ABORDAGEM - 3
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5.2.7 Algumas
consequências da invasão de Mato Grosso
Primeiramente, não houve a junção
das duas expedições paraguaias: a fluvial e a terrestre. A primeira, o leito do São Lourenço não
oferecia segurança para a navegação, pouca profundidade; a segunda barrada
pelos pantanais na região do Piquiri.
Posse do Paraguai: Forte de
Coimbra, Corumbá, Albuquerque, Estaleiro de Dourados, Colônia Militar de
Dourados e Miranda, povoação de Nioaque, Coxim e Vila de Miranda.
Os paraguaios declararam levar de
Mato Grosso “66 peças de canhões, milhares de cabeça de gado, segundo El
Semanário”.
Segundo o Barão do Rio Branco,
perdemos três oficiais, 30 soldados ou marinheiros, enquanto que o Paraguai
teve 44 mortos e 168 feridos.
Evidentemente que aqui não há
nenhum documento que diga quantos civis entre brancos, negros e índios
foram mortos e feridos; e quantos deles foram feitos prisioneiros e conduzidos
para o Paraguai, onde muitos foram mortos, outros fugitivos e alguns
libertados.
Ainda sem contarmos com os damos
materiais, perca das casas, pertences, documentos, destruição de fazendas,
perda da produção de vegetais e criação de animais.
Praticamente por dois anos, a
Província ficou isolada do resto do Império.
A fragilidade das guarnições
militares, a indefinição com a fronteira da República do Paraguai, trouxe para
o sul da Província de Mato Grosso, o abandono total, onde os paraguaios não
encontraram dificuldades para dominar.
O domínio da Guerra estava no Sul
do Império e também para lá as tropas militares em operação de guerra.
5.2.8 Redução do Efetivo das Tropas Paraguaias na
Província de Mato Grosso25
Conforme os planos militares da
ocupação da Província de Mato Grosso, em poucos meses as tropas paraguaias
ocuparam as posições estratégicas que lhes interessava no momento. O comandante militar paraguaio, Barrios, organiza as tropas e redistribui pelos pontos
estratégicos, sendo Corumbá, o ponto central da região fluvial do alto e baixo
Paraguai e Nioaque o Quartel General das tropas terrestres.
Tudo organizado na Província Sul
Mato-grossense, Barrios dirige com o restante das tropas para a República do
Paraguai para apoiar as operações de guerra que se dirigiam para o Sul do
Brasil, inclusive Argentina e Uruguai.
Em março de 1865, resolve López chamar Barrios e retirar de
Mato Grosso parte das suas Forças, deixando nos pontos que elas ocupavam à
beira do rio Paraguai apenas guarnições de segurança.
Em Decreto de 13 de Março,
declara esta sua resolução e mais a nomeação do Coronel Hermógenes Cabral para
substituir Barrios e do Sargento – Major
José Fleitas para sub-chefe daquele.
Expede na mesma data instrução a
Barrios. Diz nesses documentos que a
tomada do Forte de Coimbra, das Vilas de Albuquerque e Corumbá e do Parque do
Cerro de Dourados, do Vapor de Guerra brasileiro Amambaí e de números petrechos
de guerra e a vantajosa exploração dos rios São Lourenço e Cuiabá até as
imediações da Capital de Mato Grosso, no curto espaço de dois meses, a contar
da saída da expedição deste porto (Assunção), são exemplo de testemunhos de
zelo infatigável”.
São igualmente meritórios e
importantes os resultados dos trabalhos da coluna de operações no rio Mbotetey a que se encomendou
à ocupação do território usurpado pelo Brasil desde a margem direita do Apa até
o Aquidauana, confluente Setentrional do mesmo Rio Mbotetey.
Afirma que a ocupação das
Colônias de Miranda e Dourados, das Vilas de Nioaque e Miranda, bem como a
tomada de petrechos de guerra e de material e o reconhecimento da margem
direita do Aquidaban no mesmo curto espaço de tempo, equivalem a “feitos gloriosos para a Pátria que recuperou assim
todo o território que pelo descobrimento, pela posse e pelos tratados de 1750 e
1777 é reconhecidamente paraguaio.
Assinala que o Paraguai já está
senhor de Coimbra, Albuquerque, Corumbá e cerro de Dourados (Coluna do Alto
Paraguai). Seria inútil deixar aí mais
gente do que necessária, quando a situação do momento aconselha o emprego no
sul da República de todos os recursos militares.
Em vista disso, determina o
seguinte:
5.2.8.1 Em Dourados26
ficarão 50 Infantes, 15 cavaleiros e por enquanto um vapor pequeno, para
observar o movimento inimigo. Retirarão
sendo preciso para Corumbá.
5.2.8.2 Em Corumbá ficaram o 21º
batalhões e 200 infantes de cada um dos batalhões seguintes, 6º, 7º e 30º
(portanto mais 600 infantes), 80 artilheiros e 100 cavalos. Retirarão para Forte de Coimbra.
5.2.8.3 Em Albuquerque serão deixados 20
homens para policiar e vigiar as comunicações terrestres entre Coimbra e
Corumbá.
5.2.8.4 Em Coimbra, reduzirá a
artilharia a 12 canhões com a dotação suficiente de homens, pólvora e
projéteis. Se as tropas a montante do
rio retirarem para este ponto, ele ficará bem definido com 300 infantes, 100
cavaleiros e 4 canhões, apoiado pelos vapores que descerem de Dourados e
Corumbá. Determine que se ocupe o morro
da marinha, em cujas imediações, projeta estabelecer uma estância com 2,4 ou 6 mil cabeças de gado, que será
remetido de Miranda, conforme ordem dada na ocasião. Será vantajoso elevar o rebanho dessa
estância até 12 mil cabeças.
Conforme Emilio G. Barbosa, sob
instrução do governo de Assunção, Resquin, depois de ter desalojado todas as
populações e ocupado todas as guarnições militares de defesa do Império
Brasileiro no sul da província mato-grossense , proclamou todo este vasto
territóriio ocupado como parte da República do Paraguai, sob a denominação de “Departamento
do Alto Paraguai”, que ficou sob o comando geral de Hermógenes Cabral, com
a sede estabelecida da Vila de Corumbá no rio Paraguai, extremo Oeste, acesso
fluvial a Capital Cuiabá e no ponto intermediário terrestre, na Vila de Nioaque
ficou o seu auxiliar, também Coronel Martim Urbieta. Mais tarde, Urbieta fora nomeado o comandante
militar da Divisão Norte, atendendo simultaneamente nas Vilas de Nioaque e Miranda.
5.2.9
A importância do gado
Para destacar toda a importância que
o gado vacum representava para este contexto de Guerra, mereceria um Capitulo
especial e maior profundidade de pesquisa.
Deixo aqui registrado as impressões que coletei diante de todas as
leituras relativas ao tema “Guerra do Paraguai”, na região sudoeste do atual
Estado de Mato Grosso do Sul.
Modernamente as estratégias de guerra obedecem aos
equipamentos de alta tecnologia tanto quanto ao aparato bélico, quanto a
subsistência trato e alimentação das
tropas. Mais que boas estratégias de
guerra e tropas bem treinadas e equipadas, os combatentes necessitam de água e
comida. Sem o alimento do corpo orgânico,
o espírito, a moral, a energia das tropas começam a ruir.
Hoje, “tal nos ditos populares,
do gado nada se perde, da ponta do chifre ao casco das patas tudo é
transformado e utilizado em produtos e sub-produtos. Diz que até o berro é aproveitado pelo cantor
Sérgio Reis nas suas canções”.
Nos tempos idos, quando a industria não era totalmente
desenvolvida o aproveitamento do gado vacum
tinha duas destinação básicas, levando em consideração o contexto da
guerra que aqui está se tratando:
- No
transporte como a principal força motriz para locomoção das carretas com
todas as suas bagagens que ia desde alimentos, ferramentas, munições,
mercadorias em geral, pessoas; e tração para puxar os equipamentos bélicos
de guerra, os canhões;
- Na
alimentação, aproveitamento da carne verde ou desidratada e o couro
utilizado na confecção de calçados, laços, selas e outros apetrechos de
montaria, além de bornais, malotes
para transporte de pertences individuais, armamentos, alimentos.
Neste
Contexto da Guerra do Paraguai, operações terrestres pelo sul da então
Província de Mato Grosso uma parte do gado era adestrado para servir como força para puxar as carretas que
serviam como veículo para o transporte de víveres, munições, armas, ferramentas
diversas tais como machados e tudo mais que não era transportado no lombo dos
cavalos e mulas. Nesta época ainda não
haviam veículos automotores, caminhões por exemplo, uma junta de bois possuía
muito valor, pois eram animais selecionados e “amansados” para prestar serviço
para este fim. As peças de canhões, da
Artilharia, era montado sobre armão, uma espécie de carreta, jogo dianteiro que
reboca as peças de artilharia e puxados por juntas de bois. Na travessia do rio Miranda, na Retirada da
Laguna, o major Thomaz27
refere-se “... difficuldades passaram as nossas tropas, as 4 peças e armões
havendo sido queimados os carros monchegos, forja e galera para dar carne as
praças...” “...ficando comprehendida no
centro d´este Corpo toda a bagagem que
marchava protegida, alem d’isso por
duas fileiras de carros puxados por bois.
As quatro peças de
Artilharia, puxadas tambem por bois, vinha debaixo...”
Alem da importância do gado vacum
para o transporte, sem dúvida, o gênero alimentação foi extremamente
decisivo. Para esta época, a conservação
dos alimentos perecíveis não apresentava as tecnologias modernas de embalagem e
desidratação, enlatados, engarrafados, produtos químicos de conservação. A alimentação da tropa era praticamente in
natura.
Ao ler os textos que tratam do Episódio da
Retirada da Laguna é possível perceber a importância que o gado
representava para o sucesso da missão
das tropas, então comandadas inicialmente pelos coronéis Camisão e Juvêncio, e após os desenlaces, as
mortes, pelo Major Thomaz Gonçalves; a carne representava a principal fonte de
alimentação. Transportavam-se na
carretas sal, farinha, gordura animal, arroz.
A carne era consumida verde, na força de churrasco ou assada e parte era
salgada para conservação, sendo desidratada aos poucos.
No episódio da Guerra, operação
pelo sul de Mato Grosso, o gado era
sempre transportado a retaguarda.
Quando estacionados na Colônia Militar de Miranda, antes de avançar além
do Miranda em direção ao Apa, já se fazia preocupação por parte dos comandantes
responsáveis pela alimentação das tropas a escassez de gado. O Próprio José Francisco Lopes, o Guia Lopes,
rebuscou pelos campos da Fazenda Jardim algumas reses que não havia sido
consumidas pelas tropas paraguaias e que serviu as tropas. “Desde o dia da occupação,
começando-se a fazer sentir a falta de gado, mandava a prudencia que fosse
effectuada uma prompta retirda sobre Nioac...”
“....
A boiada dos carros era de há muito morta para sustento das praças
e regulada de modo que já muito soffriam ellas da falta de
alimentação...”
O avanço das tropas brasileira
além do Apa, fronteira do Império do Brasil com a República do Paraguai até a
Fazenda Laguna, fora motivada principalmente pela idéias de que ali iriam poder
arrebanhar o gado paraguaio, episódio este, que deflagrou no maior fracasso da
operação, pois além de não encontrarem gado algum, foram obrigados a recuar
sobre pressão paraguaia até Nioaque, causando grandes baixas no efetivo com
perca de vidas, entre outras do Guia Lopes e dos Comandantes Camisão e
Juvêncio.
“Coronel Camisão, tendo tido informações dos
fugitivos brasileiros, os quaes como V. Exa. Não ignora, se achavam entre nós
desde 11 de abril, que a 3 ½ leguas de
Bella Vista, n’uma Fazenda do
Presidente López havia grande quantidade de gado (Fazenda Laguna), não trepidou
em avançar, dando ordem de marcha...”
O racionamento da carne e outros
alimentos era tão evidente que no encontro das tropas brasileiras, com os
carretas destruídas pelos paraguaios, pertencentes aos mercadores que acompanhavam
a operação de guerra, na região do Canindé, como se pode ler a seguir:
“...A soldadesca comeu enfim, apanharam tudo o
que foi encontrado depois de 22 dias de cruel fome, durante os quaes a ração de
simples carne era tão diminuta que repartia-se 4 a 8 rezes, em logar das 21 que
habitualmente iam para corte!”
Não somente para os brasileiros,
mas para os paraguaios o sucesso da operação de guerra consistia não só em
ocupar as localidades e destacamentos militares, mas também no aprisionamento e envio de gado para a capital Assunção.
No dizeres de Emilio G.Barbosa28 “a coluna paraguia ia diminuindo de
efetivo, porque em cada ponto adequado, nos estabelecimento rurais deixava
pequenos grupos de soldados incumbidos
de contramarcar o gado “LP” com a marca “La Pátria”. A incumbência
da condução de prisioneiros e de gado, levados de cambulhada, era
desempenhada por pessoa especializado trazido na cauda da Força, patenteando a
premeditação do saque e a certeza da execução.
No passo de Bela Vista sobre o
Apa, estabeleceram os paraguaios posto de recebimento do gado arrebanhado no
território sulino de Mato Grosso.
Inicialmente esteve sob o comando do Tenente de cavalaria Romualdo
Canteros o recebimento do gado, que enviava depois para Assunção”.
Os paraguaios arrebataram da
região serrana da Serra de Maracaju mais de 30.000 cabeças de gado. Os fazendeiros, criadores de gado da região,
não puderam leva-lo diante da fuga, considerando que foram surpreendido com a
invasão e o criatório era feito em campos com vasta extensão de terra, pastagem
in natura e que para reuni-lo todo necessitariam de
alguns dias. Diante desta dificuldade,
favoreceu em muito aos paraguaios que obtiveram em larga escala e com muita facilidade o gado e cavalos dos
brasileiros.
5.2.10 Narracion Historica El Paraguay
La Campaña
de Matto Grosso
No contexto seguinte,
apresenta-se uma narrativa resumida e
escrita em língua espanhola, sobre a versão dos historiadores paraguaios sobre
a ocupação da região sul da Província de Mato Grosso. Numa Guerra há sempre duas faces, vencedor e
vencido, no caso específico, a Guerra
que envolveu o Brasil e Paraguai, além da Argentina e Uruguai, conforme a ideologia
do historiador, escritor e pesquisador, poderá
enfocar conotações nacionalistas, ou critica, ou totalmente pessoal, uma
narrativa histórica em defesa de
interesses. Assim, para muitos brasileiros, Solano López foi um louco, um tirano,
entretanto para muitos paraguaios, é o maior herói nacional.
A narrativa seguinte29 ilustra uma visão da história, escrita
por historiadores paraguaios.
“El 23 de
Diciembre de 1864 comienza un drama sim
paralelo en la historia, una epopeya que assobró al mundo, una jornada
estupenda emprendida por un pueblo en defesa de su soberania e independencia.
Ese día Mcal. López revista a las tropas que al día siguinte
irían rumbo al Norte co la misión de capturar las principales
posiciones del Provincia de Matto Grosso, situados en Alto Paraguay. El término de la revista, les dirige la siguiente
proclamación:
“SOLDADOS: Mis esfuerzoz por el mantenimiento de la paz
han sido estériles. El Imperio del
Brazil, poco conecedor de vuestro valor
y entusiasmo los provoca a la guerra.
La honra, la dignidad nacional y la consevacion de los más caro
derechos, nos mandan aceptaria.
En recompensa a vuestra lealtad y
largos serviços, he fijado mi atención sobre
vosotro elifiéndos entre las numerosas legiones que formam el ejército
de la Republica, para que seáis los
primeiros en dar una prueba de la pujanza de nuestras armas, recogiendo el primer laurel que debemos añadir aquellos
que nuestros mayores pusieron en la corona de la Patria en las memorables
jornadas de Paraguarí y Rucuarí.
Vuestra subordinación y
disciplina y vuestra constancia en las fatigas, me responden de vuestra
bravura y del lustre de las armas que a vuestro valor
confio.
SOLDADOS Y
MARINOS: Llevad ese miesmo
voto de confianza a vuestros compañeros que de nuestras fronteras del Norte han de
unirse a vosoutro; y machard serenos al campo del honor, y
recogiendo gloria para la Patria y honra para vosoutro y vosoutros
compañeros de armas, mostrad al mundo entero cuáto vale el soldado paraguayo.”
Al día siguiente, una salva de los
36 cañones de nuestra escuadrilla, anunció
que la expedición se ponía en marcha.
La artilleria de la plaza contestó com outra salva atronadora; y
entre el jubiloso clamor de la
multitud apiñada en puerto, los bugues
surcaron lentamente las aguas de la bahía, remontando el río Paraguaya.
La expedición era comandada por el
Cnel. Vicente Barrios y compusta de 3000
hombres, más dos baterías de campaña.
Los expedicionarios partieron en los siguientes barcos: Tacuarí, Ygurey, Paraguarí, Marqués de Olinda
(este navio era brasileiro, aprisionado com o Presidente da Província de Mato
Grosso), Ypora y el Salto del Guairá; más el Norte, se les unieron el Jejuí y
el Río Apa.
Al
miesmo tempo casi, partía de Villa Concepción, una columna de 3500 hombres, en
su maior parte de caballeria, al mando
del Cnel. Francisco Isidoro Resquín, com la misíon de ocupar el territorio
nacional comprendido entre los ríos Apa
y Blanco, disputado por el Brazil. Esta columna marchaba por tierra y estaba destinada apoyar
a la expedición naval al mando de Barrios.
Este
fondeó el 26 de Deciembre de 1864 por la noche a una
legua de Coimbra; desembarcaron las
tropas y se pusieron en posición de
ataque; y la artillería fue emplazada
sobre una Colina.
En día siguiente, Barrios, bajo
bandera de parlamento envió una nota al
comandante de la guarnición, Tte. Porto Carreiro, redactada en los
siguientes términos:
“Bordo del vapor paraguayo, Ygurey,
Deciembro 27 de 1864.
El Cnel.
Cmte. De la División de Operaciones del Alto Paraguay, en virtud de ódenes
expresa de su gobierno, viene a tomar posesión de la fortaleza de su mando, y
queriendo das una prueba de moderación y humanidad, invita a Ud. Para que dentro
una hora la rinda, pues de no hacerlo así, procederé a tomarla a viva
fureza, quedando la guarnición sujeta a las leyes del caso. Mientras esperas su pronta respuesta,
queda de Ud. Atto. S.S. Vicente Barrios.”
“El Tte. Cnel. De este Distrito Militar abajo firmado
respondiendo a la nota enviada por S.E. el Cnel. Vicente Barrios Cmte. De la División de Operaciones del alto
Paraguay, recibida alas 8.30 de esta mañana, en la cual se declara que en
virtud de ordenes expresas de su gobierno, viene a ocupar esta Fortaleza, y que
queriendo das una prueba de moderación y humanidad, le convida para que dentro
de una hora la rinda, pues que a no hacerlo procederá a tomarla a viva fuerza,
quedando su guarnición sujeta a las leyes del
caso; tiene la honra de declarar que, siendo los Regulamento y Ordenes
que rigen en el Ejército Brasileiro, a no ser por orden superior, a quien
transmito por copia en este momento la nota a que esponde, por la suerte y la honra de las
armas, assegurandoa S.E. que los miemos sentimientos de moderación que nutre
S.E. también nutre el abajo firmado por la cual
el miesmo Cmte. Abajo firmado
queda aguardando las deliberaciones de
S.E. la quien Dios guarde. Hermenegildo
do Albuquerque Portocarreiro - Tte. Cnel. Cmte.”
Quince minutos después Barrior, que no se dió por satisfecho com la
respuesta recebida, ordenó el bombardeo y el assalto a la Fortaleza ( atual Forte de Coimbra). Originóse un duelo infernal
de artillería e nuestra infantaría derrochó heroismo por lugares inaccesibles,
bajo un diluvio de proyetiles, hasta llegar al pie de la Fortaleza con muros de
5 mts. de altura y a 60 mts. sobre el nivel del río.
Cesaron las hostilidades por la
noche; y al amañecer nuestros efectivos
advirtieron que los brasileiros habían huido en los buques Jauru y
Anhambaí. Así cayó en manos nuestras
ese formidable bastión de la política expansionista de Portugal,
transferida al Brazil.
La acción dejó un soldo de 200
muertos y otros tantos heridos paraguayos.
Sin pérdida de tiempo, Barrios avanzó sobre Albuquerque e Corumbá,
abandonando grandes depósitos de canõnes,
fusiles y municiones de diferentes calibres.
El Tte. Herrero, com el Ypora, y el
Rio Apa, persigue a los que huyen, logrando apresar algunos buques enemigos,
hundir y averiar a los demás. Se
detuvo a su vuelta en el Dorado, donde
encontró un gran almacén de pólvora, en cuyo embarque una horrenda explosión
sobre el muelles ocarionó la muerte de unos cuantos guerreros nuestros, entre ellos el próprio
tte. Herrero. Allí encontraron tabién
documentos comprometedores para el Brazil.
El Cnel. Barrios volvió luego a
Assunción dejando Destacamentos bien organizados para la defesa de las plazas
ocupadas.
El Cnel. Resquín, por su parte ocupó
en pleno dominio brasileños las poblaciones de
Dorados, Colonia de Miranda,
Nioac, Villa de Miranda y Coxím, estabeleciendo su Cuartel General en Nioac.
Después de unos meses, Resquín fue
llamado a Humaitá por López dejando bien organizada la zona de ocupación.
Así terminó exitosamente la Campaña
de Matto Grosso una de las concepciones más brillantes del consuctor de nuestro
ejército, que desmoralizó al enemigo, de tal manera que nuestras espaldas se
mantuvieron exentas de amenazas. Tan es
así que a lo largo de la contienda guerrera, el enemigo jamás intentó acción
alguna por eselado”.
25 Op. Cit.
Ref. 2, p. 437-438.
26 Margem
esquerda do rio Paraguai.
27 No
episódio Retirada da Laguna, descrito em item a seguir neste mesmo capítulo,
possui outros referenciais.
28 Emilio
Gonçalves Barbosa, Os Barbosas em Mato Grosso, Editora Correio do Estado Ltda.,
Campo Grande-=MT, 1961, p-46-49.
29 En El Centenario de La Epopeya
Nacional – Rogidos de Leones, Debujos de Walter Binifazi, escritos de Juan A.
Meza. Assunción 15 de agosto de
1968, Artes Graficas Zanphiropolos. Independencia Nacional, n.º 640. Assunción,
Paraguay.
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