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sábado, 30 de abril de 2016

TÓPICO 7 - NIOAC E A COLUNA PRESTES 1925 - 1927


  

"Está no latifúndio e na má distribuição da propriedade territorial, a principal causa da miséria e da ignorância de nosso povo. "

Luiz Carlos Prestes


Leia mais:
  http://quemdisse.com.br/frase.asp?frase=96180#ixzz47LEPR57S
QuemDisse.com.br

Temas para pesquisa[1]:

Texto: Prof. Dario Xavier  Peixoto

1)    O que foi o movimento denominado COLUNA PRESTES?
2)    Situe-o historicamente.
3)    Pesquise sobre a realidade do município de Nioaque na década de 20, comparando-a com os dias de hoje em termos econômicos, sociais, políticos e tecnológico.
4)    O que foi a Companhia Mate Laranjeira e qual a sua importância para a economia da região?
5)    Naquela época, qual o caminho preferencial para se chegar a Nioaque partindo-se da fronteira com o Paraguai , em Bela Vista?
6)    Nos últimos 80 anos, ocorreram mudanças climáticas na região de Nioaque? Em caso afirmativo, exemplifique e aponte as prováveis causas.

Relatando lembranças


Minha mãe, Octacilia, faleceu  lúcida em fevereiro de 2000 com 94 anos nioaquenses  bem vividos. Um dia, indo à Aldeia Brejão em nosso velho jeep, ela me contou que ainda bem mocinha teve que se esconder por mais de uma semana naquele local, na casa dos pais  do João Barrigudo, um índio criado por sua mãe, minha avó Amabeni. O motivo que a levou a ter que se esconder foi que os revoltosos da Coluna Prestes estavam para invadir Nioaque.

Continuando... lembrou que o país vivia uma situação muito difícil.  Os comunistas queriam tomar o poder e depor o presidente Artur Bernardes e por isto, se revoltaram em São Paulo. Os revoltosos se aproximavam de Nioaque e a população estava apavorada. As autoridades e alguns moradores decidiram mandar cavaleiros montarem guarda em um local estratégico, a certa distância da cidade. Tão logo eles tivessem a certeza  que os revoltosos,  decididamente, se dirigiam para lá, deveriam voltar, o mais rapidamente possível, e tocar os sinos da igreja de um modo já combinado. Era o aviso. Minha mãe disse que os sinos tocaram numa certa noite. Já era bem tarde. Noite escura cortada de raios, em que o mundo parecia que vinha abaixo. Foi só o tempo de ajeitar as carretas e ela, juntamente com sua mãe e irmãs, Aurora e Mariquinha, acompanhada do irmão Dodô e das crianças da casa partiram para o Brejão. Amanhecia quando passaram pelo Monte Alto. Chegaram na aldeia no meio da tarde. As provisões: arroz, feijão, carne seca e farinha, juntamente com as tralhas da cozinha, já tinham sido levadas pelo João Barrigudo uns dias antes, numa tropa, com o encargo de também aprontar o rancho. Lá ficaram por quase 10 dias. Num final de tarde vieram avisar que a Coluna tinha tomado outro caminho; não entrara em Nioaque e seguiu  para o lado da serra. Passado o perigo, voltaram para Nioaque, no outro dia.

Este relato fala do medo que a Coluna provocava na população e, mostra que o povo de Nioaque já estava acostumado com situações deste tipo... revoltas, brigas de cunho político e a memória da Guerra do Paraguai ainda estava bem presente..., pois souberam se precaver muito bem desta nova ameaça.

Qual o motivo do alarme falso? Onde estavam os cavaleiros? Será que eles se precipitaram?

Para situar historicamente estas lembranças e responder estas e outras indagações, utilizamos sites importantes buscados na Internet, via Google[2] e Todo Brasil[3] através das palavras chaves, entre aspas, " Coluna Prestes" os quais transcrevo, bem como consultas as obras disponíveis na biblioteca da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul:

NIOAQUE. Evolução Política e Evolução de MT. Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS. 1992, baseada na obra de Miguel A Palermo. Livraria Cruz Coutinho. RJ. 1896.  A COLUNA PRESTES. Anita Leocádia Prestes. Editora Brasiliense . 3a edição. São Paulo, SP. 1991. A RETIRADA DA LAGUNA. Alfredo d`Escragnolle de Taunay. Melhoramentos. MEC. 1A Edição. Rio de Janeiro, RJ.1975

Vamos aos registros.

A Coluna Prestes  foi o mais importante movimento militar de contestação às estruturas da República Velha, comandada pelas oligarquias tradicionais[4].
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Introdução

A “Grande Marcha” de 1925 a 27 foi o ponto culminante de um movimento militar, denominado de Tenentismo. Esse movimento armado visava derrubar as oligarquias que dominavam o país e, posteriormente, desenvolver um conjunto de reformas institucionais, com o intuito de eliminar os vícios da República Velha.
A Época
A organização política republicana baseava-se na estrutura agrária existente, onde a sociedade rural estava enquadrada política e eleitoralmente pelos mecanismos de mandonismo local, dentro de um sistema marcado pelos currais eleitorais. Dessa maneira, os grupos urbanos estavam marginalizados efetivamente da vida política do país.
Apesar de formado por uma minoria da sociedade, as camadas urbanas conheciam um processo constante de crescimento, que havia se acentuado principalmente com a 1° Guerra Mundial. Militares, funcionários públicos, operários, pequenos proprietários e trabalhadores em geral, formavam uma camada média crescente, com direitos políticos garantidos, mas na prática excluída do poder.
O descontentamento com tal situação processou-se de diversas maneiras, destacando-se o movimento operário e o tenentismo
O Tenentismo
O movimento tenentista reflete ao mesmo tempo a crise da República Velha e seus tradicionais métodos de manipulação do poder, como também as peculiaridades da instituição militar, melhor definida politicamente desde o governo Floriano Peixoto.
Desde o final do século XIX pode-se perceber um movimento no interior do exército promovido pelos militares “florianistas”, que consideravam o exército como o verdadeiro responsável pela implantação da República no país. Essa tendência reforçou o sentimento de corpo dos militares que, a partir do governo de Prudente de Morais, passaram a ocupar um lugar secundário na política nacional. Sem poder político efetivo, porém organizados dentro de uma instituição centralizada, parte dos militares enxergava a república se corromper pelos políticos civis, que haviam se apropriado do poder. Apesar desse sentimento de corpo e a uma certa oposição a política desenvolvida pelos coronéis, não foi o exército como um todo que participou das rebeliões que ocorreram na década de 20. O movimento armado foi organizado principalmente pelos tenentes e contou com a simpatia e a participação de elementos da baixa oficialidade (sargentos, cabos e soldados) enquanto que a cúpula militar se manteve fiel a “ordem”.
De uma forma geral considera-se o movimento tenentista como elitizado, na medida em que considera que apenas o exército é capaz de eliminar os vícios da República e dotar o país de uma estrutura política e administrativa moderna. Apesar de terem um padrão de vida igual ao da classe média e em parte refletir o mesmo descontentamento frente ao poder, os tenentes não podem ser considerados como representantes desta camada, primeiro por não pretender organiza-la, segundo por que possuíam um “espírito de corpo”, com características bem peculiares, reforçando os interesses intrínsecos desse grupo social.
A Coluna Prestes
No inicio de abril de 1925, as forças gaúchas comandadas pelo capitão Luís Carlos Prestes se uniam com as tropas que fugiam de São Paulo. Os dois grupos que haviam participado das rebeliões do ano anterior, mantiveram focos de resistência e procuraram manter e fortalecer sua organização, para retomar a luta pelo grande ideal: Salvar a Pátria. Depois de convencer os líderes paulistas da possibilidade da vitória contra o governo e as tropas fiéis a ele, Prestes iniciou a longa marcha afastando-se do país. A coluna atravessou o Paraguai no final de abril e voltou ao país através do Mato Grosso.
Do Mato Grosso, passando por Goiás, a coluna dirigiu-se para o Nordeste, atingindo o Estado do Maranhão no mês de novembro de 1925, chegando logo depois a ameaçar diretamente a cidade de Teresina. Em todos os momentos a maior resistência veio das forças arregimentadas pelos coronéis.
As tropas que combateram a Coluna eram bastante diversificadas, mostrando a disposição do governo e dos latifundiários em eliminar esse foco de rebelião. O exército, as polícias estaduais, jagunços dos coronéis e eventualmente cangaceiros participaram do combate à Coluna Prestes.
"Nos Estados economicamente poderosos (as oligarquias) constituíam forças policiais organizadas como pequenos exércitos; nos Estados economicamente fracos, armaram os próprios exércitos privados dos latifundiários. Sobre esses dois suportes é que assentou o combate aos revolucionários tenentistas, desde que estes empreenderam a arrancada pelo interior, com a Coluna Prestes”.
Alto comando da Coluna Prestes. Goiás, outubro de 1925. 



Foto: Arquivo Edgard Leuenroth (Unicamp)[5]
A grande marcha realizada pela Coluna por vários estados do Brasil não conseguia efetivamente atrair a simpatia da opinião pública; apenas em algumas ocasiões cidades ou grupos de homens apoiaram o movimento e até mesmo passaram a integra-lo. A idéia de que o movimento cresceria em número e em força ao longo da marcha foi se desfazendo durante o trajeto na região nordeste. Num meio físico hostil, ilhada pelo latifúndio, não achou nas massas do interior o apoio necessário.
Apesar dessa significação profunda que adquiriu a Coluna, de ser ela, na expressão dos revolucionários, a chama que mantinha a Revolução, nunca conseguiu mais que uma sensibilização superficial nas grandes massas para as quais dizia voltar-se. Estas não acorreram ao chamado paternal dos "tenentes", não se colocaram sob sua proteção para, juntos, pôr nos eixos uma República que "nascera bem", mas que se "desvirtuara" em meio ao caminho.
A união entre as forças gaúchas comandadas por Luís Carlos Prestes e as forças paulistas, acima mencionada, bem como a entrada da coluna em Mato Grosso do Sul, por Ponta Porã, é melhor descrita no site[6].

A Coluna Miguel Costa - Prestes
Os revolucionários que lutavam no Sul foram-se reunindo em São Luís Gonzaga (RS) em torno de Prestes, considerado por Cordeiro de Farias, Juarez Távora, Siqueira Campos, João Alberto e Ari Salgado Freire como o mais apto a liderar a revolução. Em São Luís, esse grupo analisou as opções que se lhes apresentavam para continuar a luta. Deveriam de início tentar receber armas, e munições de Isidoro, que continuava controlando a situação na região de Foz do Iguaçu. Caso isso fosse possível, os revolucionários prosseguiriam os combates no Rio Grande do Sul.

Uma outra possibilidade, se a primeira não fosse viável, seria marcharem rumo ao norte para tentar invadir Santa Catarina. Diante dessas opções, o grupo resolveu enviar um emissário a Isidoro para consultá-lo. Em resposta, o líder da rebelião em São Paulo informou que seus estoques de armas e munições eram pequenos e que o grupo deveria marchar para o norte. Nesse momento, a coluna gaúcha, sob a chefia de Prestes, decidiu ir ao encontro de Isidoro.

Em 27 de dezembro de 1924, o núcleo inicial daquela que seria mais tarde denominada Coluna Prestes abandonou São Luís. Os oficiais-comandantes eram os seguintes: major Mário Portela Fagundes (1º Batalhão Ferroviário), substituído após sua morte pelo "major" Osvaldo Cordeiro de Farias; "major" João Alberto (2º Regimento de Cavalaria); "major" João Pedro Gay (3º Regimento de Cavalaria), depois substituído pelo "major" Siqueira Campos. Ao marcharem ao encontro da Divisão São Paulo, as tropas gaúchas atravessaram o rio Uruguai na foz do rio Anta. No local chamado Queimados, perto de Barracão (SC), Prestes empossou Siqueira Campos no comando do 3º Destacamento, enquanto o major João Pedro Gay era destituído por haver argumentado com a inutilidade da revolução, tentando convencer os soldados do seu destacamento a emigrarem.

A coluna chegou a Barracão reduzida a oitocentos homens. O coronel Fidêncio de Melo, fazendeiro do Contestado, prometera ao general Isidoro colaborar com a Coluna Prestes. Na prática, contudo, isso não ocorreu, deixando os rebeldes em um momento difícil. Nessa região, os revoltosos enfrentaram as tropas do general Paim e organizaram a defesa de Maria Preta (SC), onde Cordeiro de Farias, com apenas 70 homens do Batalhão Ferroviário, combateu os dois mil homens chefiados por Claudino Nunes Pereira. Lutando contra as forças do general Paim e de Claudino Nunes, Prestes não só abandonou Maria Preta em completa ordem, como também conseguiu enganar os dois adversários e lançá-los um contra o outro. Em seguida uniu suas tropas às do coronel Fidêncio de Melo, abriu uma picada no terreno sem estradas e partiu para a região do Iguaçu, onde estavam as forças de Isidoro e Miguel Costa. Durante esse período de combates, suas qualidades militares e de liderança foram-se afirmando perante seus companheiros. Segundo seu próprio depoimento, essa experiência levou-o a pensar em transformar a guerra de trincheiras, que lhe fora ensinada na Escola Militar, em guerra de movimento.

Em abril de 1925, no Paraná, a vanguarda da coluna fez junção com a Divisão São Paulo no cruzamento das estradas de Benjamim com Santa Helena. No dia 12 desse mesmo mês deu-se a conferência entre Isidoro, Prestes e Bernardo Padilha, da qual participaram, entre outros, o coronel Mendes Teixeira e os majores Álvaro Dutra, Delmont e Asdrúbal Gwyer de Azevedo.

        

O mapa foi extraído do livro NOVA HISTÓRIA CRÍTICA DO BRASIL de Mário Schmidt, da Editora Nova Geração.
No encontro ficou acertado um novo plano de campanha e decidido também que o general Isidoro partiria para a Argentina, seguido dos oficiais paulistas que o quisessem acompanhar, para organizar uma rede de auxílio- externo ao movimento. A ...1ª Divisão Revolucionária, sob o comando geral do "general-de-bri-gada" (as patentes tinham caráter re-volucionário) Miguel Costa, ficou organizada em duas grandes unidades: a Brigada Rio Grande, comandada por Prestes, com cerca de oitocentos homens, e a Brigada São Paulo, comandada pelo tenente-coronel Juarez Távora, com cerca de setecentos homens.
A brigada de Prestes, que contava em seu estado-maior com o major Paulo Kruger, o capitão Ítalo Landucci e os primeiros-tenentes Sadi Vale Machado e Nicácio Costa, ajudantes-de-ordens, era formada pelos 1º, 2º e 3º destacamentos, comandados respectivamente pelos tenentes-coronéis Osvaldo Cordeiro de Farias, João Alberto Lins de Barros e Antônio de Siqueira Campos, e um corpo auxiliar, o... 1º Esquadrão de Cavalaria Independente, comandado pelo capitão Ari Salgado Freire. A Brigada São Paulo era composta pelo 2º Batalhão de Caçadores (2º BC), sob as ordens do major Mário Alves Lira; pelo 3º BC, chefiado pelo major Mário Virgílio dos Santos; o Batalhão de Artilharia Montada, sob o comando do capitão Henrique Ricardo Holl; e o 2º Esquadrão de Cavalaria Independente, liderado pelo capitão Jorge Danton. A coluna se organizava em quatro destacamentos que se revezavam nas posições. Um fazia quatro dias de vanguarda, o que lhe permitia abastecer-se de cavalos, roupas e mantimentos, e passava em seguida para a retaguarda, onde permanecia outros quatro dias. O destacamento de retaguarda passava então para o centro, permanecendo oito dias nessa posição. Os destacamentos da vanguarda e da retaguarda recebiam apoio dos dois destacamentos do centro.
Iniciada a marcha, em 29 de abril de 1925 a coluna terminou a travessia do rio Paraná, invadiu o Paraguai e marchou em direção a Mato Grosso. A vanguarda na invasão de Mato Grosso era o destacamento João Alberto, que se juntou ao destacamento Siqueira Campos para tomar a cidade de Ponta Porã (MS), que fora abandonada pela guarnição local e invadida pelos paraguaios da cidade vizinha. Por outro lado, as forças legalistas do coronel Péricles de Albuquerque, que se retiraram da cidade, foram engrossadas pelas tropas procedentes de Campo Grande, atual capital de Mato Grosso do Sul, sob o comando do major Bertoldo Klinger. Siqueira Campos e João Alberto atacaram Klinger na cabeceira do rio Apa, obrigando-o a se retirar em direção a Campo Grande. Os dois destacamentos encontraram-se com o resto da coluna perto da estação do Rio Pardo, da estrada de ferro Noroeste. Em 16 de maio a coluna estava reunida novamente e continuou sua marcha através de Mato Grosso.
Em 10 de junho, num lugar chamado Deserto de Camapuã (MS), a coluna sofreu nova estruturação, uma vez que, durante a campanha de Mato Grosso, surgiram divergências entre seus integrantes. A divisão em duas brigadas, Rio Grande e São Paulo, criara constantes atritos entre os dois chefes, Miguel Costa e Prestes, sobre a maneira pela qual devia ser conduzida a campanha. Na entrada de Mato Grosso, Miguel Costa pretendia sustentar um combate decisivo, mas a opinião que prevaleceu foi a de Prestes, o qual alegou que, em vista da diminuta munição de que dispunham, seria impossível uma vitória. Coube-lhe então a reorganização da coluna, que continuaria sob o comando de Miguel Costa, mas passaria a contar com um estado-maior chefiado por Prestes, tendo Juarez Távora como subchefe e Lourenço Moreira Lima como secretário. Cordeiro de Farias, João Alberto e Siqueira Campos continuaram no comando dos 1º, 2º e 3º destacamentos, e criou-se ainda um 4º destacamento, sob o comando de Djalma Dutra. Os soldados gaúchos e paulistas foram distribuídos igualmente entre os quatro destacamentos.
Qual a razão do receio da minha mãe e da população de Nioaque para com a aproximação da coluna? Acervo aberto ao público pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, traz documentos, abaixo transcritos, sobre saques e violência nas cidades durante a marcha[7] .
Documentos inéditos do arquivo do general Juarez Távora, um dos líderes da Coluna Prestes, comprovam um dos aspectos menos conhecidos e mais polêmicos da épica marcha comandada por Luís Carlos Prestes, entre 1924 e 1927, por 13 Estados do País: os roubos e violências praticados por alguns integrantes da coluna contra populações civis, em cidades perdidas do sertão. O acervo acaba de ser aberto ao público pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - e o filé mignon do arquivo está no dossiê sobre o movimento, composto por 586 cartas, mapas e relatórios feitos no calor da campanha.
Numa carta de 1925, escrita para o comandante-geral da coluna, Miguel Costa, um habitante de Formosa (GO), que assina "Dr. H. Luiz Godde", conta que um grupo de soldados invadiu uma barraca, na qual havia escondido seus bens "com medo da revolução", e roubou o que pôde, colocando fogo no resto. "De volta, passaram em casa do Sr. Valente, onde se acha um rapaz doente, o quizeram matar escapando a sanha, visto ter-se collocado de joelho a sua pobre mãe, após retiraram-se quebrando uma machina de costura e conduziram um arreio do rapaz", prossegue o morador, que, no início da carta, dirige-se a Costa com familiaridade, evocando uma "amizade sincera" e simpatia pela causa.
Depois de inventariar os bens perdidos, Godde pede uma indenização à coluna - com uma observação irônica: "Entre sua tropa em geral há homens que carregam nos bolsos mais de 20.000$000 a 30.000$000. Pois se o Estado Maior não pode me indenizar por ter poucos recursos, creio que poderá reunir facilmente de 3 a 4 contos de réis." A narrativa do indignado goiano é um dos poucos registros detalhados desse lado menos nobre de um movimento que mexeu nas estruturas do País e lançou as bases da Revolução de 1930. "A documentação sobre isso é esparsa e o arquivo de Juarez Távora pode abrir um filão interessante", avalia o historiador Boris Fausto.
Abusos - No mais conhecido documento sobre a Coluna Prestes, o diário escrito pelo secretário-geral Lourenço Moreira Lima, há trechos em que ele comenta os "abusos" cometidos pelo que qualifica de "elementos civis, que somente mais tarde se habituaram à rigidez da ordem militar". "Ao longo da marcha, foram-se agregando aventureiros e pessoas dos povoados atraídas pela mística da coluna, mas que, provavelmente, mal sabiam quem era o presidente Artur Bernardes", comenta a pesquisadora do CPDOC Regina Luz. "Não era uma tropa homogênea, ideológica, e era difícil controlar todo o bando", afirma o jornalista Domingos Meirelles, autor de um livro sobre a coluna, As Noites das Grandes Fogueiras.
No diário, Moreira Lima garantia que os atos de violência ocorriam à revelia do comando e eram severamente punidos. Isso fica claro numa dura carta, que consta do arquivo, escrita por Miguel Costa ao major Virgílio R. dos Santos, do destacamento comandado por Juarez Távora.
Revoltado com a situação encontrada num povoado que não especifica - "onde reina completa anarchia implantada pelo saque deshumano e mais ainda, vergonhoso, que aqui se praticou", -  Costa aponta: "Requisitar o que é necessário para a tropa (...) é coisa muito diferente do que praticar o roubo, o incêndio e todas as depravações que aqui foram constatadas”.
Em tempo: as requisições em nome da coluna eram adotadas por todos os destacamentos. Os comandantes expediam papéis assinados com a relação dos bens levados pelos soldados, para que os donos fossem ressarcidos após a vitória da revolução. Mas o comandante-geral esbraveja contra a espoliação violenta, o excesso de consumo de bebidas alcoólicas e lembra que as tropas precisam "captar a sympathia que já nos era favorável". Costa determina a abertura de sindicância e fulmina: "O procedimento da tropa que aqui esteve é o de um bando de salteadores que envergonha não só a nossa cauza como o Br. (Brasil) inteiro”.
Mito - Elevada à categoria de mito, a Coluna Prestes, embora figure no imaginário popular como um símbolo de idealismo heróico e estratégia militar, é, na verdade, pouco conhecida. Se a história oficial e os livros didáticos preferem não se deter no tema, falar de seus conflitos internos e contradições significa mexer nos brios da esquerda. "Tratar desses excessos tem o objetivo explícito e ideológico de denegrir a figura de Prestes e dos participantes da coluna", - propaganda do governo Artur Bernardes. "Era um exército em guerra e não uma passeata", compara. "Impressionante era o prestígio que a coluna adquiriu junto às populações, que a recebiam em festa."
Por exemplo, no diário da coluna, Moreira Lima narra a chegada das tropas em Arraias (GO): a população "levantando arcos triunfais", uma banda desafinada tocando sem parar, missa campal e um discurso emocionado de Juarez Távora.
Num controvertido livro que escreveu sobre a coluna, O Avesso da Lenda, no qual narra as violências cometidas pelas tropas, baseada em entrevistas com velhos moradores dos lugarejos, a jornalista Eliane Brum conta que a saudação efusiva aos rebeldes não foi exatamente fruto da simpatia da população. O filho do prefeito de Arraias na época disse à jornalista que a festança foi uma estratégia do pai, Hildebrando de Sena e Silva, para não ter problemas com as tropas. "O pai achou foi um jeito de escapar daquela encrenca sem destroçar a cidade", afirmou Agenor de Sena e Silva no livro. Irrita-se a filha de Prestes, Anita Leocádia, historiadora e autora de A Coluna Prestes.
Ela argumenta que não há guerras, nem exércitos sem esses excessos e lembra que as tropas enfrentavam um clima de hostilidade, criado pela contrarrevolução.
Garantias - No arquivo de Távora há indicações de que as boas-vindas à coluna ocorreram realmente de caso pensado. Lavrado em cartório em 22 de setembro de 1925 e assinado por 58 mulheres de Arraias, um abaixo-assinado encaminhado a Miguel Costa, Luís Carlos Prestes e Juarez Távora pouco antes da chegada da coluna é um primor de diplomacia. "As abaixo-assinadas, na maioria mães de família da sociedade de Arrayas, (...) veem pela presente representar em nome de toda a população, aos Exmos. e heróicos Chefes pedindo garantias à honra, à vida e bens dos habitantes e jubilosos aguardarão a entrada dos paladinos da campanha gloriosa que tem por meta a reorganização social, financeira e política de nosso estremecido Brazil", dizem.
Depois de mais elogios à causa, as senhoras de Arraias dizem lamentar que "o flagelo da epidemia grippe e a falta de viveres privam-n'as do prazer de dar-lhes a carinhosa hospitalidade que merecem" e terminam afirmando: "Certas de serem atendidas pelos Salvadores da Pátria, desde já agradecem e ficam sem receio de dissabores." Para Eliane Brum, registros como esse servem para mostrar que a Coluna Prestes é mais interessante do que o mito. "A História fica muito pobre se narrada apenas de um ponto de vista", aponta.
Em um ponto, Octacilia estava errada. Segundo o Núcleo Luiz Carlos Prestes[8] os revoltosos não eram comunistas. Não pertenciam ao partido. O próprio Prestes só passou a pertencer ao partido quando, durante o seu exílio, após a dissolução da coluna na Bolívia, esteve na Rússia, de lá voltando com Olga Benário para assumir a sua direção.

Mas..., para terminar. Onde estavam os cavaleiros que espreitavam a coluna? Em que local? A que distância se encontrava de Nioaque?

A filha de Prestes, Anita Leocádia, pesquisou a história da Coluna Prestes. Esta pesquisa lhe rendeu o título de Doutora em História, cujos resultados estão narrados no livro “A Coluna Prestes” já referenciado.

Transcrevemos, aqui, o trecho do livro que menciona o trajeto da coluna, quando esta invadiu o sul do hoje Mato Grosso do Sul, tomando, primeiramente, a cidade de Ponta Porã.

"Para surpresa do comando militar legalista, que não acreditava na capacidade dos rebeldes realizarem tamanha façanha, a Coluna ingressava no Sul de Mato Grosso. Enquanto a vanguarda — feita naquele momento pelo destacamento de João Alberto — avançava em direção ao Patrimônio da União e Ponta Porã, com­batendo com êxito as tropas governistas acantonadas na região, pertencentes ao j72 BC, e um regimento de  “patriotas” sob a direção do “coronel” Mário Gonçalves , o grosso da Coluna via-se forçado a aguardar os elementos da artilharia, que se deslocavam através da Serra de Maracaju com grande atraso, devido às dificuldades do caminho montanhoso e irregular

  Os chefes rebeldes haviam ordenado que a artilharia fosse aban­donada em território paraguaio, pois se tornara impraticável o seu emprego na “guerra de movimento”, na qual a rapidez de deslocamento seria uma das condições fundamentais para o êxito de qualquer campanha. Mas essa Bateria, comandada pelo capitão Henrique Ricardo Hall, que substituíra Filínto Müller após a sua deserção, insistia em conduzir os canhões até o território nacional. Finalmente, os canhões seriam escondidos cm terras da fazenda Jacarei, no Sul de Mato Grosso, tendo parte da guarnição de arti­lharia desertado para o Paraguai e o capitão Hall emigrado por motivo de saúde.

No início da campanha de Mato Grosso, a Coluna lançava seus destacamentos em diferentes direções, visando assegurar o ter­reno para o futuro deslocamento para o Norte. Enquanto João Alberto se movia em direção a Ponta Porã — que havia sido abandonada pelas forças governistas chefiadas pelo coronel do Exército Péricles de Albuquerque —, ocupando-a sem encontrar nenhuma resistência, era enviada uma flanco-guarda móvel, sob o comando de Cordeiro de Farias, até o Porto de Dom Carlos, na margem direita do Rio Paraná, a fim de garantir o grosso da Coluna contra possíveis investidas das tropas inimigas. Entremen­tes, o restante dos rebeldes marchava na direção de Zacaró e Patrimônio da União, sendo que o batalhão Virgílio dos Santos ocupava Porto Felicidade, no Rio Amambaí, e, em seguida, a vila de Campanário, sede da empresa “Mate Laranjeira”. O destaca­mento de Siqueira Campos também se dirigia para Ponta Porã, com objetivo de reforçar a tropa de João Alberto. Alguns dias depois, chegaria à cidade o general Miguel Costa, que havia dei­xado o quartel-general acantonado cm Patrimônio da União3.

    Enquanto o grosso da Coluna, tendo passado entre a ponte do Amambai e a vila de Campanário, se deslocava para Dourados, visando atravessar a estrada de ferro “Noroeste do Brasil” entre Campo Grande e Rio Pardo, os destacamentos João Alberto e Siqueira Campos — que, naquele momento, cumpriam o papel de flanco-guarda-esquerda e aos quais eram em geral confiadas as missões mais difíceis e perigosas — se empenhavam em sérias esca­ramuças com tropas governistas, nas cabeceiras do Rio Apa, para onde haviam recuado as forças do coronel Péricles de Albuquerque.

            Os legalistas, que combatiam naquela região, haviam sido refor­çados com uma tropa procedente de Campo Grande, sob o comando do major do Exército Bertoldo Klinger. Ele passara a dirigir os mais de mil homens que constituíam o efetivo governista, contando com muitas metralhadoras e abundante munição. João Alberto, dispondo de menos de 300 homens, duas metralhadoras e escassa munição; não vacilaria, contudo, em investir contra o adversário, revelando audácia, iniciativa e combatividade. Como assinala Prestes, era um homem de muita coragem, atirado e até mesmo um tanto aventureiro, não poupando seus soldados nos momentos que julgava decisivos4.

Diferentemente de João Alberto, Siqueira Campos — cujo des­tacamento não chegara a tempo de participar do combate do Rio Apa — mostrava-se mais prudente, cuidando de poupar seus sol­dados sempre que possível. Segundo Prestes, Siqueira também era muito valente e sério; e revelaria uma grande capacidade de mobi­lizar os jovens, que o seguiam com entusiasmo. Durante a Marcha da Coluna, lhe seriam confiadas diversas retaguardas difíceis, e Siqueira cumpriria com brilhantismo todas as missões que lhe foram entregues.

            O combate do Rio Apa prosseguiria durante dois dias, de 13 a15/5, quando os  destacamentos de João Alberto e Siqueira Cam­pos, desviando-se do inimigo, marcharam para a Serra do Amam­baí, formando novamente a flanco-guarda esquerda da Coluna. Nessa ocasião, desertava o esquadrão do “coronel” gaúcho João Silva, indo refugiar-se no Paraguai. Da mesma forma, abandona­vam a 1 ~ Divisão Revolucionária o major Coriolano de Almeida Júnior e os tenentes Cunha e Raff, que se haviam levantado em São Paulo6.

Finalmente, na segunda quinzena de maio de 1925, a Coluna estava de novo toda reunida, marchando vitoriosa em direção ao Norte, após vários combates e escaramuças”.

Pelo mapa do trajeto da coluna em Mato Grosso do Sul, apresentado ao final do texto, fica evidente que as forças que ameaçaram Nioaque eram comandadas pelo major Siqueira Campos que na fotografia do comando da coluna  aparece sentado, o segundo a ser contado a partir da esquerda, seguido de Prestes, Miguel Costa e Juarez Távora. Siqueira Campos  a frente de um destacamento, atuava como volante cobrindo e dando proteção ao flanco esquerdo da coluna que seguia para Dourados. Pelas palavras da minha mãe, "Siqueira Campos era terrível". Tais palavras denotavam um misto de receio e admiração.

Calculando, em linha reta, pela escala deste mapa, (1/2.750.000) verificamos ser de aproximadamente 4 léguas ( 24 Km ) a distância entre a cidade de Nioaque e o ponto de maior aproximação ao qual chegou o destacamento de Siqueira Campos. A coluna seguia a antiga estrada de rodagem para Campo Grande. Ao alcançar, segundo nos parece, as proximidades do que é hoje a Colônia Bálsamo, mais precisamente a uma légua a sudoeste daí, o destacamento de Siqueira Campos abandona esta estrada e se dirige para o rio Vacaria, situado ao nordeste da cidade de Entre Rios, hoje Rio Brilhante, para encontrar o restante da coluna.

Para alcançar Nioaque, o destacamento de Siqueira Campos vindo das cabeceiras do Apa, deveria abandonar a estrada para Campo Grande e, seguindo à esquerda, transpor o córrego Canindé. Deste ponto, pelos mapas atuais do Estado de Mato Grosso do Sul, (escala 1/1.000.000. Ed. Trieste )  a cidade dista pouco mais de 2 léguas, seguindo  pela sua margem esquerda.  Este caminho que demandava à fronteira, em Bela Vista, no qual partindo de Nioaque, alcançava o Canindé seguindo-se a travessia dos córregos Desbarrancado, Santo Antônio e Feio ou de lá retornava, como era o sentido da Coluna Prestes, já tinha sido utilizado pelas tropas brasileiras na Guerra do Paraguai. Taunay, em "Retirada da Laguna"  menciona por duas vezes a travessia do Canindé. A primeira quando deixaram a vila de Nioaque em direção a Bela Vista, transpondo os Córregos Canindé e os demais  já mencionados. Por fim, quando retornaram do Paraguai, por um caminho indicado pelo guia Lopes, fugindo das tropas paraguaias, atravessaram o rio Miranda e após sete léguas alcançaram e transpuseram o Canindé. Percorrendo mais 2 léguas, chegaram à Nioaque acampando na margem esquerda do rio do mesmo nome. Em nenhum momento Taunay menciona travessias do córrego Buriti, indicando que para se alcançar a cidade de Nioaque partindo da fronteira, uma vez transposto o Canindé dever-se-ia acompanhar, sempre, as margens esquerdas dos rios Canindé e Nioaque. No mapa contido no Projeto "Retirada da Laguna" que pesquisou  o trajeto das forças brasileiras, vê-se o trajeto do avanço sobre o Paraguai em verde, passando por Nioaque, e em azul a retirada a partir de Bela Vista[9].

O trajeto de Siqueira Campos ao se aproximar de Nioaque, pelo mapa da Dra. Leocádia Prestes, assemelha-se ao caminho indicado pelo  projeto para o avanço das tropas brasileiras (traçado verde), mostrando que este, a sessenta anos atrás, já era um caminho utilizado.  “Uma estrada aberta, firme”  segundo Taunay.

Feito as contas, parece-nos que o destacamento de Siqueira Campos passou a aproximadamente 2 léguas, no máximo 3 léguas, da travessia do Canindé em seu caminho para o Vacaria.

Acreditamos, e aí o que conta já é a nossa imaginação, que  Siqueira Campos alcançou esta posição no entardecer do dia 15  de maio de 1925, após os combates com as forças de Klinger, nas cabeceiras do Apa, que aconteceram, entre os dias 13 e 15 daquele mês.

O entardecer prenunciava muita chuva para a noite e o tempo deveria esfriar. O vento sul soprava anunciando a chegada do inverno. Antigamente, os meses de maio eram bem mais frios quando comparados aos de agora. Nos últimos 80 anos, a temperatura média do planeta vem sofrendo aumentos seguidos, conforme indica os dados divulgados pelo site do Ministério de Ciência e Tecnologia brasileiro[10].
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Naquele final de tarde, em particular, a ameaça de chuva indicava, talvez, a aproximação da primeira frente fria do ano.

Siqueira Campos ali acampou para, no dia seguinte, prosseguir com destino as cabeceiras do rio Vacaria, pelo Turvo, abandonando, como já foi dito a estrada que se dirigia a Campo Grande.

Esta nova rota, tinha dois objetivos:

1. Evitar novos confrontos com as tropas do governo, comandadas por Klinger, que após os combates da Cabeceira do Apa, retornaram para Campo Grande. Siqueira Campos, segundo Prestes “era prudente e cioso da segurança dos seus soldados”  Prestes, considerava necessário saber recuar no momento certo, evitando, assim, maiores perdas para os rebeldes, que se encontravam em posição de grande inferioridade militar.

2. Fazer contato, rapidamente, com o restante da coluna que se dirigia para Ribas do Rio Pardo.
Nas matas do Canindé, bem ali, estavam os nossos cavaleiros. Escondidos nas proximidades do acampamento de Siqueira Campos, os nossos heróis, avaliavam que decisão deveria ser tomada. Era uma decisão que envolvia muitos riscos, pois não se sabia qual o caminho que Siqueira Campos tomaria, tão logo o dia amanhecesse.

Continuaria, pela estrada, seguindo para Campo Grande ou atravessaria o Canindé para saquear Nioaque? Deveriam esperar  amanhecer para saberem quais os seus planos?

Concluíram que o melhor que tinham a fazer era, isto sim, esperar o escurecer e, na segurança da noite, voltarem para Nioaque e avisar a população.

Avisadas com antecedência, as famílias teriam toda a noite para se preparar e cuidar da segurança, principalmente das mulheres e crianças. 
As forças de Siqueira Campos estavam a cavalo e para uma tropa descansada, uma distância de 4-5 léguas, é percorrida em muito pouco tempo.

Como minha mãe dizia:
__ "Seguro morreu de velho”!

Seguem-se os mapas do Trajeto da Coluna Prestes em Mato Grosso do Sul e do Trajeto da Retirada da Laguna, pela ordem.


Fonte dos dois mapas acima:
 PRESTES, Anita Leocádia- "Uma Epopeia Brasileira: a coluna Prestes".
 São Paulo: Moderna, 1995.
http://silviovanerven.blogspot.com.br/

           

NIOAQUE E A COLUNA PRESTES

Material especialmente preparado pelo prof. Dario Xavier Pires - Depto. de Química da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - para a Biblioteca Municipal de Nioaque Dario Pires Peixoto.
Esperamos estar contribuindo para manter viva a história de Nioaque.

Campo Grande, MS - Fevereiro de 2002

          Estas páginas estão aqui, para que você  complemente o texto com mais informações.




[1] NIOAQUE E A COLUNA PRESTES

Material especialmente preparado pelo prof. Dario Xavier Pires - Depto. de Química da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - para a Biblioteca Municipal de Nioaque Dario Pires Peixoto.
As alterações por mim efetuadas foram somente na estruturação didática e formatação do texto.  O Conteúto é de inteira pesquisa do prof. Nioaquense Dario.
[9] http://www.retiradalaguna.hpg.ig.com.br/projeto.html 

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