

O município de Guia Lopes da Laguna foi o quarto na ordem de desmembramento do município de Nioaque. Desmembrado do nosso Território no ano de 1953.


8- Histórico De Guia Lopes Da Laguna[2]



Mapa de Guia Lopes da Laguna área territorial atual, adaptado do site do IBGE


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9- Ponta Porã

Ponta Porã – Muito embora o Município de Ponta Porã não foi desmembrado diretamente de Nioaque, mas fora Distrito de Nioaque até o ano de 1908, quando Bela Vista foi emancipada a município, Ponta Porã passou a pertencer ao território deste Município. Entretanto desde o final da Guerra do Paraguai em 1870 até 1908, foi  um dos fomentos  econômicos do Municipio de Nioaque e de Mato Grosso, com a exploração da Erva Mate.

Origem de Ponta Porã “começa com a formação de um povoado denominado inicialmente Punta Porá, que surgiu dentre os campos de Erva-mate. Antes da Guerra do Paraguai, Ponta Porá era apenas uma região deserta no interior do Paraguai habitada somente por algumas tribos de índios, como os Nhandevas e os Caiuás, descendentes do povo Guarani, que viviam em harmonia com a natureza, caçavam, coletavam frutos e pescavam, além do cultivo de pequenas roças. A região era também local de parada de carreteiros que faziam o transporte de erva-mate. Em 1777 uma expedição militar chegou a esta região, tendo como objetivo, explorar o solo. Em 1862 chegou o grupo do tenente militar Antônio João Ribeiro que se fixou na cabeceira do rio Dourados (onde hoje é o município de Antônio João) e fundaram ali a Colônia Militar dos Dourados. Em 1864, época da Guerra da Tríplice Aliança, a Colônia Militar dos Dourados foi destruída pelos paraguaios, onde veio a falecer o tenente Antônio João Ribeiro.

Em 1872, após o fim da Guerra do Paraguai, houve a fixação da região fronteiriça do Brasil com o Paraguai, no qual também constavam os respectivos limites com o Brasil, e que segundo Hélio Vianna, respeitava os convênios da época colonial e reivindicava ao Brasil somente as terras já ocupadas ou exploradas por portugueses e brasileiros. A partir daí a região de Ponta Porã passa a ser possessão territorial brasileira. Em 1880 chega na região o senhor Nazareth, um militar que vem com a missão de comandante e ergue seu acampamento junto a lagoa do Paraguai, onde hoje é a cidade de Pedro Juan Caballero. Em 1882 Tomás Laranjeiras já explora e industrializa a erva-mate em Ponta Porã e exporta para Argentina. Em 1892 chegou ali a Guarnição da Colônia Militar de Dourados para proteger a região. Nesse mesmo ano Ponta Porã começa a tomar seus primeiros impulsos de progresso econômico, com a chegada até ali de muitos migrantes gaúchos, que vieram com a finalidade de praticar a agropecuária eles queriam cultivar a terra e criar gados .

Em 1897 é criado o primeiro destacamento Policial em Ponta Porã e nomeado como Comandante o Senhor Nazareth.

Em 1900 Ponta Porã torna-se Distrito de Nioaque (integrado a Bela Vista Ponta Porã e Bela Vista eram Distritos de Nioaque até 1908. Quando Bela Vista emancipou, Ponta Porã passou a ser Distrito de Bela Vista).

Em 18 de julho de 1912 foi criado o Município de Ponta Porã, deixando de ser distrito de Bela Vista. No ano seguinte foi instalado o município e toma posse seu primeiro Prefeito, Ponciano de Matos Pereira. Em 1915 o Governador do Estado de Mato Grosso, Caetano de Albuquerque eleva o município de Ponta Porã para a categoria de comarca no ano seguinte, 1916 toma posse o primeiro Juiz de Direito da Comarca de Ponta Porã, Possidônio de Souza Guimarães e o Primeiro Promotor é Henrique Carlos Guatemozim. Em 1919 é criado em Ponta Porã o 11º RC (Regimento de Cavalaria) e instalado no ano seguinte, sendo seu primeiro Comandante o Capitão Hipólito Paes Campos. Em 1943, o Presidente Getúlio Vargas cria o Território Federal de Ponta Porã, tendo como capital a cidade de Ponta Porã e formado também por outros municípios vizinhos. Em 1946 o território é extinto. Em 1977 é criado o estado de Mato Grosso do Sul, a qual Ponta Porã faz parte atualmente”.



Ponta Porã Distrito de Nioaque em 1900. A partir de 1908 integra o município de Bela Vista, de onde é emancipado politicamente e administrativamente, mapa adaptado do IBGE

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10- Complementos:

“Acto n. 267 de 12 de janeiro de 1893
.
Cria mais um Districto policial na villa de Nioac, com a denominação de Districto dos Dourados, compreendido pelo norte a margem esquerda do rio Dourados e as do Ivinhema até o Paraná e pelo sul, o rio Amambaí, desde sua vertente na cordilheira do mesmo nome.

Acto n.182 de 20 de Agosto de 1892

Cria no município de Levergeria, comarca de Miranda, um districto policial com sede em Ponta Porã, compreendido o Districto toda zona da Agencia fiscal respectiva.


11- Fontes:
  1. Cópia do livro de registro de leis, decretos e resoluções do Presidente do Estado de mato Grosso – Ce. João Paes de Barros – ano 1900 – folha 82.
  2. Gazeta oficial do Estado de Mato Grosso 05 de outubro de 1929 n. 6055 – folha 01 – anexo do Poder Legislativo.
  3. Gazeta oficial do Estado de Mato Grosso 17 de Julho de 1928 – pagina 02 – ação do poder legislativo estadual.
  4. Gazeta oficial do Estado de Mato Grosso n.5.144 – Cuiabá 24 de julho de 1924 –pagina 01 –ação do poder Legislativo Estadual.
  5. Livro das transcrições de leis do governo Estadual de Mato Grosso – pag 19 -1908.
  6. Diário Oficial de Mato Grosso – pag 04 de 14 de dezembro de 1953 – ação do poder legislativo.
  7. Diário Oficial do Estado de Mato Grosso pag. 02 de 06 de outubro de 1948 – ação do poder legislativo estadual.
  8. Livro das transcrições de leis, resoluções e decretos do governo estadual – 1924 – pag 28.
  9. Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, pag 02 de 09 de junho de 1938 – atos do Interventor Federal no Estado J. Muller.
  10. Livro de transcrições de Decretos do Governo Estadual de Mato Grosso – pagina 145 – 1908. 



[2] Sugiro ler os livros do Autor, Guia Lopes da Laguna, Nossa Terra, Nossa Gente, Nossa História. Ou acessar o blog

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