ABORDAGEM - 4
5.3 CHEGADA À NIOAQUE DAS TROPAS EXPEDICIONÁRIAS 1867
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5.3 CHEGADA À NIOAQUE DAS TROPAS EXPEDICIONÁRIAS 1867
Operações Militares no Sul da Província de
Mato Grosso
Desenho inédito do Visconde de Taunay retratando
o Quartel na Vila de Miranda (entre setembro e dezembro de 1866) - Na
parte superior, em francês: "O fogo
colocado pelos paraguaios no interior da construção não se propagou a toda ela
por causa de uma tempestade que desabou no dia seguinte a saída das forças
inimigas. As árvores do último plano, margeiam o Rio Miranda à umas cem braças
mais ou menos do quartel". A seguir, em baixo, em português:
"Quartel de Miranda - Edificado no lugar da antiga estacada, a que
chamavam de forte. Bons prédios acham-se todos destruídos pelo fogo: a vila
oferece aspecto desolador". Texto
imagem http://www.retiradalaguna.hpg.ig.com.br/
18.12.2004
5.3.1. Chegada em
Nioaque da Coluna Expedicionária comandada pelo
Coronel Carlos Moraes Camisão
Depois de quase dois anos da nossa região que se encontrava sob o
domínio paraguaio, em abril de 1865, com a finalidade de socorrer as tropas
estacionadas em Mato Grosso, Cuiabá e Santana do Paranaíba, partiu de Santos,
São Paulo uma expedição de 600 homens, acrescida principalmente de voluntários do Rio de Janeiro,
São Paulo, Goiás, Paraná, Minas Gerais
para ocuparem posição em Nioaque no dia 24 de Janeiro de 1867, daí os
dois anos.
Este Corpo de Artilharia, em junho
de 1865 chegou na cidade de Uberaba, onde foram incorporados mais 1200 homens
de Minas Gerais. Com um efetivo de
aproximadamente 2500 homens, rumou para Mato Grosso. A princípio, o destino era Cuiabá. No
entanto, no meio de caminho, receberam ordens para seguir para a Vila de
Miranda. Na Freguesia de Herculânea, (atual Cidade de Coxim) ficaram retidos por causa das
fortes chuvas e inundações,
permanecendo até julho de 1866.
Igreja de Coxim. Imagem extraída do Livro A Epopea Da Laguna
Lobo Vianna - Rio De Janeiro 1938 Impressa Militar.
Lobo Vianna - Rio De Janeiro 1938 Impressa Militar.
Em Miranda havia uma guarnição
militar paraguaia, que abandonaram-na com a aproximação das tropas brasileira a
17 de setembro do mesmo ano. O efetivo
brasileiro, já se encontrava reduzido a 2000 combatentes, o comandante, Coronel
Enéas Galvão, morrera, passando o comando ao Coronel Camisão.
Vila de Miranda, e o Rio em 1867. imagem extraída do Livro A
Epopea Da Laguna Lobo Vianna - Rio De Janeiro 1938. Impressa Militar.
Em 31 de dezembro de 1866, uniu-se
em Miranda Coluna comandada pelo
Coronel Camisão com a tropa do 1º Corpo
de Cavalaria, que anterior à ocupação paraguaia, combateram no
Desbarrancado e agora sob o comando do
Capitão Pedro José Rufino, retornaria a Nioaque e faria parte da expedição pelo
Apa e Laguna, escrevendo sua própria história.
Com a morte do coronel Enéas Galvão,
assume o comando dos desventurados soldados que só mesmo o profundo sentimento
de disciplina pudera até então se manter em forma, o Coronel Carlos Moraes
Camisão, que até então era o comandante do 2º Batalhão de Artilharia, sediado
na Capital da Província, a 1º de janeiro de 1867.
Ten. Cel. em Comissão Antônio Enéas Gustavo
Galvão
Cmt. 17BVP
Cmt. 17BVP
No
dia 11 de janeiro, o comandante deu ordens para a retirada da Vila de Miranda30 rumando para Nioaque. O levantamento da comissão de Engenheiros e
da Junta Médica, levou-os a abandonar o local.
Visconde de Taunay retrata melhor a
situação é Miranda quase inabitável,
rodeada como se acha e numa extensão considerável de depressões, que a menor chuva, num
instante inunda, até mesmo na melhor estação do ano e que os raios solares,
com a mesma intensidade enxugam. Privada de boa água, pois a do Miranda é
sempre agitada e lodosa. A disposição do
terreno oferecia ali, aliás, nenhuma das condições militares, as quais em
rigor, não poderiam ser consideradas
higiênicas. E, com efeito, ao longo de
um caudal, acessível as grandes embarcações, estendendo-se às margens
uniformemente baixas a que tiram toda a
segurança, estradas abertas. Estava
Miranda em ruínas, quando nossas tropas ali chegaram, ao partirem haviam os
paraguaios incendiada.
A cidade, então povoado de Nioaque,
embora devastada pelo inimigo, é escolhida para base das Operações, em vista de
se encontrar em zona salubre e de se tratar de posição militarmente
estratégica.
Foi assim, que o comandante da
coluna, Coronel Camisão, enviou imediatamente para Nioaque, dois membros da
Comissão de Engenheiros, Cantão Roxo e Alfredo Escragnolle Taunay, um grupo de
soldados e dez a quinze índios Terenas, a fim de preparar ali acampamentos,
tomando ao mesmo tempo algumas disposições relativas à recepção de enfermos e ao armazenamento das munições
de guerra e de boca, bem como examinar as estradas e o local.
Nos dizeres de Taunay, o que esses homens de guerra pediam era clima
salubre, que os revigorassem em condições de agir e estes iam encontra-lo em
Nioaque, 210 km ao Sudoeste de Miranda.
Extrato do trecho de uma carta de
Taunay31, relatando a chegada a Nioaque da
comissão de Engenheiros:
“Nioac 26 de janeiro de 1867
... gastamos na viagem 12 dias por
irmos construindo curais, nos pousos marcados pela força e chegamos a Nioac há
mais de 14 dias, os primeiros que ocupávamos em nome do Brasil o ponto
abandonado em agosto pelos paraguaios, eu e Cantão Carneiro Leão, filho de
Minas Gerais e ótimo amigo de Cantão Roxo e uma turma de soldados, dez a quinze
índios terenas.
Tratamos
logo de dar empreendimento às ordens trazidas. Continuávamos sendo visitados por patrulhas
paraguaias, se tivessem eles desconfiados, teríamos sidos pressa fácil”.
Ainda em Miranda, nova organização
dera ao corpo de Tropas de Exército anteriormente dividida em duas Brigadas,
cada qual composta de três Corpos, mas tanto uma quanto à outra, estavam tão
reduzidas, devido às deserções, mortes, baixas. Pela fusão das duas Brigadas deram 1600
praças.
Moveu-se a Força, a 11 de janeiro de
1867, depois de permanecerem em Miranda por cento e trinta e um dias.
Às 11 horas do dia 24 de janeiro de
1867, chegaram a Nioaque o corpo de Tropas de Infantaria, Artilharia e
Cavalaria de Exército, como nos relata Visconde de Taunay32.
Povoado de Nioaque e o Rio em 1867 - imagens extraída do
Livro A Epopea Da Laguna. Lobo Vianna - Rio De Janeiro 1938. Impressa Militar.
“... ali chegamos, acampamos em ordem
de batalha, com a direita encostada à
margem direita do Rio Nioac e à esquerda da margem do Urumbeva. Instalaram-se o Quartel-General e o trem a retaguarda, no local da Vila,
ocupando o local da Vila, agora em ruínas, fazendo de hospital, as pequenas
casas salvas do fogo e um grande galpão que às pressas se construiu.
Serviu a nave da Igreja, onde se
retiraram tudo quanto havia de símbolo do culto, de depósito ao cartuchame e
todas as munições e os instrumentos da
Banda Musical que nos acompanhávamos”.
Depois de dois meses incompletos de
reconfortante estada em Nioac, saciados com boa alimentação ali encontrada, deixada pelos
inimigos e antigos moradores, resolveu o Coronel, adiantar um pouco mais pelo
lado do Apa e ir ocupar a meio caminho posições tomadas pelo inimigo, o antigo local da Colônia de Miranda”.
O Coronel Camisão queria avançar,
cuja honra haveria e sentia ferido, quando no início da invasão, que o obrigou
à frente do 2º Batalhão de Artilharia de Posição, retirar-se de Corumbá, frente
as tropas de Barrios33,
em janeiro de 1865.
5.3.2 Avanço da
Coluna Militar para a Colônia Militar de Miranda
Somente o Paraguai interessava.
Nioaque ficou sendo a base das Operações, enquanto a
Coluna avançava, relata Taunay34:
25 de Fevereiro de 1867 havíamos
saídos de Nioac.
A 26 estávamos no Canindé.
E
a 27 estávamos no Desbarrancado35,
onde debandara nos últimos dias de 1864, o Corpo de Cavalaria do Tenente
Coronel Dias. Demoramos ali dois dias, 28 de fevereiro e 1º de março.
No dia 2 de março chegamos ao rio
Feio.
E no dia 3 de março, ocupávamos o
local onde existira a Colônia de Miranda, 12 léguas ao Sudoeste de
Nioaque.
5.3.3 José Francisco Lopes e a Força Expedicionária
no Sul da Província de Mato Grosso
Segundo Acyr Guimarães36, quando as tropas saíram do Canindé, o
serviço de intendência havia prevenido o comandante Coronel Camisão, que havia poucas reses de
gado para alimentar toda a tropa, de vez que, de Nioaque, o seu fornecedor,
José Francisco Lopes, já o teria trazido quase todo da sua fazenda Jardim. Matava-se em média 22 cabeças de bovinos por
dia, desde a sua chegada a Nioaque. Decorrido, portanto um mês, certo
seria que mais de seiscentas reses havia sido consumida, e o gado do
principal fornecedor, José Francisco Lopes, estava para acabar.
No dia 2 de março, no Rio Feio,
ocasião que José Francisco Lopes,
retornava da sua fazenda, trazendo o último lote de gado que possui, em torno de 250 reses.
Na
Colônia de Miranda, estada desde o dia 4 de março, terras que eram palco da
Guerra, mesmo considerando que os paraguaios
haviam recuados, cumpria o comandante brasileiro proceder como se, de um
instante para o outro, os paraguaios
viessem a reagir. Lamentavelmente, as
Tropas Brasileiras não possuíam um Corpo
de Cavalaria, porque todos os animais, cerca de 135 cavalos, do seu esquadrão,
goiano, morreram no pantanal, vitimados pela peste das cadeiras. A ausência desta Cavalaria dificultava as atuações de reconhecimento da região. Restando como opção proceder ao
reconhecimento a pé e ocupar alguns pontos estratégicos, tais como as estradas
e patrulhar a vizinhança. Pouco se sabia da situação dos paraguaios,
quem, quantos eram, e o que planejavam.
Senhor
Ivo Sá Medeiros, atual proprietário das terras que formaram a "Colônia de
Miranda", tendo ao fundo, a sua esquerda, dois capões que tomaram os
lugares dos acampamentos do 21º Batalhão de Infantaria e do Corpo de Caçadores
a Cavalo. (Município de Guia Lopes da Laguna)
imagem
e texto http://www.retiradalaguna.hpg.ig.com.br/
18.12.2004.
Em Nioaque, permaneceram as mulheres e as crianças, sob a guarda da intendência que, também cuidavam das bagagens, das provisões, arquivo, dinheiro para pagamento da tropa, munições, sob a guarda de uma pequena tropa, estando o grosso da tropa na posição da antiga Colônia Militar de Miranda.
Em Nioaque, permaneceram as mulheres e as crianças, sob a guarda da intendência que, também cuidavam das bagagens, das provisões, arquivo, dinheiro para pagamento da tropa, munições, sob a guarda de uma pequena tropa, estando o grosso da tropa na posição da antiga Colônia Militar de Miranda.
O Coronel Camisão relutava em
prosseguir a ocupação, além da Colônia
de Miranda, pois não teria gado suficiente para alimentar às tropas, mas, ao
mesmo tempo tinha seu orgulho ferido, pois
desde Corumbá, quando foram obrigados a fugir dos Paraguaios, tinha sua
reputação abalada, entre os Cuiabanos, logo, seu desejo de vingar-se parecia
ser eminente.
Há quase um mês acampados na sede
da Antiga Colônia Militar de Miranda, ordenou o seu comandante que
utilizassem os poucos cavalos, montaria
dos oficiais e saísse pelos campos da
região à procura de gado. Mas para
infelicidade dos brasileiros, quando os paraguaios efetuaram a retirada, diante
a aproximação das tropas brasileiras, levaram consigo todo o gado existente.
Da Fazenda Jardim, de propriedade de José Francisco Lopes, pouco mais de
200 reses foram levadas para Ipané, no Paraguai em dezembro de 1866, com mais
outras 2000 reses, recolhidas das fazendas vizinhas, conforme carta do
Comandante do Forte de Bella Vista,
tenente Romualdo Molinas. Também foi conduzido nesta época ao
Paraguai, 78 pessoas, inclusive o Frei Mariano de Bagnaia, então pároco da Vila
de Miranda, dez carretas e seis carros
tipo mineiro, com caixões de haveres e outros pertences.
E como encontrar gado, alimento
básico da tropa? Com fome, não há
resistência e sem resistência não há combatentes. Nos planos do Comandante, o retorno a Nioaque, seria a solução mais
prudente. Segundo Taunay, o Comandante reuniu por diversas vezes o seu grupo de oficiais, no qual os membros da
Comissão apresentaram o quadro real das condições das Tropas, caso desejassem
avançar na direção do Rio Apa: insuficiência de alimentos falta de meios de
transportes, ausência de um Corpo de Cavalaria, escassez das munições,
impossibilidade de angariar reforços ou socorro para caso sofressem um contra-ataque paraguaio.
No entanto, não eram unânimes as
decisões, o próprio Coronel Juvêncio alega:
“Deixo viúva e seis órfãos. Terão como única herança um nome honrado”.
Um
outro fato influencia na decisão da Tropa, ao invés de Recuar para
Nioaque, estimula para avançar
rumo ao Paraguai, quando saíram tropas da Colônia para levantamento de
reconhecimento da região além do Rio Miranda.
No dia 25 de março, saiu o 21º Batalhão de infantaria, paulista chegando na região conhecida como fazenda
Monjolinho, onde Gabriel Francisco Lopes e Dona Senhoria residiram por alguns
anos e no dia 10 de abril, o 17º
Batalhão de Voluntários de Ouro Preto, avançou uns 50 km adiante, reconhecimento este efetuado pelas tropas,
marchando a pé.
José Francisco Lopes, fazia parte
do 17º Batalhão de Voluntários, durante esta incursão de reconhecimento,
recebera notícias do seu filho e companheiros levados prisioneiros, em dezembro
de 1866, estavam de regresso, ao todo, dez jovens brasileiros, fugitivos das
prisões paraguaias, pertencentes às famílias Lopes, Barbosa e Ferreira. Mais dez
voluntários, ingressaram ao 17º de Voluntários, e gritavam
entusiasmados: Ao Apa!
Ao Apa! Este fato foi
decisivo na determinação de avançar para além da fronteira do Brasil.
A 14 de abri de 1867, inicia-se a
travessia do Rio Miranda. Primeiro o Corpo de Caçadores37,
goiano; em seguida o 21º Batalhão de Infantaria, paulista, precedendo
uma bateria de duas peças raiadas; depois o 20º Batalhão de Infantaria, também
goiano, com baterias idênticas à outra e por fim o 17º Batalhão de Voluntários
da Pátria, ao qual acompanhavam, na retaguarda, as bagagens, as carretas dos
comerciantes, as mulheres dos soldados e as crianças. Duraram duas horas a travessia do Miranda38.
Atravessado o Rio Miranda, a
marcha era lenta, o compasso da marcha era dado pelos bois que puxavam os
canhões, da marca francesa La Hitte,
que mandara um técnico sob contrato para prestar assistência. Ao todo eram oito canhões, que marchavam
desde a cidade mineira de Uberaba, porém, quatro foram deixados na Vila de
Coxim, em defesa da estrada que liga aquela região a capital da então Província
de Mato Grosso, Cuiabá e quatro acompanhavam as Tropas Brasileiras na direção
ao Paraguai. Seguindo no encalço dos
paraguaios, avançam a caminho do Fortín de Bella Vista, República do
Paraguai, guiados sempre, pelo então, prático
José Francisco Lopes.
Em 17 de abril de 1867, a Coluna
da Força Expedicionária em
Operação no Sul da Província de Mato
Grosso, comandada pelo Coronel Carlos Moraes Camisão, chegava à fronteira do
Império do Brasil, de D. Pedro II, com a
República do Paraguai, de Francisco Solano López, alcançando a “Bella Vista39”
no dia 20.
Gado era um dos objetivos.
Abater os paraguaios, vinha em
seguida.
A
continuação desta ousada e trágica viagem luta, embates em territórios do
Paraguai, você acompanhará na íntegra, nos relatos seguintes.
5.3.4 A Busca de Gado na Fazenda Laguna – Republica
do Paraguai
Para conhecer a continuidade desta marcha até a
Fazenda Laguna, de propriedade do Governo Paraguaio, onde supunha haver
abundância de gado, transcreveremos o Relatório40
do Major José Thomaz Gonçalves. Este
relato, para elevar o seu caráter
histórico, transcrito em sua ortografia original.
Maj. em Comissão José
Thomaz Gonçalves
Cmt. 21 BI de Linha
(até 30/05/1867)
Cmt. 21 BI de Linha
(até 30/05/1867)
Imagem do local
onde ficava a sede da Fazenda Laguna no Paraguai. Foto CAT/Jardim/MS/ 2010
30 Miranda,
agora em ruínas.
31 Cartas da
Campanha de Mato Grosso, Biblioteca do Exército, 1944.
32 Op. Cit. Ref. 31.
33 Comandante
paraguaio.
34 Op. Cit. Ref. 31.
35 Rios
Desbarrancado e Feio estão localizados em Guia Lopes da Laguna, atualmente.
36 História
dos Municípios, Mato Grosso do Sul, vol. 1, 1992.
37 Agora a
pé, os cavalos estavam mortos.
38 Estas
terras, a margem esquerda, pertencem hoje ao Município de Jardim.
39 Paraguai.
40 Relatório
extraído do: Commercial Almanach Matto-Grossense. José Meireles de Souza Freitas/Carlos
Mello. C. de Mello & Comp. São
Paulo, 1916. Cópia cedida pelo arquivo
Público de Mato Grosso, Cuiabá, 1984.
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