NIOAQUE NA HISTÓRIA DE MARACAJU
MS: Festa da Linguiça de Maracaju
mspontocom.com.br imagem – maracaju - 2016
“Vindo[1] de
Uberaba, o Mascate João Pedro Fernandes, instalou-se em Mato Grosso, na Região
de Santa Rosa, trouxera na bagagem uma pequena farmácia, além de vender
remédios ele foi forçado pelas circunstâncias a tornar-se médico, atendendo
toda região, no período o médico mais próximo estavam nos municípios de Nioaque
e Campo Grande.
Em meados de 1923, passou a cogitar-se na região a mudança de João Pedro Fernandes para o povoado de Entre Rios(hoje Rio Brilhante). Os fazendeiros reuniram-se na Santa Rosa, onde decidiram fundar um patrimônio,”, onde construiriam uma casa e uma farmácia para João Fernandes, Ele acabou concordando, mas ao invés da construção de casa e farmácia, o então médico exigiu a construção de uma escola para as crianças da região, a escola foi intitulada “Associação Incentivadora de Instrução” nasce assim no dia 11 de junho de 1924 o “Distrito da Paz”. e quatro anos depois, Em 7 de julho de 1928 o distrito foi elevado a município, recebendo assim a transferência da Comarca de Nioaque
Origem do
Nome Maracaju
Seu nome na língua Tupi-Guarani significa "Papagaio Verde da Cabeça
Amarela"
Maracaju
Breve estudo histórico
Depois do afastamento dos jesuítas espanhóis que tiveram as suas
reduções desmanteladas por ação dos bandeirantes paulistas a principiar por
Antônio Raposo Tavares, nos arbores do século XVI, a região de vacaria, no
planalto da serra de Maracaju, onde se localiza o município, somente voltou a
ser povoado, quando no primeiro lustro do século passado, Gabriel Francisco Lopes e seus irmãos Joaquim e José, redescobriram aqueles campos, procedendo da
então província de Minas Gerais, atravessando a região de Paranaíba. Gabriel
Lopes trouxe logo depois o seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, que veio
acompanhado pelo irmão Ignácio Gonçalves Barbosa e suas famílias e se
estabelecendo nos campos que rapidamente se tornaram famosos atraindo novas
levas de mineiros que em 1.860 se instalaram na região sudoeste do planalto,
fundando os núcleos que receberam a denominação de Água Fria e Santa Gertrudes.
A invasão do Paraguai determinou o abandono das terra já cultivadas e dos
extensos campos de pastagens, onde se iniciava a formação regulares de
rebanhos, tendo os colonos retornados a Minas Gerais e Sudoeste de Mato Grosso,
até a cessão das hostilidades e consequência retirada dos invasores. João Pedro
Fernandes, radicando no lugar denominado São Bento, no atual município de
Sidrolândia, em 1.922 transferiu-se com o seu comércio-farmácia Santa Rosa,
povoado pertencente ao Município de Nioaque, a margem direita do Rio Brilhante.
Algum tempo depois, em consequência de um surto de malária, resolveu
estabelecer-se na zona que hoje compreende a cidade de Maracaju, ali instalando
a sua farmácia, atendendo assim apelo dos habitantes da redondeza. Data daí de
1.923 a fundação do núcleo que hoje é a cidade de Maracaju. Espírito esclarecedor
e empreendedor, João Pedro Fernandes compreendeu a necessidade de instalar uma
escola que preenchesse a lacuna então existente. Contando com o apoio dos
moradores da região, organizou ele a "Sociedade Incentivadora da Instrução
de Maracaju" instalada em 25 de dezembro de 1.923. Nestor Pires Barbosa,
entregou por doação a Sociedade, duzentas e quatro hectares de terras, para o
fim especial de nelas serem construídas casas para abrigo das crianças que
frequentassem a escola . Mais tarde foram adquiridos mais duzentas hectares,
situadas as margens do córrego Mont'Avão sendo então edificado um confortável
prédio para o funcionamento da escola. A nova povoação que assim surgiu,
recebeu o nome de Maracaju, topônimo
do Planalto e da Serra em que se localizava. Os primeiros moradores da região
de Maracaju foram, foram: João Pedro Fernandes, Francisco Bernardes Ferreira , Dona Fé Fernandes, Marcos dos Santos, José Pereira da Rosa, Gilberto Teixeira
Alves, José Adrião Juquita, Antônio José Ferreira, Melanio Garcia Barbosa, José
Pereira da Rosa Filho, Antonio Ferreira Ribeiro, Vitor Constantino Evanof,
Antônio Aracaju, Saraiva Pereira da Rosa, Firmo Garcia de Limo, Olímpio Camargo, Bartolomeu Bueno da Costa, Abadio Romualdo, João Batista Pereira da
Rosa, João Galberto Ferreira, Manoel Retamoso, Carlos Ferreira Tito, Arakaki
Tokiti e Delfino Pereira Antonio. A resolução de nº 912 criou o Município de
Nioaque, o distrito de Paz de Maracaju em 8 de Julho de 1.924. O crescente
desenvolvimento da localidade em em poucos anos de vida, determinou a sua
elevação a categoria de Município com território desmembrado do de Nioaque,
pela Lei nº 987 de 7 de julho de 1.928, sendo instalada precisamente dois meses
depois, isto é 7 de setembro de 1.928. A mesma lei nº 987, transferiu para
Maracaju a sede da comarca de Nioaque, ficando o município que dava nome
reduzido a termo da mesma comarca. O primeiro Prefeito Municipal que assumiu na
data de sua instalação foi João Pedro Fernandes, um dos principais fundadores
da cidade, a qual naquele mesma data, recebia a iluminação elétrica em
funcionamento inaugural. A Lei nº 1.031 de 1º de Outubro de 1.929 eleva o então
povoado à categoria de cidade e dá denominação de Maracaju à comarca de Nioaque com sede em Maracaju. O Decreto nº 115 de 31 de Dezembro de 1.937, por medida
econômica, reduziu a comarca de Maracaju a termo de Campo Grande. Na divisão
jurídica e Administrativa do Estado vigorante à 31 de Dezembro de 1.937,
apresenta só o Município de Maracaju,com dois Distritos, o de homônimo, como
séde e o de Vista Alegre, criado este pela Resolução nº 892 de 13 de Julho de
1923. Em 1.941 foi instalada na Cidade a Agência do Banco do Brasil e 25 de
Abril de 1.944 a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (N.O.B.) inaugurou a
estação ferroviária de Maracaju, localizada a três quilômetros da cidade,
realizações que muito contribuíram para o maior desenvolvimento da mesma. Por
força do Decreto-Lei Federal nº 5.839 de 21 de Setembro de 1.943, passou a
constituir, juntamente com outros municípios, o Território Federal de Ponta
Porã, voltando a ser reincorporado ao Estado de Mato Grosso em 1.946, por
determinação das disposições Constitucionais Transitórias, que extinguira o
mencionado Território. Como Território Federal, a cidade de Maracaju era designada
para a sua capital, determinação essa, que foi transferida posteriormente para
a cidade de Ponta Porã. Na divisão Territorial do Estado para vigorar no
quinquênio 1.949-1.953, estabelecida pelo Decreto nº 583 de 24 de Dezembro de
1.948, o Município de Maracaju , com sede da comarca de igual topônimo, era constituído de dois Distritos, o da sede e de Ervânia antiga Vista Alegre. Além
dos primeiros moradores de Maracaju, ainda contribuíram, para seu progresso e
desenvolvimento, os seguintes cidadãos: Nestor Pires Barbosa, Soriano Corrêa da
Silva, Ataliba Pereira da Rosa, João Marcondes de Oliveira, Totó e Chico
Marcondes, Francisco Alves Terra, João Vicente Muzzi, Américo Carlos da Costa,
Antonio de Moraes Ribeiro, Adolpho Alves Ferreira, Adalberto Garcia de Souza,
Arthur Ferreira Ribeiro, José Ferreira de Lima, Franklin Ferreira Ribeiro,
Hypolito Alves Ferreira, Manoel Olegário da Silva, João da Matra Corrêa da
Silva, José Ferreira Azambuja, Balbino Corrêa de Lima, Joaquim Ferreira Lucio,
Horacio Halves Ferreira, Antonio Baptista de Souza, Gumercindo Garcia Barbosa,
Marcos Roberto Ferreira, Jovino Faustino Silvério e muitos outros".
Acessado em julho de 2011.
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