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domingo, 10 de abril de 2016

GUERRA DO PARAGUAI - 3 - ALGUMAS DAS CONSEQUÊNCIAS NA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO

ABORDAGEM  - 3

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5.2.7 Algumas consequências da invasão de Mato Grosso

Primeiramente, não houve a junção das duas expedições paraguaias: a fluvial e a terrestre.  A primeira, o leito do São Lourenço não oferecia segurança para a navegação, pouca profundidade; a segunda barrada pelos pantanais na região do Piquiri.

Posse do Paraguai: Forte de Coimbra, Corumbá, Albuquerque, Estaleiro de Dourados, Colônia Militar de Dourados e Miranda, povoação de Nioaque, Coxim e Vila de Miranda.

Os paraguaios declararam levar de Mato Grosso “66 peças de canhões, milhares de cabeça de gado,  segundo El Semanário”.
  
Segundo o Barão do Rio Branco, perdemos três oficiais, 30 soldados ou marinheiros, enquanto que o Paraguai teve 44 mortos e 168 feridos.   Evidentemente que aqui não há  nenhum documento que diga quantos civis entre brancos, negros e índios foram mortos e feridos; e quantos deles foram feitos prisioneiros e conduzidos para o Paraguai, onde muitos foram mortos, outros fugitivos e alguns libertados.

Ainda sem contarmos com os damos materiais, perca das casas, pertences, documentos, destruição de fazendas, perda da produção de vegetais e criação de animais.

Praticamente por dois anos, a Província ficou isolada do resto do Império.

A fragilidade das guarnições militares, a indefinição com a fronteira da República do Paraguai, trouxe para o sul da Província de Mato Grosso, o abandono total, onde os paraguaios não encontraram dificuldades para dominar.

O domínio da Guerra estava no Sul do Império e também para lá as tropas militares em operação de guerra.

5.2.8  Redução do Efetivo das Tropas Paraguaias na Província de Mato Grosso25

Conforme os planos militares da ocupação da Província de Mato Grosso, em poucos meses as tropas paraguaias ocuparam as posições estratégicas que lhes interessava no momento.  O comandante militar paraguaio, Barrios,  organiza as tropas e redistribui pelos pontos estratégicos, sendo Corumbá, o ponto central da região fluvial do alto e baixo Paraguai e Nioaque o Quartel General das tropas terrestres.

Tudo organizado na Província Sul Mato-grossense, Barrios dirige com o restante das tropas para a República do Paraguai para apoiar as operações de guerra que se dirigiam para o Sul do Brasil, inclusive Argentina e Uruguai.

Em março de 1865,  resolve López chamar Barrios e retirar de Mato Grosso parte das suas Forças, deixando nos pontos que elas ocupavam à beira do rio Paraguai apenas guarnições de segurança.

Em Decreto de 13 de Março, declara esta sua resolução e mais a nomeação do Coronel Hermógenes Cabral para substituir Barrios e  do Sargento – Major José Fleitas para sub-chefe daquele.

Expede na mesma data instrução a Barrios.   Diz nesses documentos que a tomada do Forte de Coimbra, das Vilas de Albuquerque e Corumbá e do Parque do Cerro de Dourados, do Vapor de Guerra brasileiro Amambaí e de números petrechos de guerra e a vantajosa exploração dos rios São Lourenço e Cuiabá até as imediações da Capital de Mato Grosso, no curto espaço de dois meses, a contar da saída da expedição deste porto (Assunção), são exemplo de testemunhos de zelo infatigável”.

São igualmente meritórios e importantes os resultados dos trabalhos da coluna de  operações no rio Mbotetey a que se encomendou à ocupação do território usurpado pelo Brasil desde a margem direita do Apa até o Aquidauana, confluente Setentrional do mesmo Rio Mbotetey.

Afirma que a ocupação das Colônias de Miranda e Dourados, das Vilas de Nioaque e Miranda, bem como a tomada de petrechos de guerra e de material e o reconhecimento da margem direita do Aquidaban no mesmo curto espaço de tempo, equivalem a “feitos  gloriosos para a Pátria que recuperou assim todo o território que pelo descobrimento, pela posse e pelos tratados de 1750 e 1777 é reconhecidamente paraguaio.

Assinala que o Paraguai já está senhor de Coimbra, Albuquerque, Corumbá e cerro de Dourados (Coluna do Alto Paraguai).   Seria inútil deixar aí mais gente do que necessária, quando a situação do momento aconselha o emprego no sul da República de todos os recursos militares.

Em vista disso, determina o seguinte:

5.2.8.1 Em Dourados26  ficarão 50 Infantes, 15 cavaleiros e por enquanto um vapor pequeno, para observar o movimento inimigo.   Retirarão sendo preciso para Corumbá.

5.2.8.2 Em Corumbá ficaram  o 21º batalhões e 200 infantes de cada um dos batalhões seguintes, 6º, 7º e 30º (portanto mais 600 infantes), 80 artilheiros e 100 cavalos.   Retirarão para Forte de Coimbra.

5.2.8.3 Em  Albuquerque serão deixados 20  homens para policiar e vigiar as comunicações terrestres entre Coimbra e Corumbá.
5.2.8.4  Em Coimbra, reduzirá  a artilharia a 12 canhões com a dotação suficiente de homens, pólvora e projéteis.   Se as tropas a montante do rio retirarem para este ponto, ele ficará bem definido com 300 infantes, 100 cavaleiros e 4 canhões, apoiado pelos vapores que descerem de Dourados e Corumbá.   Determine que se ocupe o morro da marinha, em cujas imediações, projeta estabelecer uma estância  com 2,4 ou 6 mil cabeças de gado, que será remetido de Miranda, conforme ordem dada na ocasião.  Será vantajoso elevar o rebanho dessa estância até 12 mil cabeças.

            Conforme Emilio G. Barbosa, sob instrução do governo de Assunção, Resquin, depois de ter desalojado todas as populações e ocupado todas as guarnições militares de defesa do Império Brasileiro no sul da província mato-grossense , proclamou todo este vasto territóriio ocupado como parte da República do Paraguai, sob a denominação de “Departamento do Alto Paraguai”, que ficou sob o comando geral de Hermógenes Cabral, com a sede estabelecida da Vila de Corumbá no rio Paraguai, extremo Oeste, acesso fluvial a Capital Cuiabá e no ponto intermediário terrestre, na Vila de Nioaque ficou o seu auxiliar, também Coronel Martim Urbieta.  Mais tarde, Urbieta fora nomeado o comandante militar da Divisão Norte, atendendo simultaneamente  nas Vilas de Nioaque e Miranda.

5.2.9 A importância do gado

            Para destacar toda a importância que o gado vacum representava para este contexto de Guerra, mereceria um Capitulo especial e maior profundidade de pesquisa.  Deixo aqui registrado as impressões que coletei diante de todas as leituras relativas ao tema “Guerra do Paraguai”, na região sudoeste do atual Estado de Mato Grosso do Sul.

            Modernamente  as estratégias de guerra obedecem aos equipamentos de alta tecnologia tanto quanto ao aparato bélico, quanto a subsistência  trato e alimentação das tropas.   Mais que boas estratégias de guerra e tropas bem treinadas e equipadas, os combatentes necessitam de água e comida.   Sem o alimento do corpo orgânico, o espírito, a moral, a energia das tropas começam a ruir.

Hoje, “tal nos ditos populares, do gado nada se perde, da ponta do chifre ao casco das patas tudo é transformado e utilizado em produtos e sub-produtos.  Diz que até o berro é aproveitado pelo cantor Sérgio Reis  nas suas canções”.

            Nos tempos idos,  quando a industria não era totalmente desenvolvida o aproveitamento do gado vacum  tinha duas destinação básicas, levando em consideração o contexto da guerra que aqui está se tratando:

  • No transporte como a principal força motriz para locomoção das carretas com todas as suas bagagens que ia desde alimentos, ferramentas, munições, mercadorias em geral, pessoas; e tração para puxar os equipamentos bélicos de guerra, os canhões;
  • Na alimentação, aproveitamento da carne verde ou desidratada e o couro utilizado na confecção de calçados, laços, selas e outros apetrechos de montaria,  além de bornais, malotes para transporte de pertences individuais, armamentos,  alimentos.
Neste Contexto da Guerra do Paraguai, operações terrestres pelo sul da então Província de Mato Grosso uma parte do gado era adestrado para  servir como força para puxar as carretas que serviam como veículo para o transporte de víveres, munições, armas, ferramentas diversas tais como machados e tudo mais que não era transportado no lombo dos cavalos e mulas.  Nesta época ainda não haviam veículos automotores, caminhões por exemplo, uma junta de bois possuía muito valor, pois eram animais selecionados e “amansados” para prestar serviço para este fim.   As peças de canhões, da Artilharia, era montado sobre armão, uma espécie de carreta, jogo dianteiro que reboca as peças de artilharia e puxados por juntas de bois.  Na travessia do rio Miranda, na Retirada da Laguna, o major Thomaz27 refere-se “... difficuldades passaram as nossas tropas, as 4 peças e armões havendo sido queimados os carros monchegos, forja e galera para dar carne as praças...”  “...ficando comprehendida no centro d´este  Corpo toda a bagagem que marchava protegida, alem d’isso por duas fileiras de carros puxados por bois.    As quatro peças de Artilharia, puxadas tambem por bois, vinha debaixo...”

Alem da importância do gado vacum para o transporte, sem dúvida, o gênero alimentação foi extremamente decisivo.  Para esta época, a conservação dos alimentos perecíveis não apresentava as tecnologias modernas de embalagem e desidratação, enlatados, engarrafados, produtos químicos de conservação.  A alimentação da tropa era praticamente in natura. 

Ao  ler os textos que tratam do Episódio da Retirada da Laguna é possível perceber a importância que o gado representava  para o sucesso da missão das tropas, então comandadas inicialmente pelos coronéis  Camisão e Juvêncio, e após os desenlaces, as mortes, pelo Major Thomaz Gonçalves; a carne representava a principal fonte de alimentação.  Transportavam-se na carretas sal, farinha, gordura animal, arroz.  A carne era consumida verde, na força de churrasco ou assada e parte era salgada para conservação, sendo desidratada aos poucos.

No episódio da Guerra, operação pelo sul de Mato Grosso,  o gado era sempre transportado a retaguarda.   Quando estacionados na Colônia Militar de Miranda, antes de avançar além do Miranda em direção ao Apa, já se fazia preocupação por parte dos comandantes responsáveis pela alimentação das tropas a escassez de gado.  O Próprio José Francisco Lopes, o Guia Lopes, rebuscou pelos campos da Fazenda Jardim algumas reses que não havia sido consumidas pelas tropas paraguaias e que serviu as tropas. “Desde o dia da occupação, começando-se a fazer sentir a falta de gado, mandava a prudencia que fosse effectuada uma prompta retirda sobre Nioac...” 
 “....   A boiada dos carros era de há muito morta para sustento das praças e  regulada de  modo que já muito soffriam ellas da falta de alimentação...”
O avanço das tropas brasileira além do Apa, fronteira do Império do Brasil com a República do Paraguai até a Fazenda Laguna, fora motivada principalmente pela idéias de que ali iriam poder arrebanhar o gado paraguaio, episódio este, que deflagrou no maior fracasso da operação, pois além de não encontrarem gado algum, foram obrigados a recuar sobre pressão paraguaia até Nioaque, causando grandes baixas no efetivo com perca de vidas, entre outras do Guia Lopes e dos Comandantes Camisão e Juvêncio.
 “Coronel Camisão, tendo tido informações dos fugitivos brasileiros, os quaes como V. Exa. Não ignora, se achavam entre nós desde 11 de abril, que a 3 ½  leguas de Bella Vista, n’uma  Fazenda do Presidente López havia grande quantidade de gado (Fazenda Laguna), não trepidou em avançar, dando ordem de marcha...”

O racionamento da carne e outros alimentos era tão evidente que no encontro das tropas brasileiras, com os carretas destruídas pelos paraguaios, pertencentes aos mercadores que acompanhavam a operação de guerra, na região do Canindé, como se pode ler a seguir:
 “...A soldadesca comeu enfim, apanharam tudo o que foi encontrado depois de 22 dias de cruel fome, durante os quaes a ração de simples carne era tão diminuta que repartia-se 4 a 8 rezes, em logar das 21 que habitualmente iam para corte!”

Não somente para os brasileiros, mas para os paraguaios o sucesso da operação de guerra consistia não só em ocupar as localidades e destacamentos militares, mas também  no aprisionamento  e envio de gado para a capital Assunção.

No dizeres de Emilio G.Barbosa28 “a coluna paraguia ia diminuindo de efetivo, porque em cada ponto adequado, nos estabelecimento rurais deixava pequenos grupos  de soldados incumbidos de contramarcar o gado “LP” com a marca “La Pátria”.  A incumbência  da condução de prisioneiros e de gado, levados de cambulhada, era desempenhada por pessoa especializado trazido na cauda da Força, patenteando a premeditação do saque e a certeza da execução.

No passo de Bela Vista sobre o Apa, estabeleceram os paraguaios posto de recebimento do gado arrebanhado no território sulino de Mato Grosso.   Inicialmente esteve sob o comando do Tenente de cavalaria Romualdo Canteros o recebimento do gado, que enviava depois para Assunção”. 

Os paraguaios arrebataram da região serrana da Serra de Maracaju mais de 30.000 cabeças de gado.   Os fazendeiros, criadores de gado da região, não puderam leva-lo diante da fuga, considerando que foram surpreendido com a invasão e o criatório era feito em campos com vasta extensão de terra, pastagem  in natura  e que para reuni-lo todo necessitariam de alguns dias.  Diante desta dificuldade, favoreceu em muito aos paraguaios que obtiveram em larga escala  e com muita facilidade o gado e cavalos dos brasileiros.


5.2.10 Narracion Historica El Paraguay
    La Campaña de Matto Grosso


No contexto seguinte, apresenta-se uma narrativa  resumida e escrita em língua espanhola, sobre a versão dos historiadores paraguaios sobre a ocupação da região sul da Província de Mato Grosso.  Numa Guerra há sempre duas faces, vencedor e vencido,  no caso específico, a Guerra que envolveu o Brasil e Paraguai, além da Argentina e Uruguai, conforme a ideologia do historiador, escritor e pesquisador, poderá  enfocar conotações nacionalistas, ou critica, ou totalmente pessoal, uma narrativa histórica em defesa  de interesses.  Assim, para  muitos brasileiros,  Solano López foi um louco, um tirano, entretanto para muitos paraguaios, é o maior herói  nacional.

A narrativa seguinte29 ilustra uma visão da história, escrita por historiadores paraguaios.
            “El 23 de Diciembre de 1864  comienza un drama sim paralelo en la historia, una epopeya que assobró al mundo, una jornada estupenda emprendida por un pueblo en defesa de su soberania e independencia.

            Ese día Mcal. López  revista a las tropas que al día siguinte irían rumbo  al Norte co    la misión de capturar las principales posiciones del Provincia de Matto Grosso, situados en Alto Paraguay.   El término de la revista, les dirige la siguiente proclamación:

            “SOLDADOS:  Mis esfuerzoz por el mantenimiento de la paz han sido estériles.  El Imperio del Brazil, poco conecedor de  vuestro valor y entusiasmo los provoca a la guerra.   La honra, la dignidad nacional y la consevacion de los más caro derechos, nos mandan aceptaria.

            En recompensa a vuestra lealtad y largos serviços, he fijado mi atención sobre  vosotro elifiéndos entre las numerosas legiones que formam el ejército de la Republica, para que  seáis los primeiros en dar una prueba de la pujanza de nuestras armas, recogiendo  el primer laurel que debemos añadir aquellos que  nuestros mayores pusieron  en la corona de la Patria en las memorables jornadas de Paraguarí   y  Rucuarí.

            Vuestra subordinación  y  disciplina y vuestra constancia en las fatigas, me responden de vuestra bravura  y  del lustre de las armas que a vuestro valor confio.

            SOLDADOS  Y  MARINOS:  Llevad ese   miesmo   voto de  confianza a  vuestros compañeros  que de nuestras  fronteras del Norte han  de  unirse a vosoutro;    y  machard serenos al campo del  honor, y  recogiendo gloria para la Patria y honra para vosoutro y vosoutros compañeros de armas, mostrad al mundo entero cuáto vale el  soldado paraguayo.”

            Al día siguiente, una salva de los 36 cañones de nuestra escuadrilla, anunció  que la expedición se ponía en marcha.   La artilleria de la plaza contestó com outra salva  atronadora; y  entre el  jubiloso clamor de la multitud apiñada en puerto, los  bugues surcaron lentamente las aguas de la bahía, remontando el río Paraguaya.
            La expedición era comandada por el Cnel. Vicente  Barrios y compusta de 3000 hombres, más dos baterías de campaña.  Los expedicionarios partieron en los siguientes barcos:  Tacuarí, Ygurey, Paraguarí, Marqués de Olinda (este navio era brasileiro, aprisionado com o Presidente da Província de Mato Grosso), Ypora y el Salto del Guairá; más el Norte, se les unieron el Jejuí y el Río Apa.

Al miesmo tempo casi, partía de Villa Concepción, una columna de 3500 hombres, en su  maior parte de caballeria, al mando del Cnel. Francisco Isidoro Resquín, com la misíon de ocupar el territorio nacional  comprendido entre los ríos Apa y Blanco, disputado  por el Brazil.   Esta columna           marchaba por tierra y estaba destinada apoyar a la expedición naval al mando de Barrios.

Este fondeó  el  26 de Deciembre de 1864 por la noche a una legua de Coimbra;  desembarcaron las tropas y se pusieron en  posición de ataque;  y la artillería fue emplazada sobre una Colina.

            En día siguiente, Barrios, bajo bandera de parlamento envió una nota al  comandante de la guarnición, Tte. Porto Carreiro, redactada en los siguientes términos:

            “Bordo del vapor paraguayo, Ygurey, Deciembro 27 de 1864.
           
El Cnel. Cmte. De la División de Operaciones del Alto Paraguay, en virtud de ódenes expresa de su gobierno, viene a tomar posesión de la fortaleza de su mando, y queriendo das una prueba de moderación y humanidad,  invita a Ud. Para  que dentro  una hora la rinda, pues de no hacerlo así, procederé a tomarla a viva fureza, quedando la guarnición sujeta a las leyes del caso.      Mientras esperas su pronta respuesta, queda de Ud. Atto. S.S. Vicente Barrios.”

            “El Tte. Cnel. De  este Distrito Militar abajo firmado respondiendo a la nota enviada por S.E. el Cnel. Vicente Barrios  Cmte. De la División de Operaciones del alto Paraguay, recibida alas 8.30 de esta mañana, en la cual se declara que en virtud de ordenes expresas de su gobierno, viene a ocupar esta Fortaleza, y que queriendo das una prueba de moderación y humanidad, le convida para que dentro de una hora la rinda, pues que a no hacerlo procederá a tomarla a viva fuerza, quedando su guarnición sujeta a las leyes del  caso; tiene la honra de declarar que, siendo los Regulamento y Ordenes que rigen en el Ejército Brasileiro, a no ser por orden superior, a quien transmito por copia en este momento la nota a que  esponde, por la suerte y la honra de las armas, assegurandoa S.E. que los miemos sentimientos de moderación que nutre S.E. también nutre el abajo firmado por la cual  el miesmo  Cmte. Abajo firmado queda  aguardando las deliberaciones de S.E. la quien Dios  guarde.   Hermenegildo do Albuquerque Portocarreiro - Tte. Cnel. Cmte.”

            Quince minutos después  Barrior, que no se dió por satisfecho com la respuesta recebida, ordenó el bombardeo y el assalto a la Fortaleza  ( atual Forte de Coimbra).   Originóse un duelo infernal de artillería e nuestra infantaría derrochó heroismo por lugares inaccesibles, bajo un diluvio de proyetiles, hasta llegar al pie de la Fortaleza con muros de 5 mts. de  altura  y a 60 mts. sobre  el nivel del río.

            Cesaron las hostilidades por la noche;  y al amañecer nuestros efectivos advirtieron que los brasileiros habían huido en los buques Jauru y Anhambaí.   Así cayó en manos nuestras ese  formidable bastión de la  política expansionista de Portugal, transferida al Brazil.

            La acción dejó un soldo de 200 muertos y otros tantos heridos paraguayos.   Sin pérdida de tiempo, Barrios avanzó sobre Albuquerque e Corumbá, abandonando grandes  depósitos de canõnes, fusiles y municiones de diferentes calibres.

            El Tte. Herrero, com el Ypora, y el Rio Apa, persigue a los que huyen, logrando apresar algunos buques enemigos, hundir y averiar a los demás.    Se detuvo a su vuelta en el  Dorado, donde encontró un gran almacén de pólvora, en cuyo embarque una horrenda explosión sobre el muelles ocarionó la muerte de unos cuantos  guerreros nuestros, entre ellos el próprio tte. Herrero.   Allí encontraron tabién documentos comprometedores para el Brazil.

            El Cnel. Barrios volvió luego a Assunción dejando Destacamentos bien organizados para la defesa de las plazas ocupadas.

            El Cnel. Resquín, por su parte ocupó en pleno dominio brasileños las poblaciones de   Dorados,  Colonia de Miranda, Nioac, Villa de Miranda y Coxím, estabeleciendo su Cuartel General en Nioac.
           
            Después de unos meses, Resquín fue llamado a Humaitá por López dejando bien organizada la zona de ocupación.

            Así terminó exitosamente la Campaña de Matto Grosso una de las concepciones más brillantes del consuctor de nuestro ejército, que desmoralizó al enemigo, de tal manera que nuestras espaldas se mantuvieron exentas de amenazas.  Tan es así que a lo largo de la contienda guerrera, el enemigo jamás intentó acción alguna por eselado”.




25 Op. Cit.  Ref. 2, p. 437-438.
26 Margem esquerda do rio Paraguai.
27 No episódio Retirada da Laguna, descrito em item a seguir neste mesmo capítulo, possui outros referenciais.
28 Emilio Gonçalves Barbosa, Os Barbosas em Mato Grosso, Editora Correio do Estado Ltda., Campo Grande-=MT, 1961, p-46-49.
29 En El Centenario de La Epopeya Nacional – Rogidos de Leones, Debujos de Walter Binifazi, escritos de Juan A. Meza.  Assunción 15 de agosto de 1968, Artes Graficas  Zanphiropolos.  Independencia Nacional, n.º 640.   Assunción,  Paraguay. 

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