CAPÍTULO
XII
12 Introdução
12.3 Nioaque e a Proclamação da República do
Brasil
Primeira parte do manifesto
Republicano, inédito no Mato Grosso do sul, assinado em Nioaque em 1889. Segunda Parte do manifesto Republicano de Adesão, assinado em Nioaque
no ano de 1889. Parte final do Manifesto de
adesão a Proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil e a aclamação do
General Antonio Maria Coelho, como primeiro Governador Republicano do Estado de
Mato Grosso em 15 de Novembro de 1889.. Cópia Arquivo do Autor. Oricinal, Arquivo Público de Mato Grosso.
12 Introdução
Participar do momento
histórico do “Centenário da Proclamação da República Brasileira[1]”,
é mais que um orgulho é realmente uma grande honra Nacional; Nioaque, pequena
na expressão econômica, mas grande na sua riqueza histórica, e é isso que nos
enaltece.
No
estudo aqui proposto, visa levar a todos os Nioaquenses, sul mato-grossenses e
brasileiros, como Nioaque, então Freguesia do Município de Miranda recebeu o
anúncio da nova Forma de Governo e a adesão militar e civil. Um gesto simples,
mas que caracterizou uma época, onde as dificuldades de comunicação e
transportes representavam grandes entraves para o desenvolvimento e
participação em novas idéias e lutar por melhores dias.
Nos poucos fragmentos
escritos recuperados, Nioaque oferece a todo sul mato-grossenses uma lição de
participação histórica.
Para fins de
esclarecimento, faz-se necessário um breve esboço da questão republicana. Da antiga Grécia ao
Brasil, as lutas pelos ideais republicanos, como forma de oposição à Monarquia,
foram bandeiras de muitos revolucionários civis e militares.
Aqui no Brasil, entre
os tantos elementos fortes na causa da República, um deles foi a Guerra que o Brasil[2] sustentou contra a República do Paraguai
entre 1864-1870.
O Paraguai, tal qual
as demais colônias das Américas, conquistaram a sua Independência e
proclamavam-se republicanos, oposição direta à Forma de Governo das Monarquias
Européias, o mesmo não aconteceu com o Brasil que conquistou a sua
Independência de Portugal, em 7 de Setembro de 1822, adotando a monarquia como Forma de Governo, governado pelo
Imperador, D. Pedro I e D. Pedro II, a República alvoreceu aos 15 dias do mês
de Novembro de 1889.
D. Pedro II decidiu a
Guerra do Paraguai a seu favor, mas em conseqüência perdeu o poder. A
participação dos militares à frente dos combates adquiriu consciência de
classe, força e poder. O que de fato foram os próprios militares ou autores do
feito histórico, Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, o comandante, dá origem a
uma fase à História Nacional – A Republicana.
12.1 A
República
A República nasceu na Grécia Antiga com o
filósofo grego Platão, onde através da Obra “República”, sob a forma de diálogo em que ele expõe as suas idéias
políticas que podem ser assim resumidas: O Estado deve ter uma finalidade
moral, ensinando aos homens o caminho da virtude. De acordo com a alma humana
que é tripardidária. O Estado possui três classes: a dos magistrados filósofos,
a dos guerreiros e a dos operários. Sabedoria, coragem, temperança são virtudes
e elas correspondentes. Para que haja harmonia entre todos, é preciso
exterminar o egoísmo e estabelecer a justiça. Só os filósofos são capazes de
governara bem[3]. Deve
ser abolidas a propriedade privada e a desigualdade entre os sexos, mas
conservada a escravidão.
Quanto à definição ou conceito, são os mais
divergentes possíveis, entre as formas republicanas preconizadas pelos teóricos
e as formas republicanas adotadas por
diferentes países e governos:
Em síntese extraí a
seguinte: República – do Latim = Res + Publica – Coisa Pública. Uma das
formas de organização do Estado. A característica essencial da República é a
soberania e a representação do povo, isto é, a totalidade da Nação no Governo
do Estado. Condição Sine qua non
desta forma de organização política é a liberdade e a igualdade de todos os
cidadãos. Outro postulado da sua existência é a temporalidade e a
responsabilidade da representação ou delegação.
Durante ao Período da
Roma antiga, capital do Império Romano do Ocidente, foi implantado a Forma
Republicana, no entanto foi na França, através da Revolução Francesa do Século
XVIII, que ela começa a tomar vida, força e inspiração, combatendo o absolutismo Monárquico. As idéias e os ideias
republicanos da Revolução Francesa
espalharam-se pelas Colônias das
Américas Inglesa, Espanhola, Portuguesa e Francesa, influenciando nos
ideais de lutas pela Independência da Metrópole e participação do povo nas
decisões políticas. Os Estados Unidos da América foram a primeira a colônia
Americana a conquistar a Independência e proclamar-se República, inspirando as
demais Colônias e Países.
Hoje, ocupam nos mais
diversos países do Planeta, as mais diversas Formas Republicanas.
No Brasil, a
República não foi fruto de uma Revolução, mas na evolução das idéias, onde as
suas origens estão registradas nos
primórdios dos primeiros movimentos na luta pela Independência do
Brasil, ainda que não tenha sido um movimento de participação popular. No Brasil, a República foi um movimento
intelectual e de classe.
Pode assim, os
Inconfidentes de Vila Rica de 1789, ser considerados os pioneiros da idéia
Republicana.
Mais tarde, no Reino
Unido, sob a coroa de D. João VI, os revolucionários de 1817, proclamavam a
República, ostentando a bandeira azul e branca.
Em 1824, Manoel de
Carvalho Paes de Andrade, proclama a Confederação do Equador, República
Independente, congregando as Províncias
do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Alagoas e Pernambuco.
Em 1835, surge o mais
vigoroso e duradouro movimento Republicano. No Rio Grande do Sul, os “Farrapos”
lutaram por dez anos.
Em Novembro de 1870,
surge definitivamente o Partido Republicano com suas fileiras sucessivamente
engrossadas por todos os dissidentes desgostosos de um longo passado político,
os sonhadores da República agem nas sombras, cautelosamente.
Em 1881, fundou no
Rio Grande do Sul, o “Clube radical de Américo Campos”.
Em 1884, os
Republicanos elegeram três Deputados Federais, um de Minas e dois de São Paulo.
Em 1886, tinha início
a Questão Militar que abalou seriamente os alicerces do trono. Militares e
Civis passam a se integrar na mesma campanha: os ideais e a força na busca do
poder.
A assinatura da “Lei
Áurea”, em 13 de Maio de 1888, fato que agradou os abolicionistas e
republicanos, mas agravou a situação para a sustentação da Monarquia; D. Pedro
II perde o apoio dos fazendeiros que utilizavam o escravagismo como mão-de-obra
para o trabalho.
Finalmente, a 15 de
Novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, conclama Militares e Civis
para a sustentação dos ideais republicanos que já estavam em plena maturidade.
A influência dos
Jornais na propagação das idéias republicanas, mesmo na oposição, teve papel relevante
em todas as partes do país.
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12.2 A República em Mato Grosso[4]
“Ainda se rememorava,
em Cuiabá, com saudade, as alegres e festivas comemorações do natalício do
Imperador, no dia 2 de Dezembro de 1889, quando, na antemão do dia 9, rebentou
a notícia da Proclamação da República, a
15 de Novembro. A notícia vinda da usina, por intermédio do vapor Coxipó, que
ronceiramente, subia as águas do rio, era oficial e foi levada a Cuiabá por um
mensageiro, a cavalo. D. Pedro fora deposto e exilado para a Europa com toda a
família Imperial.
Entre surpresos e
conformados, assistiu, os habitantes da Capital na Província, a posse nesse
mesmo dia, do General Antonio Maria Coelho. O Bravo comandante da retomada de
Corumbá do domínio Paraguaio, a 13 de Junho de 1867, recebia o cargo de
Governador do Estado, nomeado pelo novo Governo republicano.
Deu-lhe posse o
Presidente da Assembléia Provincial, Coronel Generoso Paes Leme de Souza Ponce,
que era, então também chefe do Partido Liberal.
Após haver assumido o
cargo, dirigiu uma proclamação, que inicialmente declarava:
“Aclamado[5]
hoje pelo povo desta Capital e pela Assembléia, em nome do mesmo povo,
Governador do Estado de Mato Grosso, que assim confirmou a nomeação do Governo
Provisório dos Estados Unidos do Brasil, assumi as rédeas do governo”.
A ausência de
sentimento republicano gerador de um líder, ensejou a adesão de elementos
afeitos à prática dos estilos partidários do regime monárquico, os quais,
entretanto, logo entraram em divergências, trazendo, com as velhas rivalidades
alimentadas no passado, lutas, que aprofundadas, avançaram além dos debates
políticos para o campo de choques armados.
O Partido Republicano
de Mato Grosso, fundado em 27 de Julho de 1890, composto das figuras mais
representativas dos partidos monárquicos – Conservador Liberal – refletindo as
velhas aquarelas em que sempre viveram, cindiu-se. Durara tanto quanto as rosas
de “Malherbe”.
Esses
desentendimentos levaram à fundação de agremiações partidárias divergentes,
embora republicanas, sob as designações de Partido Republicano, chefiado pelo
Coronel Generoso Ponce e o Nacional, chefiado pelo General Antônio Maria
Coelho.
A 31 de Dezembro de
1890, Deodoro, chefe do Governo Provisório, exonera o General Antônio Maria
Coelho do cargo de Governador do Estado de Mato Grosso.
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12.3 Nioaque e a Proclamação da República do
Brasil
Nioaque nasceu dentro
do regime do Segundo Império, quando D. Pedro II começava o seu reinado no Brasil. Nioaque crescera
dentro do Império e da Província de Mato
grosso, para florescer e amadurecer junto com os ideais Republicanos.
Toda História de
Nioaque, bem, como sua participação histórica sempre esteve
quando determinada, estava influenciada pelo regime militar: influência
política, sociais, culturais, religiosas e morais.
Foi daí que a
participação de Nioaque, primeiro no conflito da Guerra com o Paraguai e
dezenove anos mais tarde na causa da República, esta última sempre foi bem
aceita, dirigida principalmente pelos diversos comandantes militares, que como
chefes, possuíam autoridades para expressar as suas manifestações de apoio ou
oposição, opinião que muitas vezes pouco se identificava com o povo destes
sertões, distantes da Capital da Província do Império.
Mesmo assim, entre os
poucos registros escritos deixados de um século atrás, da então “Freguesia de
Nioac”, Distrito do Município e Comarca de Miranda, segue transcrito na íntegra dois documentos
1889/90 que retratam a monção de apoio à nova Forma de Governo, uma presença
histórica para Mato Grosso do Sul.
“Os Brasileiros rezidentes em Nioac e Officialidade
do 7.º Regimento de Cavallaria Ligeira, adherirão a causa da Republica
Brasileira, bem como a elevação de Vossa Excelencia Governador dos Estados de
Matto-Grosso.
Nioac 22 de Dezembro
de 1889
Coronel Manoel Lucas
de Souza
Tenente Coronel Commandante do 36° Corpo de Cavallaria da Guarda
Nacional – Zozimo Francisco Gonçalves
Major Antonio de Cerqueira
Capitão Antonio Serafim Consul
Dr. Antonio José da Costa
João Almeida dos Santos Filho
Manoel Rodrigues
João Anastacio Monteiro de Mendonça – Juiz de Paz
Manoel de Araujo Britto
Tenente Coronel de Cavallaria - Pedro José Rufino
Alferes da Guarda Nacional
Pio José Rufino
Antonio Francisco Xavier
Affonso José Rufino
Ovidio José Rufino
João de Moraes Ribeiro
Manoel Braz do Rosario – Empregado Público
João David de Medeiros
José Lemes da Silva
José Anastacio Monteiro de Mendonça
Pedro Zozimo de Almeida
Tenente Emiliano Gonçalves Trajado
Mamedio Gonçalves Trajado
Luiz José Pinto de Figueiredo
Valerio da Costa
José Antonio Gonçalves Teixeira
Valerio de Arruda Botelho
Alfredo de Arruda Botelho
Benedito Correia Gama
Capitão Miguel de Paula e Moraes
Francisco Vital de Medeiros
Armindo Brasileiro Jaú Dutra
Manoel Gomes Christaldo
Antonio David de Medeiros”
Augusto Franklin de Souza
Fileto Lucas de Souza
Manoel Joaquim de Pinho
Francisco Furtado
Domiciano Primo d’Arantes
Lucio Ferreira dos Santos
Antonio Marques Barbosa
João Laureiro de Almeida
Joaquim da Costa
Wilario Rodrigues de Mattos
Capitão Paulo Nunes de Siqueira
Izidoro da Costa Prazeres
Joaquim Anastacio Monteiro de Mendonça
Neuro Anastacio Monteiro de Mendonça
Benedicto Anastacio Monteiro de Mendonça
Major Francisco David de Medeiros
Olympio David de Medeiros
Eclesio David de Medeiros
Norberto David de Medeiros
João Pedro de Souza
Zozimo de Arruda Fialho
Major Antonio de Cerqueira
Capitão Antonio Serafim Consul
Dr. Antonio José da Costa
João Almeida dos Santos Filho
Manoel Rodrigues
João Anastacio Monteiro de Mendonça – Juiz de Paz
Manoel de Araujo Britto
Tenente Coronel de Cavallaria - Pedro José Rufino
Alferes da Guarda Nacional
Pio José Rufino
Antonio Francisco Xavier
Affonso José Rufino
Ovidio José Rufino
João de Moraes Ribeiro
Manoel Braz do Rosario – Empregado Público
João David de Medeiros
José Lemes da Silva
José Anastacio Monteiro de Mendonça
Pedro Zozimo de Almeida
Tenente Emiliano Gonçalves Trajado
Mamedio Gonçalves Trajado
Luiz José Pinto de Figueiredo
Valerio da Costa
José Antonio Gonçalves Teixeira
Valerio de Arruda Botelho
Alfredo de Arruda Botelho
Benedito Correia Gama
Capitão Miguel de Paula e Moraes
Francisco Vital de Medeiros
Armindo Brasileiro Jaú Dutra
Manoel Gomes Christaldo
Antonio David de Medeiros”
Augusto Franklin de Souza
Fileto Lucas de Souza
Manoel Joaquim de Pinho
Francisco Furtado
Domiciano Primo d’Arantes
Lucio Ferreira dos Santos
Antonio Marques Barbosa
João Laureiro de Almeida
Joaquim da Costa
Wilario Rodrigues de Mattos
Capitão Paulo Nunes de Siqueira
Izidoro da Costa Prazeres
Joaquim Anastacio Monteiro de Mendonça
Neuro Anastacio Monteiro de Mendonça
Benedicto Anastacio Monteiro de Mendonça
Major Francisco David de Medeiros
Olympio David de Medeiros
Eclesio David de Medeiros
Norberto David de Medeiros
João Pedro de Souza
Zozimo de Arruda Fialho
<><><><><><><>
A próxima
correspondência expedida pelo
comando do Antigo 7º Regimento de Cavalaria, que esteve em Nioaque até o ano de 1906, hoje 10° Regimento de
Cavalaria Mecanizada de Bela Vista, comandante, Coronel Manoel Lucas de Souza, onde expressa o sentimento do
recebimento oficial da Proclamação da
República dos Estados Unidos do Brasil, expedida em 10 de Janeiro de 1890.
Ei-lo na íntegra:
"Quartel do Commando do 7° Regimento de
Cavallaria Ligeira, em Nioac, 10 de Janeiro de 1890.
N° 23
Ilmo. Exmo. Senr.
Tenho a honra de
accusar recebido o officio de V.Exa. sob o n° 34 de 10 de Dezembro proximo findo, ultima parte
no qual me communica haver assumido o cargo de Governador Provisorio dos
Estados de Matto-Grosso, enviando-me conjuntamente
a Proclamação feita ao povo n'aquelle
sentido.
Congratu-lo-me com V.Exa. por tão fastuoso
acontecimento sem perda do heroico sangue brasileiro e por haver cabido essa
transcendente iniciativa ao nosso Exercito a Armada dirigida pelo benemerito
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, a quem acertadamente cabe o Governo
Provisorio dos Estados Unidos do Brasil e a não menos acertada nomeação de V.
Exa. para Governador Provisorio do Estado de Matto-Grosso.
Cumpre-me declarar a
Vossa Exa. Que o 7° Regimento de Cavallaria Ligeira e o Povo em Geral prestarão
jubilosa adhesão a nova forma de Governo.
Deus guarde a V. Exa.
Ilmo. Exmo. Senr. General Antonio Maria Coêlho
Digmo. Governador e Comm. Das Armas d'este Estado.
Manoel Lucas de Souza
Coronel".
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É, mas os defensores
dos ideais republicanos continuam em Nioaque e isso vai encontrar expresso como
filosofia do Jornal "A VOZ DO SUL", impresso em Nioaque no ano de
1894, fundado em 26 de Outubro, onde continha também o primeiro grito pela
Independência do Sul de Mato Grosso. Não era por menos, o próprio título – A
Voz do Sul – deixa transparecer os seus ideais, norteados nos princípios de:
liberdade, progresso, ordem, democracia, divisão.
Eis um trecho da filosofia:
"...Republicanos
de princípios, para nós a República é a chave que coroa a abóbada desse grande
edifício de conquistas político-sociais.
Que a República é o
único Governo que pode fazer a felicidade do povo brasileiro: Eis as nossas
convicções".
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E para finalizar
a participação no Centenário da
Proclamação da República do Brasil, Nioaque, através das suas autoridades
políticas, deixaram registradas através dos nomes das ruas e praças da cidade,
a homenagem cívica aos Republicanos.
No ano de 1891, o
Conselho Municipal da Intendência, da então Vila· de Levergeria presta
sua homenagem, na ocasião da escolha das oito
principais ruas, sedo duas alusivas aos Republicanos:
a) Rua General Antônio Maria Coelho[8]
Primeiro Governador
Republicano do Estado de Mato Grosso encontra-se na Ata a seguinte consideração[9]:
"Considerando que os dias de
fastios reminiscências devem escrever-se para os nossos filhos respeitem como
memória nos anais da nossa história, e para que estejam sempre visíveis e
relembrantes, fica a impressão dos acontecimentos que dão impulsos e progresso
e marcam na sua passagem verdade ou uma vitória social, considerando que essa
corporação se acha compenetrada do bem que tanto moral como material, recebeu
dos homens que por índole podem chamar-se os próceres deste município".
b)
Homenagem ao glorioso dia 15 de Novembro de 1889,
Hoje, nome da principal avenida e praça, eis a
consideração[10]:
"Considerando que os acontecimentos do dia 15 de Novembro de 1889 é glorioso e único na História Universal
pela sua entidade, que mostrando as Nações do Globo, o poder que tem um povo
educando na civilização, sem derramar uma só gota de sangue, se levanta
majestoso contra um poder antiquado, que contrata com as verdadeiras idéias
modernas, muda em um só dia sua Forma de
Governo, e confirma assim a sua emancipação e autonomia perante todas as Nações
Civilizadas".
No ano de 1939,
através de um despacho do Presidente da República, Getulio Dorneles Vargas,
encaminhados para todas as Prefeituras
Municipais, querendo que os nomes do Marechal Deodoro, Benjamin Constant,
Quintino Bocaiúva e Floriano Peixoto, sejam nesta data gloriosa de 19 de
Novembro de 1939, dadas as Ruas e Praças de todos os Municípios Brasileiros, em
homenagem ao cinqüentenário[11]
aniversário da Proclamação da República do Brasil – 1889 – 1939.
Assim sendo, temos em nossa cidade os homenageados[12]:
¨
Rua Marechal Deodoro da Fonseca;
¨
Rua Quintino Bocaiúva;
¨
Rua Benjamin Constant.
Essa é a contribuição
de Nioaque, "Terra de Bravos e Berço de Heróis"
– Patrimônio da
História do Estado do Mato Groso do Sul – oferece para todos os Sul
Mato-grossenses neste Centenário da República Brasileira.
Um Século De
Histórias, Uma Vida Cheia De Memórias.
<><><><><><><>
[1]
- A íntegra foi publicada pela primeira vez pelo Jornal Correio do Estado -
Campo Grande - MS. Página 07- B 14 de Novembro de 1989, sob o título
"Participação de Nioaque no
Centenário da Proclamação da República do Brasil", fruto das pesquisas
históricas e o desejo de colocar a Nioaque no Cenário Histórico estadual e
nacional.
[2]
Aliado a Argentina e Uruguai.
[3]
Governo Aristocrático.
[4]
História de Mato Grosso
Dr. Demosthenes Martins, pág. 74/75. S/d.
[5]
Aclamação do primeiro Governador do Estado de Mato Grosso foi Antonio Maria
Coelho.
[6]
Arquivo Público do Estado de Mato Grosso - Centro Político Administrativo -
Cuiabá – MT. 1984.
[7]
No manifesto havia três assinaturas que não foi possível identificá-las.
[8]
A Rua Antonio Maria Coelho, possui atualmente as denominações de Dr. Zeno
Resstel e Alexandre Denruy.
[9]
Registro extraído dos antigos manuscritos encontrados no Arquivo da Prefeitura
Municipal de Nioaque, 1982.
[10]
Manuscritos do Arquivo da Prefeitura Municipal de Nioaque, 1982.
[11]
Cinqüenta anos.
[12]
Câmara Municipal de
Nioaque Livros de Atas - 1937/1987 Nioaque - MS.
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